domingo, 18 de dezembro de 2011

Os 5 melhores de... #2

Com a estreia de Mission: Impossible - Ghost Protocol, decidimos rever aqueles que são, na nossa opinião, as cinco melhores interpretações de Tom Cruise.

1 - Magnolia (1999)
 
2 - Eyes Wide Shut (1999)

3 - Minority Report (2002)

4 - Collateral (2004)

5 - Jerry Maguire (1996)

Drive, de Nicolas Winding Refn (2011)

Vencedor do prémio de Melhor Realizador no último Festival de Cannes, Drive é um thriller acção bem construído e interpretado.
Sempre ao som duma banda-sonora contagiante e perfeita para o filme, Drive conta-nos a história dum duplo de cinema que serve também de condutor em certos assaltos. No entanto, após conhecer a sua vizinha, Irene, e o seu filho, a sua vida ganha novos contornos.
Com o regresso da prisão de Standard, o marido de Irene, regressam também os seus problemas: uma dívida enorme, ganha na prisão. Standard pede ajuda ao duplo mas as coisas correm mal e este rapidamente descobre que a sua cabeça está a prémio.
Nicolas Winding Refn (Valhalla Rising) presenteia-nos com uma realização impecável, sempre bem controlada, com excelentes planos e um bom domínio das partes técnicas. A montagem é bastante boa, juntamente com a bela fotografia. O argumento, apesar de não ser original, está bem construído, desenvolve muitíssimo bem a personagem principal e dá-nos ainda bons diálogos.
Outro dos grandes destaques são as interpretações: Ron Perlman mostra, uma vez mais, que é um dos actores mais subvalorizados da actualidade, Albert Brooks larga a sua via cómica e traz-nos um excelente mafioso (nomeado para Globo de Ouro para actor secundário de drama), Carey Mulligan é um bom par romântico para o protagonista, Ryan Gosling. Este último está simplesmente fantástico como Driver, uma personagem controlada e calma que vê o seu mundo desmoronar-se aos poucos, dando um excelente desenvolvimento à personagem, sempre bem representado por Gosling, num papel muito contido.
Destaque ainda para as cenas de acção, para os momentos em que os olhares e rostos dos actores substituem as palavras e para a banda-sonora.

Um dos melhores filmes do ano!

Classificação:
*****

Sessão da Meia-Noite #39

Resident Evil: Afterlife, de Paul W.S. Anderson (2010)

Alice consegue reunir um grupo de sobreviventes, de forma que possam destruir a Umbrella Corporation duma vez por todas.
Paul W.S. Anderson decide regressar à realização da saga, neste quarto capítulo da mesma. Milla Jovovich está também de regresso, ao lado de Ali Larter. O resultado acaba por ser o filme mais fraco da saga, com uma realização fraca e básica, cheia de momentos em câmara lenta, outros momentos "isto é tão fixe", mas que no seu todo acabam por falhar. Isto para não falar das formas descaradas de como atiram objectos às caras dos espectadores, devido ao efeito 3D.
Um filme fraco que continua a história algo desconexa da saga mas, no fim de contas, entretem e assume-se, para muita gente, como um divertido guilty pleasure.
Em 2012, estreia o quinto filme, com Anderson e Jovovich de regresso.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Sessão de Culto # 39

Brick, de Rian Johnson (2005)

Após o desaparecimento da sua ex-namorada, Brendan decide investigar o caso. Para tal, infiltra-se no submundo do crime presente na sua escola.
Brick é um film-noir com adolescentes, onde encontramos todos os aspectos que formam esse género: o detective, a femme-fatale, o vilão, um mistério perigoso, etc.. No entanto, a originalidade da obra de estreia de Rian Jonhson é o ambiente em que a acção se desenrola (filme com personagens adolescentes, faculdade, etc.), os diálogos e as próprias personagens. Para além disso, temos um elenco carismático, muito bem liderado por Joseph Gordon-Levitt.
Brick é uma produção independente que fez furor no Festival de Sundance em 2005 e revela-se uma lufada de ar fresco dentro do cinema americano recente. Uma obra que merece ser vista vezes sem conta.

Sessão da Meia-Noite #38

Resident Evil: Extinction, de Russell Mulcahy (2007)

Depois dos dois primeiros filmes terem lugar numa mansão e em Racoon City, o terceiro filme da saga passa-se num futuro apocalíptico, onde os humanos lutam pela sobrevivência.
Resident Evil: Extinction volta a ser escrito e produzido por Paul W.S. Anderson, o realizador do primeiro, e protagonizado por Milla Jovovich, como Alice, agora geneticamente alterada. No entanto, a realização passa para o veterano Russell Mulcahy (Highlander). O resultado é uma sequela algo superior ao segundo filme mas, ainda assim, um filme algo fraco.
Apesar dos seus (muitos) problemas, consegue entreter e esquecer-se.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sessão de Culto #38

American Psycho, de Mary Harron (2000)

Patrick Bateman (Christian Bale), um executivo da banca de Nova Iorque, é uma pessoa diferente das outras: por detrás da sua aparência elegante, escondem-se fantasias e desejos homicidas. Bateman tem um ódio enorme pelo mundo e, sem motivo aparente, torna-se num psicopata.
Adaptado da novela de Bret Easton Ellis, American Psycho é um thriller violento, com uma boa dose de comédia negra e com um protagonista em grande forma.
Mary Harron traz-nos um dos melhores filme da década passada, com uma interpretação soberba de Christian Bale e um filme de culto imediato. Pena o remake que está a ser preparado...

domingo, 4 de dezembro de 2011

Sessão da Meia-Noite #37

Resident Evil: Apocalypse, de Alexander Witt (2004)

Depois dos acontecimentos do primeiro filme, Alice acroda em Racoon City e descobre que a cidade está infestada de zombies. No entanto, a Umbrella Corporation tem planos maiores.
Começando exactamente onde termina o primeiro filme, Resident Evil: Apocalypse é uma sequela inferior ao filme original. No entanto, tem mais piscares de olhos ao universo dos video-jogos que o filme realizado por Paul W.S. Anderson, que regressa apenas na qualidade de produtor e co-argumentista.
Milla Jovovich regressa como Alice, uma personagem que encarna bem, apear das limitações da mesma (e do argumento). A realização do estreante Alexander Witt é relativamente fraca, com algumas cenas de acção medianas.
Dá para entreter.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sessão de Culto #37

Shaun of the Dead, de Edgar Wright (2004)

Shaun e Ed são dois melhores amigos que vivem juntos. Shaun sente-se um 'looser' autêntico', especialmente depois de perder a rapariga dos seus sonhos. No entanto, os mortos voltam à vida e Shaun acaba por ser um líder involuntário.
Depois da série de culto Spaced, Edgar Wright passa para o cinema e leva consigo Simon Pegg e Nick Frost. O resultado é este Shaun of the Dead, uma comédia de terror que serve de homenagem aos filmes de zombies, um sub-género muito popular de terror. Com piadas certeiras e personagens bem criadas, Shaun of the Dead é uma das melhores comédias da década passada, tendo sido ainda considerado por George A. Romero, um filme que encaixava bem dentro dos seus filmes de zombies. Romero retribuiu com um cameo de Pegg e Frost em Land of the Dead.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

La Piel Que Habito, de Pedro Almodóvar (2011)

Robert Ledgard, um brilhante cirurgião plástico, desenvolve uma pele sintética que é capaz de resistir a qualquer tipo de danos. A sua cobaia é uma mulher, Vera, que vive enclausurada na casa de Robert. No entanto, o passado trágico do cirurgião atormenta-o.
Realizado e escrito por Pedro Almodóvar, La Piel Que Habito marca o regresso de Antonio Banderas ao cinema de Almodóvar. O realizador espanhol traz-nos um thriller com traços de F.C. e podemos dizer que este seria um filme que encaixaria bem na filmografia de David Cronenberg, tendo em conta o seu argumento e alguns temas retratados.
Apesar disso, esta é uma obra totalmente de Almodóvar e é um excelente thriller: o argumento está muito bem desenvolvido, a realização é exemplar, as interpretações são fabulosas e a ideia (e o twist) está bem explorada.
La Piel Que Habito é simplesmente um dos melhores filmes do ano e uma nova abordagem à história de Frankenstein, uma abordagem inteligente, adulta  de grade teor sexual, como é hábito nos filmes do cineasta.

Classificação:
****/5