sábado, 25 de setembro de 2010

Sessão da Meia-Noite #7

Scream

Em 1996, Wes Craven estreou este Scream. Na altura Crave, um dos mestres do Terror, estava com vários fracassos de crítica e de bilheteira e precisava de algo que o tirasse da fossa. O próprio género de Terror não era rentável e estava numa pobre fase criativa. E foi aí que surgiu este Scream, escrito por Kevin Williamson, uma sátira aos filmes de Terror ao mesmo tempo que é um filme de Terror. O filme aborda, de forma inteligente, as várias regras do género enquanto as usa ao mesmo tempo que as quebra. Para além disso, é um bom slasher, com uma boa intriga e de grande entretenimento. O filme foi um grande êxito de crítica e de bilheteira (os 100 milhões de bilheteira apenas nos Estados Unidos provam isso) e tornou-se num marco do género e foi o filme que revitalizou o género de Terror nas bilheteiras, algo que ainda hoje é bastante visível (para o bem e para o mal). Acaba por ser um dos filmes mais importantes da década de 90, dando origem a duas sequelas também de bom entretenimento (embora o terceiro filme seja mais fraco). Apesar do último filme ser de 2000, Wes Craven e o elenco principal reuniram-se para um quarto capítulo, cujas filmagens terminaram esta semana. O filme estreia nos cinemas em Abril de 2011 e já circula pela internet a primeira foto oficial.

NOTA: As duas próximas Sessões da Meia-Noite serão dedicadas a esta trilogia Scream.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sessão de Culto #6

Night of the Living Dead

Tendo em conta que George A. Romero vai estar presente no próximo Motelx para apresentar Survival of the Dead, vamos fazer uma retrospectiva dos filmes de zombies. Começamos pois com Night of the Living Dead, um dos melhores filmes de terror de sempre. Datado de 1968, o filme de Romero quebrou vários tabus para além de ser uma crítica à sociedade da altura. Uma obra de baixo orçamento fantástica e um dos meus filmes favoritos.

NOTA: À excepção de amanhã. Sábado, vamos ter um especial da Sessão de Culto até Quarta-Feira. Em cada dia daremos destaque a um filme da saga de zombies de Romero.

George A. Romero e Neil Marshall no Motelx

Grandes notícias! O lendário George A. Romero vai estar no Motelx deste ano!

Romero vai ser alvo duma pequena homenagem onde vão ser exibidas das obras menos conhecidoas do realizador tais como The Crazies, Martin e Creepshow. Para além disso, Romero estará presente an ante-estreia de Survival of the Dead, a sua nova fita de zombies. A ante-estreia será dia 30 de Setembro, no São Jorge. Domingo, Romero irá dar uma masterclass.

Neil Marshall, por sua vez, vai acompanhar a sua esposa, convidada pelo Motelx para apresentar Centurion, o novo filme de Marshall. Marshall, realizador de filmes como Dog Soldiers e The Descent, vai estar presente na ante-estreia do seu nvo filme, Sábado dia 2 de Outubro, pelas 21h45.
Para quem não sabe, Romero é o realizador de dois dos melhores e mais influentes filmes de terror de sempre: Night of the Living Dead e Dawn of the Dead.

Mais informações aqui.

Dayberakers, de Michael Spierig e Peter Spierig (2010)

2019. A Terra é agora dominada por vampiros. A raça humana está em vias de extinção e serve de fonte de alimentação aos vampiros, já que estes precisam de sangue humano para não se transformarem em monstros. Com a extinção do ser humano eminente, a raça de vampiros começa a entrar em pânico. Um cientista vampiro (Ethan Hawke) tem como função encontrar uma alternativa ao sangue humano para que os vampiros possam continuar a sobreviver. No entanto, ao ajudar um pequeno grupo de humanos e sentindo-se incapaz de consumir sangue, o cientista acaba por ser contacto por um pequeno grupo de humanos que garantem que encontraram uma esperança: cura!
Daybeakers é um filme que mistura F.C. com Terror de forma hábil, trazendo uma ideia diferente ao cinema de vampiros. Nunca sendo um grande filme, consegue ser uma obra competente com um elenco em boa forma e com bons momentos de acção. O filme de início pede ao espectador que se deixe levar pelo mundo apresentado. No momento em que começamos a habituar-mo-nos ao que vemos, conseguimos digerir melhor o filme. Apesar das várias falhas que tem, Daybreakers acaba por ser um bom entretenimento e uma visão diferente dentro do vasto univeros dos vampiros.

The Switch, de Josh Gordon e Will Speck (2010)

Wally Mars é um quarentão solteiro que tem problemas em assumir compromissos. Depois de Kassie, a sua melhor amigo, decidir engravidar através de inseminação artificial, Wally fica fica fora de controlo e acidentalmente, troca o vaso para a inseminação. 7 anos mais tarde, Kassie regressa a Nova Iorque na companhia de Sebastian, o seu filho de 7 anos. Rapidamente, Wally apercebe-se das coincidências entre si e Sebastian.
The Switch é uma comédia romântica competente cujo forte são os diálogos bem conseguidos e a boa prestação dos actores. Jason Bateman é o carismático protagonista e Jennifer Aniston não deslumbra mas faz o seu papel perfeitamente. Jeff Goldblum é o divertido melhor amigo de Wally e um prazer ver cada vez que está em cena. Patrick Wilson está bem, num papel de namorado parvo e ignorante. No entanto, quem rouba o filme é o pequeno Thomas Robinson, que tem uma presença tão natural no filme que nem parece que está a representar, já para não falar no seu olhar extremamente expressivo. Um pequeno actor que rouba as atenções a actor mais experientes.
No campo do argumento, da autoria de Allan Loeb (Wall Street: Money Never Sleeps), não temos nada de original mas está bem construído, com bons diálogos pelo meio (aliás, muito bem entregues pelos actores) e que, surpreendentemente, consegue apostar mais na relação entre Wally e Sebastian do que na relação entre Wally e Kassie, o par romântico do filme. Numa comédia romântica deixar o romance em segundo plano pode não fazer sentido mas aqui resulta perfeitamente, até porque o filme quer apostar mais nessa relação pai/filho.
Resumindo, The Switch é uma comédia competente, sem nunca querer ser mais do que é: ligeiro, simpático e divertido.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Os meus 100 filmes favoritos #1

E aqui começo a apresentar a lista dos meus 1oo filmes favoritos. Infelizmente, muitos ficaram de fora (são mais de 100!) mas, desta forma, podem ter uma pequena ideia. Apresento agora os 10 primeiros filmes da lista. Atenção que não há ordem de preferência.

The Shining, de Stanley Kubrick

Bram Stoker's Dracula, de Francis Ford Copolla

On the Waterfront, de Elia Kazan

Heat, de Michael Mann

A History of Violence, de David Cronenberg

Before Sunrise, de Richard Linklater

Alien, de Ridley Scott

The Usual Suspects, de Brian Synger

District 9, de Neill Blomkamp

21 Grams, de Alejandro González Iñárritu

sábado, 18 de setembro de 2010

Sessão da Meia-Noite #6

Ninja Assassin

Realizado por James McTeigue (do excelente V For Vendetta), este regresso aos filmes de ninja é produzido pelos Irmãos Wachowski. O filme estreou nos Estados Unidos no ano passado e foi directamente para DVD e BluRay entre nós. Ainda não vi o filme, vou ter essa oportunidade hoje mas é, sem dúvida, um filme que encaixa bem dentro desta sessão. Depois direi de minha justiça...

Sessão de Culto #5

Donnie Darko

Considerado por muitos o primeiro filme de culto do milénio, Donnie Darko é a promeiro filme de Richard Kelly e a verdade é que o realizador ainda não cinseguiu fazer um filme com a mesma qualidade nem recepção crítica. Produção independente e com um elenco de luxo liderado de forma brilhante por Jake Gyllenhall, Donnie Darko é um filme que tem de ser visto várias vezes. No entanto, as teorias são mais que muitas e a obra de4 Kelly obriga o espectador a pensar no que vê. Um filme brilhante, complexo e extremamente bem desenvolvido e interpretado.

P.S.: Não via ainda a Director's Cut, por isso tudo o que foi escrito acima é sobre a versão de cinema.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Hot Tub Time Machine, de Steve Pink (2010)

Um grupo de 3 amigos insatisfeitos com a vida decide passar uns dias num local onde estavam sempre juntos durante a adolescência, na companhia do sobrinho de um deles. Quando chegam ao destino, ficam o mesmo quarto em que ficavam sempre e, depois de algumas loucuras cometidas na banheira do quarto, acordam em 1986. Sem saberem como lá foram parar e como fazer para regressarem ao presente, decidem reconstituir os eventos do dia em que estão.
Hot Tub Time Machine é mais uma história de viagem no tempo. No entanto, aqui entramos no registo da comédia e a máquina do tempo é uma banheira, algo original e ridículo mas que resulta. O filme tem um elenco convincente, liderado pelo sempre excelente John Cusack, e é um dos pontos fortes do filme. No entanto, apesar de ter bons momentos e ser uma comédia razoável, há muitos momentos fracos e sem piada, fazendo com que o filme perca alguma força. Apesar disso, consegue entreter durante a sua duração, é mais um bom regresso aos anos 80, temos uma banda-sonora da época e algumas referências (The Terminator e uma grande referência a Manimal, uma curta série de aventura que muita gente não conhece mas que ganhou culto, apesar dos seus 9 episódios).
Há uma pequena minoria que considera Hot Tub melhor que The Hangover. Não é o caso. Não temos situações tão engraçadas nem um argumento inteligente. Até mesmo o elenco não tem a química que o elenco de The Hangover. No entanto, pode-se considerar um bom acompanhante do grande êxito do ano passado, partilhando o mesmo tipo de humor. Uma comédia engraçada, nada mais.

domingo, 12 de setembro de 2010

Sessão da Meia-Noite #5

Predator 2, de Stephen Hopkins

Depois dos acontecimentos do primeiro filme, a acção passa para Los Angeles, uma selva urbana em motim e cercada de gangues rivais poderosos e perigosos. O polícia Mike Harrigan (Danny Glover) declara guerra aos barões da droga que, por sua vez, estão a ser eliminados por alguém desconhecido. Rapidamente descobrem que tanto a polícia como os criminosos estão a ser caçados.
Apesar de ser um filme bastante inferior ao original, Predator 2 é um bom filme de acção. Tem as suas falhas, não pode ser levado a sério, tenta imitar o original várias vezes mas consegue ser um bom entretenimento e, como disse, um bom filme de acção. Danny Glover é o protagonista e fica muitos passos atrás de Schwarzenegger. É aqui que temos o plano duma cabeça de alien na nave dos predadores, unindo os dois universos que, eventualmente, dariam origem aos péssimos Alien Vs Predator (o primeiro é horrível e, digam o que quiserem, o segundo é melhor, tentando ser uma cópia barata de Predator mas, no entanto, ser um filme minimamente divertido).

sábado, 11 de setembro de 2010

Sessão de culto #4

Darkman, de Sam Raimi

Entre a saga Evil Dead, Sam Raimi tentou criar o seu próprio super-herói: Darkman. No entanto, o fracasso nas bilheteiras ditou o fim das aventuras da personagem (foram feitos dois filmes para o mercado de video, com uma qualidade muito inferior, obviamente). Apesar dos fracos resultados monetários, a crítica falou bem bem e, com os anos, Darkman ganhou fãs um pouco por todo o lado, ganhando estatuto de culto.
Darkman consegue ser o Evil Dead dos super-heróis, com a realização peculiar e original de Raimi, um humor negro peculiar e cenas de acção divertidas, exageradas e bem conseguidas. A juntar a tudo isso, temos a banda-sonora do genial Danny Elfman, Liam Nesson como protagonista, Frances McDormand como a sua amada e o cameo de Bruce Campbell no final do filme. Mais um bom trabalho de Raimi e um dos melhores filmes dentro do género. Como se sabe, Raimi encontrou o êxito nas bilheteiras anos mais tarde com a saga Spider-Man, sendo que os dois primeiros são bastante bons (Raimi voltou às origens numa cena do segundo filme, com planos saídos de Evil Dead, criando uma das melhores cenas desse ano cinematográfico).
Desta forma, com este Darkman, terminamos a nossa pequena incursão pelo cinema de Sam Raimi dentro das suas obras de culto, mesmo numa altura, já que Drag Me to Hell finalmente estreou entre nós esta semana.

Para a semana, o filme escolhido será Donnie Darko, considerado por muitos o primeiro filme de culto do milénio. Já não o vejo há algum tempo e vai ser bom relembrar o filme.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cop Out, de Kevin Smith (2010)

Dois polícias são suspensos depois duma operação que correu mal. Determinado a pagar o casamento da sua filha, um dos polícias decide vender uma carta de basebol valiosa. No entanto, após a carta ser roubada, ambos terão de descobrir o seu paradeiro, envolvendo-se com um perigoso gangue.
Cop Out é o primeiro filme de Kevin Smith que não é escrito pelo realizador e isso nota-se à distância. Apesar de Smith tentar introduzir elementos vulgares do seu cinema, tal não resulta com um argumento que já é bastante pobre de origem. Smith tenta ainda fazer deste seu filme uma paródia aos filmes de comédia e acção dos anos 80, utilizando mesmo Harold Faltermeyer na banda-sonora, compositor presente na banda-sonora de Beverly Hills Cop, um dos grandes clássicos dessa década. No entanto, no meio dessa tentativa de paródia, Cop Out acaba por ser apenas mais um filme dentro do género, com situações mais que vistas, piadas que passam ao lado e um argumento vulgar e sem chama.
Quanto aos protagonistas, Bruce Willis e Tracey Morgan: a dupla não tem química qualquer, onde cada um tenta ter piada mas sem conseguir durante grande parte do tempo. Willis, apesar de ter começado a sua carreira na comédia, poucas vezes acerta dentro do género (ainda acredito que Willis consiga fazer boa comédia mas precisa dum realizador à altura) e Morgan simplesmente... não tem piada alguma. Morgan tem apenas piada em 30 Rock pois, basicamente, interpreta-se a si mesmo. Fora desse registo, não consegue esboçar um sorriso.
Cop Out é uma comédia de acção vulgar, sem originalidade e sem muita piada, tentando ser uma paródia e homenagem a um género que é limitado. No entanto, temos aqui um filme que puderia ter sido divertido, se tivesse uma equipa diferente por detrás e um argumento bem conseguido. Parece que tal aconteceu com The Other Guys, com Will Ferrell e Mark Whalberg, do realizador Adam McKay (Ron Butgandy, Ricky Bobby, Step Brothers), um êxito de crítica e de bilheteira que estreia em Portugal em Novembro.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Músicas no Cinema #1

Hoje temos a estreia de outra rubrica: Músicas no cinema, dedicada a músicas e temas que marcaram o cinema. E já que falámos antes de Sylvester Stallone, aqui fica o tema principal de Rocky, composto por Bill Conti:

Os 5 melhores de...

Hoje começa uma nova rubrica no Movie Wagon onde diremos de nossa justiça. Em cada edição, destacaremos os 5 melhores filmes de um determinado actor ou realizador. Claro está que tais escolhas serão baseadas na nossa escolha pessoal.
Hoje vamos apresentar os 5 melhores filmes de Sylvester Stallone. Stallone está de novo em alta, depois do regresso à ribalta com Rocky Balboa e agora com o seu maior êxito de bilheteira desde Rocky IV, The Expendables.

5. Cliffhanger, de Renny Harlin (1993)

Depois de alguns flops nas bilheteiras, Stallone conseguiu regressar ao topo das tabelas com este filme de acção de Renny Harlin (Die Hard 2), um filme cheio de acção e adrenalina e que apresenta Stallone em grande forma. Para além disso, a cena inicial ficou para a história, pela carga dramática que apresenta. Contra Stallone, temos o sempre brilhante John Lithgow, o vilão perfeito (como foi possível ver recentemente na quarta temporada de Dexter).

4. First Blood, de Ted Kotcheff (1982)

Depois de ficar para a história como Rocly Balboa, Stallone consegue criar uma outra personagem que ficaria também para a história: John Rambo. First Blood foi o primeiro êxito de bilheteira de Stallone fora da saga Rocky e é um excelente filme de acção e um bom retrato sobre como o veteranos da guerra do Vietnam eram tratados, quando regressaram ao seu país. Stallone permanece quase sempre silencioso e o momento final é muito bom. Depois disto, Rambo regressou ao Vietnam no segundo filme e tornou-se num herói americano e num símbolo de como os heróis de acção deveriam ser.

3. Coplan, de James Mangold (1997)

Depois de Cliffhanger, Stallone teve mais uns êxitos mas começou novamente a perder fôlego no box-office. No entanto, Copland deu a Stallone algo que não tivera desde o início da sua carreira: o apoio da crítica! Stallone ganhou peso para o papel (com a ajuda de Robert DeNiro, secundário no filme) e conseguiu apresentar uma personagem triste que contém a sua raiva dentro de si. Uma interpretação contida, que está dentro dos limites representativos de Stallone. Para ajudar, Stallone está bem acompanhado por DeNiro, Ray Liotta e Harvey Keitel, entre outros. Um excelente policial e uma boa prova de que Stallone pode ser um bom actor, quando está no projecto certo.

2. Rocky Balboa, de Sylvester Stallone (2006)

Depois de ganhar fama com Rocly, em 1976, Stallone regressa em força com Rocky Balboa, 40 anos depois. Após o fraco quinto capítulo na saga (que foi também um flop), Stallone regressa à personagem que deu início à sua carreira e decide dar um capítulo final digno para a personagem. Usando a sua própria vida e carreira como força para a personagem, Rocky Balboa ganha exactamente por isso: a honestidade do filme e da mensagem, a nostalgia e a experiência de vida de Stallone estar totalmente reflectida no filme. 40 anos depois, Stallone consegue regressar às origens da personagem, esquecendo a fase 'só músculos' dos anos 80 e consegue ainda fazer o público vibrar, naquele que será o último combate de Rocky Balboa.

1. Rocky, de John G. Avildsen (1976)

Escrito por Stallone, Rocky mostra a paixão do actor pelo boxe e apresenta uma personagem que representa o americano pobre e sonhador. Para além disso, é o filme que melhor mostra o sonho americano: um zé ninguém conseguir tornar-se num herói nacional da noite para o dia. Stallone consegue criar uma personagem que é difícil não se gostar e um romance tocante e bonito entre Rocky e Adrian. O combate final ficou histórico, para além da banda-sonora e das famosas cenas de treino, que tanto marcaram os filmes deste género. Um verdadeiro clássico e uma prova de que Stallone sabe ser actor quando quer.

Predators, de Nimród Antal (2010)

Um grupo de soldados e mercenários vai parar a uma floresta. Não sabem como lá estão e o que lá fazem. Mas rapidamente descobrem que estão a ser caçados por uma raça mortífera.
Robert Rodriguez é o produtor desta sequela de Predator (sim, é uma sequela, não um reebot nem remake), um dos clássicos filmes de acção dos anos 80. Rodriguez, fã do filme original, ficou-se pela produção e deu a realização a Nimród Antal (Vacancy; Armored), supervisionando o projecto de perto. O resultado é o melhor filme da saga deste o filme original (ou seja, é melhor que Predator 2, já que Alien Vs. Predator não contam) e que não desrespeita os fãs da saga. O filme tem um bom ritmo e boas cenas de acção, para não falar do elenco que, apesar de invulgar, está bem para um filme do género. Adrien Brody é o inesperado protagonista e está acompanhado por Alice Braga, Topher Grace (mais um nome inesperado), Danny Trejo (primo de Rodriguez e protagonista de Machete, que estreia entre nós em Novembro) e Laurence Fishburne, num curto papel. A banda-sonora de John Debney entra dentro do espírito do filme original, usando vários temas compostos por Alan Silvestri para o filme de McTiernan, algo que resulta bem aqui.
Predators perde-se um pouco pelo meio mas rapidamente consegue recuperar o ritmo inicial (sim, o filme começa a correr e não pára). Pelo meio, consegue ter várias referências ao filme original e um Adrien Brody em anti-herói dos anos 80, com uma voz grossa e que profere 'one-liners' de vez em quando.
Resumindo, Predators é uma excelente adição à saga e um bom filme de acção, servindo ainda de boa homenagem ao filme original e uma sequela superior ao segundo filme.

Karate Kid, de Harald Zwart (2010)

Dre é um jovem americano que vai viver para a China com a sua mãe, depois desta ser transferida no trabalho. Prestes a iniciar uma nova vida, Dre não consegue habituar-se à mudança drástica e na escola é sempre espancado por um pequeno grupo de rapazes. Depois de conhcer Mr. Han, Dre começa a aprender Kung Fu e uma nova forma de ver a mudança na sua vida.
Trata-se do remake de um dos clássicos dos anos 80. Desta vez, os protagosnistas são Jaden Smith e Jackie Chan e, devo admitir, que fiquei surpreendido.
Inicialmente, pensei neste filme como uma falta de respeito ao filme original: um miúdo como Smith (filho de Will Smith, produtor do filme) a fazer o papel de Ralph Maccio, que era um adolescente no filme original, era algo que não me cabia na cabeça. Para não falar na ideia de que iria ser um produto infantilizado e com Smith a ser mais um mau actor. Mas estava errado. O filme está feito para um público mais jovem, é verdade, mas não está infantilizado como pensava. E Jackie Chan tem aqui o seu melhor papel no cinema americano: troca a comédia pelo drama e, é de admitir, que está extremamente bem e surpreende. Já Jaden Smith, é uma surpresa: pode ter alguns momentos mais fracos mas, no geral, Smith porta-se muito bem e consegue, juntamente com Chan, carregar o filme às costas.
E é aqui que vem a grande força do filme: a dupla de protagonistas. Smith e Chan formam uma boa dupla e conseguem ganhar o afecto do espectador pela sua relação de amizade que vai ficando mais forte (o momento depois da descoberta do passado de Mr. Han é um dos grandes momentos do filme: tocante e emocional). Os momentos do treino de Dre estão muito bons e o próprio combate final consegue puxar pelo público (pena é o pontapé final... o ponto fraco do filme). A realização de Harald Zwart é competente e custa a acreditar que o filme veio do mesmo homem que realizou o desastre que foi Pink Panter 2, com Steve Martin.
Karate Kid pudia muito bem chamar-se Kung Fu Kid, já que Dre aprende Kung Fu e não Karate. No entanto, apesar de ser um remake desnecessário, o filme é uma boa surpresa e não desonra, de forma alguma, o material original. Pelo contrário: consegue ser um tipo de homenagem ao filme original e consegue ser ainda um bom veículo para Smith e Chan. Como disse, uma boa surpresa...

sábado, 4 de setembro de 2010

Sessão da Meia-Noite #4

Hoje temos sessão dupla na nossa rubrica. E começamos com...

Rambo

20 anos depois de Rambo III, Sylvester Stallone regressa com o quarto capítulo da saga da máquina de guerra americana. Depois do regresso à ribalta com Rocky Balboa, Rambo marcou outro regresso de outra personagem popular do actor. E valeu a pena: foi um êxito de bilheteira e agradou aos fãs. Rambo é o segundo melhor filme da saga e é um bom filme de acção, com violência gratuita e um fecho à saga de John Rambo, sendo que aqui temos o fecho dum círculo, como foi referido no terceiro filme.

De seguida, temos...

Predator

Mais um clássico de acção dos anos 80 mas aqui com a condição de que não é um mau filme divertido mas sim um bom filme de acção e de grande entretenimento, sendo o melhor filme de Schwarzenegger fora da saga Terminator (quando estava nas mãos de James Cameron). Predator é um hábil filme de acção, puro e duto, com uma pequena mistura de F.C.. Schwarzenegger enfrenta aqui o maior vilão da sua carreira, um caçador extra-terrestre que vibra ao caçar homens peritos em matar: máquinas de guerra e mercenários. Tudo pelo prazer da caça. John McTiernan realiza de forma segura este clássico do género antes de realizar outro dos grandes filmes de acção de sempre: Die Hard. Schwarzenegger aqui é o exemplo perfeito de herói de acção, sempre acompanhado de algumas 'one-liners' e de cenas de acção de encher o olho. E a caçada final, sem grandes momentos de diálogos, é um dos melhores combates de sempre. Para além disso, Predator é, sem dúvida, um dos filmes mais 'machos' do cinema! Grande clássico de acção que tem agora um novo capítulo, Predators, a estrear nas nossas salas. Predators é produzido por Robert Rodriguez, grande fã do filme original, e tem Adrien Brody como protagonista. Durante a semana que vem, falaremos do novo filme.

Para a semana, será a vez de Predator 2, a sequela inferior com Danny Glover. Apesar disso, é um bom filme de acção e um excelente 'Guilty Pleasure'.

Sessão de Culto # 3

Army of Darkness

A terceiro parte da saga Evil Dead acaba por ser a mais leve e mais distante do tom dos outros filmes, acabando por mais uma aventura fantástica que filme de terror. No entanto, Sam Raimi consegue criar um bom espectáculo de humor negro, acumulado com aventura e com um anti-herói hilariante e recheado de 'one-liners' delirantes e que ficam na memória. Uma grande conclusão para uma das maiores sagas do terror.

Acabamos assim a incursão da Sessão de Culto pela saga Evil Dead, mesmo a tempo da estreia nacional de Drag Me To Hell, a última obra de Sam Raimi, que estreou nos Estados Unidos no final de Maio de 2009 e estreia entre nós com quase ano e meio de atraso. Por aqui, já o vimos e é um grande regresso do realizador ao cinema de terror e comédia, apesar de não ser tão genial e divertido como esta saga. Para a semana, a nossa sessão deverá apresentar outra obra de Raimi, Dark Man, a tentativa do realizador de criar um super-herói no cinema mas que, devido ao fracasso de bilheteira, não resultou. No entanto, o filme foi bem recebido pela crítica e pelos fãs e acabou por tornar-se numa obra de culto. Depois de Dark Man, Raimi regressou à saga Evil Dead com este Army of Darkness. O filme é protagonizado por Liam Neeson e Frances McDormand.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Está quase a chegar...

Boardwalk Empire

De Terrence Winter, criador de The Sopranos e produzida por Martin Scorsese, que assina a realização do episódio-piloto, Boardwalk Empire passa-se no início da Lei Seca e é interpretada por Steve Buscemi. Produzida pela HBO, esta poderá ser uma das grandes séries do ano. Estreia daqui a menos de 3 semanas nos Estados Unidos.
Aqui no Movie Wagon, estamos a pensar em acompanhar a série quando estrear. Portanto, se tal acontecer, daremos notícias...