sábado, 29 de janeiro de 2011

Sessão da Meia-Noite #23

Blue Steel, de Kathryn Bigelow

Estreado em 1989, Blue Steel é a segunda longa-metragem de Kathryn Bigelow, na minha opinião a realizadora mais dura do cinema americano. Protagonizado por Jamie Lee Curtis, temos aqui um bom thriller policial e mais uma prova do talento que Bigelow tem para o género.

Sessão de Culto #22

Akira, de Katsuhiro Ôtomo

Em 1988 estreou no Japão um filme de animação que revolucionaria o género e ajudaria a dar um impulso a este tipo de animação. Falamos de Akira, considerado por muitos como o melhor Anime de todos os tempos. O filme é realizado pelo criador da manga que deu origem a esta obra e fala-se num remake, em imagem real, feito em Hollywood.
A verdade é que temos aqui uma obra complexa de F.C., para além de apresentar-se como um grandioso espectáculo de acção. Pessoalmente, insiro-me dentro do grupo que o considera o melhor Anime de sempre, seguido de perto por obras como Ghost in the Sheel e Ninja Scroll, que serão brevemente aqui incluídos.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Os 10 melhores filmes de 2010

A ideia que tínhamos era fazer uma série de listas sobre o melhor e o pior de 2010, relativo à área de cinema, mas o tempo não o permitiu. Devido a esse motivo, vamos passar já para a nossa lista dos melhores filmes do ano passado, uma curta lista de 10 obras que, na nossa opinião, refletem o melhor do que se fez em cinema em 2010. A lista incluí apenas filmes que tiveram estreia comercial nas nossas salas durante o ano passado.

1 - Inception

2 - Toy Story 3

3 - The Social Network

4 - Scott Pilgrim VS. The World

5 - Kick-Ass
6 - The Road
7 - Where the Wild Things Are
8 - Shutter Island
9 - Bad Lieutenant: Port of New Orleans
10 - Up in the Air
Menções honrosas: The Ghost Writer (que esteve muito perto de estar presente na lista), How to Train Your Dragon, Tangled, The Town, The Kids Are Allright.
Há ainda uma série de obras que não tivemos oportunidade de descobrir, querendo isto dizer que a lista poderá ser diferente depois de certos filmes serem vistos, tais como: An Education, A Serious Man, A Single Man.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Sessão da Meia-Noite #22

Kiss of the Dragon, de Chris Nahon

Protagonizado por Jet Li e Bridget Fonda, este Kiss of the Dragon é um dos primeiros projectos de Li nos Estados Unidos. Com argumento de Robert Kamen e Luc Besson, temos aqui um filme de acção simples, com uma história cheia de clichés mas que consegue entreter, através das cenas de acção bem conseguidas. De destacar a banda-sonora de Craig Armstrong. Um guilty pleasure divertido.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Sessão de Culto #21

The Big Lebowski, de Joel Coen

The Dude é confundido com um milionário com o nome de Lebowski. Quando algo trágico acontece ao seu tapete da sala, Dude quer um tapete novo e vai pedi-lo à pessoa com quem foi confundido. No entanto, Dude mal sabia que iria ficar envolvido em grandes confusões.
The Big Lebowski é puro Irmãos Coen: situações hilariantes e exageradas, um óptimo argumento, diálogos deliciosos, interpretações fabulosas e uma realização exemplar. Mas nesta obra temos um extra: a personagem The Dude, tão bem encarnada por Jeff Bridges, um dos grandes papéis da sua carreira!
The Big Lebowski tornou-se rapidamente numa obra de culto, das maiores dos últimos anos, e a personagem The Dude também. Um grande filme, com um elenco de luxo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

TRON Legacy, de Joseph Kosinski (2010)

Sequela do filme de culto de 1982, TRON Legacy começa com Sam Flynn, filho do protagonista do primiro filme Kevin Flynn, a procurar o seu pai, desaparecido há 20 anos. Sem saber como, Sam vai parar ao universo artificial que o seu pai desenvolveu e descobre que uma cópia de Kevin, criada pelo pai, está a controlar tal universo. Sam está determinado a encontrar o seu pai e juntar esforços para derrotar Clu, a cópia artificial do pai.
Ao contrário de TRON, esta sequela foi um êxito nas bilheteiras. O primeiro filme foi uma grande aposta da Disney e falhou no box-office sendo que, eventualmente, foi redescoberto em VHS e ganhou um enorme culto. Tal culto fez com que a Disney considerasse fazer esta sequela cara e cheia de efeitos especiais.
No entanto, enquanto que o primeiro filme foi um objecto bastante revolucionário a nível técnico, a sequela não pode dizer o mesmo: os efeitos especiais são extremamente bons, o filme oferece uma excelente experiência visual mas não é algo que nos deixe de boca aberta.
O verdadeiro propósito de TRON Legacy é trazer uma sequela digna aos fãs do filme original, é um filme feito para os fãs. O primeiro filme tinha uma história bem explicada mas algo infantil, esta segunda parte tem um argumento fraco e personagens pouco desenvolvidas. No entanto, criou-se um espectáculo visual muito bom, cheio de cenas de acção bem pensadas e filmadas. Quando o filme termina, reparamos que o verdadeiro motivo do filme era satisfazer os fãs (missão cumprida) e trazer ao público um filme divertido, recheado de acção e efeitos especiais bons. Uma das melhores coisas do filme é que consegue ser acessível ao público em geral, mesmo para quem, não conhece o filme original.
Destaco ainda a banda-sonora, da autoria dos Daft Punk, que conseguem cirar uma experiência auditiva extremamente boa, fazendo com que a música seja personagem no filme, algo que me surpreendeu bastante.
Pessoalmente, TRON Legacy é o primeiro blockbuster a sério de 2011. Tem os seus defeitos mas como objecto de divertimento e de acção, é entretenimento garantido. E uma boa experiência, até.

sábado, 15 de janeiro de 2011

The Contract, de Bruce Beresford (2006)

Um assassino profissional é contratado juntamente com a sua equipa. No entanto, quando se está a preparar, sofre um acidente e é preso. Ao ser escoltado, a sua equipa tenta resgatá-lo mas ele afasta-se da mesma, indo parar às mãos dum professor, ex-polícia, que ia acampar na mata com o seu filho. O professor tem agora de escoltar o assassino e manter-se vivo pelo caminho.
The Contract é um thriller de acção protagonizado por Morgan Freeman e John Cusack e realizado por Bruce Beresford que já nos trouxe obras como Driving Miss Daisy. No entanto, com uma equipa competente, chega-nos um produto digno de DVD. O filme não tem o minímo de suspense ou tensão, cai sempre nos clichés habituais, as personagens são uni-dimensionais e pouco credíveis e a realização é fraca. Nota-se perfeitamente a falta de orçamento e o ponto forte do filme é mesmo os dois protagonistas, que fazem o melhor que podem para salvar esta trapalhada.
Um thriller fraco que serve para ver quando não há nada melhor, numa tarde chuvosa.

The Kids Are All Right, de Lisa Cholodenko (2010)

Um casal de lésbicas tem uma vida feliz, junto dos seus dois filhos, concebidos através de inseminação artificial. Quando os filhos conseguem descobrir o pai e contactá-lo, a família decide tentar a sua integração. No entanto, os conflitos começam a surgir.
Escrito e realizado por Lisa Cholodenko, The Kids Are All Right é uma comédia independente inteligente, com um óptimo argumento e bons diálogos. No entanto, outro dos seus pontos fortes são os actores. Julianne Moore e Mark Ruffalo estão em excelente forma, Mia Wasikowska e Josh Hutcherson são talentos a seguir mas Annette Bening tem a interpretação mais forte e contida, um trabalho que tem sido bastante reconhecido e que poderá (e deverá) ser nomeado para Óscar.
The Kids Are All Right é, juntamente com The Winter Bones, o filme independente americano de 2010 e uma das melhores obras desse mesmo ano.

The Ghost Writer, de Roman Polanski (2010)

Um escritor britânico é contratado para escrever as memórias do Primeiro Ministro britânico. No entanto, ao fazer o seu trabalho, descobre segredos que poderão levar à sua morte.
The Ghost Writer é o mais recente trabalho de Roman Polanski, um dos mestres do suspense. E aqui nesta sua obra, o realizador prova, uma vez mais, porque tem esse título. Com um mistério interessante, um elenco de luxo em grande forma, uma excelente banda-sonora e cenas de suspense muito nem engendradas, The Ghost Writer é um dos grandes filmes de 2010, sendo um thriller à antiga, que já não se produzem mais hoje em dia.

Animal Kingdom, de David Michôd (2010)

J vai morar com a sua avó e família quando a sua mãe morre de overdose. No entanto, a sua família está envolvida em actos criminosos e é investigada pela polícia, numa altura em que a polícia decide, por vezes, fazer justiça por suas mãos e eliminar certos criminosos. J, nunca conseguindo entrar dentro do mundo do crime como a família quer, apenas quer uma vida normal.
David Michôd estreia-se na realização com este Animal Kingdom, um drama australiano que tem sido bastante aclamado pela crítica internacional, sendo comparado por algumas pessoas a Good Fellas. A verdade é que a obra de Michôt é uma prova de que podemos encontrar cinema de grande qualidade vindo da Austrália. Animal Kingdom é um retrato de destruição duma família australiana, destruição essa vinda do crime e da falta de confiança. Uma obra complexa, muito bem escrita, realizada e interpretada.
Animal Kingdom está nomeado para um Globo de Ouro e é uma obra sólida que merece ser descoberta e que deveria estrear nas nossas salas. Um dos melhores filmes de 2010.

Sessão da Meia-Noite #21

Hard Target, de John Woo

A estreia de John Woo no cinema americano e um dos melhores filmes de Jean-Claude Van Damme. Cenas de acção bem filmadas pelo mestre, embora a história seja fraca (esperado) e Van Damme seja... Van Damme. Bom filme de acção desmiolado e um bom guilty pleasure meu.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sessão de Culto #20

Near Dark, de Kathryn Bigelow

Near Dark é um dos maiores filmes de culto dos anos 80, um conto diferente e dos melhores acerca de vampiros e a estreia de Bigelow na realização de longas-metragens. Lance Henriksen e Bill Paxton são dois dos actores aqui presentes. Uma obra de terror importante, considerada por muitos como um dos melhores filmes de sempre dentro do género.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Retrospectiva F.C. #63

Inception, de Christopher Nolan

2010. O ano começa com Avatar no topo do mundo, a ser nomeado para vários prémios e a dar um maior impulso aos filmes apresentados em 3D. No entanto, desde o Verão de 2009 que a Warner andava a publicitar uma das suas grandes apostas para o Verão seguinte, através dum Teaser Trailer bastante enigmático e apelativo dum filme que tem o título Inception. Trata-se do novo filme de Christopher Nolan, que o realizador anda a preparar desde 2000.
O filme tem uma premissa interessante: entrar no sonho das pessoas, altura em que estas estão mais vulneráveis, e roubar-lhes ideias e segredos. É a nova forma de executar roubo empresarial. Quando é pedido a Dom Cobb, um perito na área e fugitivo internacional, é contratado para entrar nos sonhos dum executivo poderoso, o seu maior desafio começa.
Nolan mistura acção com filme de roubo e F.C., nesta obra complexa e inteligente, muito bem pensada e executada. Inception é o blockbuster inteligente e obriga o espectador a dedicar toda a sua atenção ao filme, sendo que uma única linha de diálogo pode ser importante para a compreensão do filme. Auxiliado por um elenco de luxo e em grande forma, liderado por Leonardo DiCaprio, e por uma banda-sonora poderosa, Inception é um dos maiores êxitos de 2010 e uma obra que terá um lugar importante no género de F.C.

Muita coisa está para vir para a F.C.. Agora em 2011 temos TRON: Legacy, a razão desta nossa retrospectiva, Super 8 (de J.J. Abrams), The Source Code, entre outras obras de F.C. que poderão ganhar o seu canto especial neste género tão amado e, muitas vezes, incompreendido pelo grande público.

Espero que tenham gostado desta nossa retrospectiva. Foram 63 filmes que aqui apresentámos, ao longo destes dois meses, onde tive (finalmente) a oportunidade de descobrir algumas obras importantes para o género e, pessoalmente, foi interessante fazer esta viajem pela história da F.C. no cinema. É certo que muitos filme simportantes ficaram de lado, infelizmente, mas haverão outras oportunidades para os descobrir e aqui comentá-los. Espero que tenham gostado.

Retrospectiva F.C. #62

Avatar, de James Cameron

Depois do mega-êxito que foi Titanic, James Cameron passou mais de 10 anos a desenvolver este Avatar, à espera que encontrasse a tecnologia necessária para criar o mundo de Pandora.
Com a promessa de que seria um filme revolucionário, Avatar criou muitas expectativas e, uma vez mais, colocou a carreira de Cameron em risco. No entanto, a crítica recebeu bem o filme, foi nomeado para o Óscar de melhor filme e superou as receitas de Titanic, tornando.se no filme mais rentável de sempre (sem o ajuste de moeda).
No entanto, apesar da boa aceitação da crítica e do público, há uma minoria que não recebeu bem o filme, devido ao facto da história não ser original e de esperar-se mais nesse campo, sendo que vinha de Cameron. A verdade é que, enquanto pode desiludir nesse aspecto, o argumento está bem construído, tem boas ideias e o filme, ao fim de contas, cumpriu o que prometeu: tornou-se numa obra revolucionária a nível técnico, sendo que era sempre nesse aspecto que tal revolução era prometida. Os efeitos especiais são dos melhores que já se viram e o filme foi filmado com câmaras 3D, criando assim bons efeitos e levando ao público uma experiência diferente.
Depois de Avatar, a tecnologia 3D rebentou em força, para o bem e para o mal. Os filmes de animação continuaram a ser exibidos com a tecnologia mas começou a haver um maior número de filmes a usarem a mesma tecnologia. A polémica instalou-se quando começou a haver a conversão de filmes para 3D, onde a qualidade do 3D é bastante inferior (Clash of the Titans) e, devido ao preço mais alto dos bilhetes, eventualmente o público começou a ser mais selectivo com os filmes em 3D que vão ver.

Avatar é uma obra importante para o cinema e para o género de F.C., sendo que deu ao género um êxito gigantesco e um blockbuster bem conseguido e emocionante.

Amanhã, vamos para o último filme desta nossa retrospectiva e vamos fechar com chave de ouro: Inception, de Christopher Nolan.

Retrospectiva F.C. #61

Moon, de Duncan Jones

Para além de outros filmes de F.C., 2009 é também o ano em que o género regressa à década de 70, com este Moon, uma obra ambientada em espaços fechados, influenciada pelos filmes dessa década e também por 2001 - A Space Odisey, de Stanley Kubrick.
Duncan Jones, filho do lendário David Bowie, escreve e realiza esta pequena grande obra, onde Sam Rockwell brilha, num filme carregado pela sua fantástica interpretação. A juntar a isso, temos a grande banda-sonora de Clint Mansell e a voz de Kevin Spacey.
Moon foi muito bem recebido pela crítica e pelos entusiastas do género mas posto de lado pela sua distribuidora, a Sony, quando chegou a altura de lhe dar força para os Óscares. No entanto, foi uma das melhores obras de 2009 e abriu as portas a Duncan Jones, que regressa este ano com The Source Code, também de F.C. mas mais comercial.

Terça-Feira é a vez de Avatar, o filme que James Cameron desenvolveu durante 10 anos e que prometia revolucionar o cinema.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Retrospectiva F.C. #60

District 9, de Neill Blomkamp

Passado na África do Sul, uma nave extra-terrestre paira sobre a capital do país. De forma a parar com as lutas constantes entre humanos e extra-terrestres, estes ficam presos naquilo a que se dá o nome de Distrito 9, um bairro de lata povoado apenas pelos extra-terrestres, onde há um controlo constante por parte dos humanos e uma enorme hostilidade também. Até ao dia em que um simples homem torna-se naquilo que pode ser a arma perfeita contra os extra-terrestres...
Sendo uma evidente crítica ao Apartheid, Blomkamp cria um dos melhores filmes de F.C. dos últimos tempos, ao mesmo tempo que nos traz um bom filme de acção e um bom argumento algo poético e emocionante. Parte do aspecto fenomenal do argumento é a humanização da personagem de Shaltey Copley à medida que se vai transformando num extra-terrestre, algo muito bem executado.
Peter Jackson serve de produtor a esta produção sul-africana. A crítica rendeu-se e, apesar de nomes desconhecidos no elenco, o filme rendeu mais de 100 milhões de dólares no box-office americano. Um bom exemplo do bom cinema de F.C. que foi estreado em 2009.

Amanhã vamos continuar nesse mesmo ano com uma produção britânica independente e realizada pelo filho do lendário David Bowie. Falamos, claro, de Moon.

Desafio Cine Road

Há uns tempos atrás, o Movie Wagon e outros blogs de cinema portugueses foram desafiados pelo Roberto Simões, autor do blogue CINEROAD, a responder a algumas perguntas do nosso interesse, onde desvendaríamos quais eram, na nossa opinião, obras marcantes ou que definiram um determinado género, para além do filme que define os últimos 3 anos de cinema. Esta noite, o caro Roberto Simões publicou as respostas do Movie Wagon para tal desafio e aqui deixo o link para descobrirem as minhas respostas.
Fica aqui o meu obrigado ao Roberto pelo interessante desafio e parabéns pela excelente iniciativa, esperando por futuras novidades sobre outras oportunidades parecidas. Já agora, quem não conhece o cantinho do Roberto, aconselho vivamente a descobri-lo, devido à excelente escrita, escolha de filmes, iniciativas e também pelo debate interessante que podemos encontrar.

sábado, 8 de janeiro de 2011

John Carpenter's The Ward - Trailer

Finalmente John Carpenter está de volta! Apesar de algumas críticas negativas depois da sua estreia em Toronto, ainda em 2010, estou ansioso pelo regresso do mestre Carpenter. Ainda não data de estreia mas aqui fica o primeiro trailer, revelado esta semana:

Os melhores e os piores de 2010 - Banda-sonora

Nesta área vamos apenas destacar as melhores bandas-sonoras do ano passado. Avisamos já que este top é relacionado apenas com filmes que vimos, excluindo então obras como A Single Man, que será visto brevemente.

Inception:
A música de Hans Zimmer é simplesmente brilhante na obra de Christopher Nolan. Consegue ser emotiva nas partes necessárias e estrondosa nas cenas de acção. Uma banda-sonora poderosa e merecedora de Óscar:


The Social Network:
Trent Raznor, dos Nine Inch Nails, e Atticus Ross criam, inesperadamente, uma das melhores bandas-sonoras de 2010. Perfeita para o filme, Raznor parece ser um dos indivíduos perfeitos para trabalhar com David Fincher. Vão voltar a colaborar no remake de Millennium, a estrear em Dezembro de 2011:


Kick-Ass:
Composta por vários temas não originais, a banda-sonora do filme de Matthew Vaughn dá um ritmo frenético às cenas de acção por si só frenéticas. Um dos melhores momentos é a faixa apresentada em baixo (peço desculpa pelo título bastante spoiler). Muito bom:


Scott Pilgrim Versus The World:
Um filme com a música de Beck presente acaba sempre por ter uma das melhores bandas-sonoras de determinado ano. O filme tem uma banda-sonora fantástica que merece ser descoberta. Fica aqui um dos melhores exemplos, Ramona:


Where the Wild Things Are:
Voltei a ser criança com esta obra de Spike Jonze e fiquei roído de inveja em não haver músicas destas quando eu era criança. Genial, emotiva... sem palavras. Banda-sonora perfeita:


The Road:
Warren Ellis e Nick Cave criam uma banda-sonora calma e tocante para este The Road. Aliás, tudo em que Nick Cave mexe é ouro e este trabalho não é excepção. Genial:


Up in the Air:
Jason Reitman é um dos melhores realizadores da actualidade e um dos que consegue arranjar excelentes bandas-sonoras para os seus filmes. Juno era um caso perfeito e Up in the Air não é excepção nenhuma:


Toy Story 3:
Porque quase todos os filmes da Pixar têm excelentes bandas-sonoras e este Toy Story 3 não foge à regra. Randy Newman regressa para a partitura e consegue auxiliar o filme nas suas aventuras e no final de levar qualquer adulto às lágrimas:


The Ghost Writer:
Roman Polanski regressa com este thriller excelente (do qual falarei em breve, já que só o vi esta semana) e junta-se a Alexandre Desplat para esta composição complexa e brilhante:


Shutter Island:
A nova obra de Martin Scorsese tem uma banda-sonora que ajuda bastante a criar o ambiente claustrofobico e negro do filme. No entanto, em certos momentos, temos algo mais melancólico e tocante como esta faixa que apresentamos em baixo, que surge em partes ao longo do filme e depois nos créditos finais. Brilhante!


Fica a nossa lista de melhores bandas-sonoras de 2010. Nos próximos dias, revelamos outra categoria nas várias listas que vamos fazendo ao longo deste mês. As categorias culminarão com os nossos melhores 10 filmes do ano passado, que serão revelados no final deste mês.

Sessão da Meia-Noite #20

Bloodsport, de Newt Arnold (1988)

O filme que lançou a carreira de Jean-Claude Van Damme, um dos heróis de acção mais populares da década de 90. O actor belga mostra aqui os seus dotes de artes marciais, num fime violento e que ganhou um certo estatuto de culto. Bastante apreciado pelos fãs do género, é considerado um dos melhores filmes do actor. E realmente é. O filme ganhou uma popularidade enorme na altura, dando origem a umas sequelas muito manhosas, sempre sem a presença de Van Damme. Destaque para a participação de Forest Whitaker. Um filme perfeito para o regresso nesta nossa rubrica.

Retrospectiva F.C. #59

Star Trek, de J.J. Abrams

J.J. Abrams é uma das maiores mentes criativas de Hollywood: criou a série de espionagem Alias, foi um dos co-criadores de Lost, realizou Mission: Impossible III, produziu Cloverfield, um dos únicos filmes de F.C. de menção honrosa depois de The Fountain, e decide realizar este Star Trek, uma sequela/prequela da popular franchise da Paramount.
Os fãs estavam com receio que Abrams estragasse tudo. A saga já tinha 10 filmes estreados, sendo que o último, Insurrection, foi um flop no box-office e mal recebido pela crítica e fãs. Agora, Abrams tinha uma super-produção em mãos, um elenco novo a encarnarem personagens míticas e a ideia de Reboot não agradava aos fãs, de forma alguma.
Inteligentemente, Abrams e equipa deram a volta à situação. Ao longo do filme, apercebemo-nos que temos aqui uma prequela para a saga mas ao mesmo tempo, uma sequela. Mais ainda, somos presenteados com a ideia de que este filme pode ser encarado como uma realidade alternativa em relação às séries e filmes já existentes. Para reforçar essa ideia, temos a presença de Leonard Nimoy como Spock.
A ideia foi bem executada e o êxito de crítica e de público foi enorme. O filme rendeu mais de 250 milhões no box-office americano, sendo o filme mais rentável da saga e um dos blockbusters de 2009. E foi o primeiro filme de F.C. a fazer mossa nesse mesmo ano, ano em que o género voltou a fazer furor junto da crítica e do público.

Amanhã, vamos continuar em 2009 e falar de District 9.

Sessão de culto #19/ Retrospectiva F.C. #58

Serenity, de Joss Wedon

2005. O ano em que estreia o último filme da nova trilogia Star Wars e dá ao mundo a origem de Darth Vader, uma das maiores personagens do cinema. E este filme é bastante aclamado pela crítica e consegue reconciliar os fãs com a saga. Ao mesmo, na televisão, a F.C. ganha força com o remake de Battlestar Galactica, sendo uma série muito aclamada e de grande qualidade, e Lost, a série que redefiniu o panorama televisivo, ao criar uma história digna de filme, cheia de mistério e excelentes momentos, inspirada em séries como The X-Files e Twin Peaks e em contos de Stephen King, etc. Enquanto isso, Stargate continuava em força na televisão, dando origem a um spin-off (e depois daria origem a outro). A televisão e a F.C. estão de mãos dadas, algo que não acontecia muitas vezes e que, neste momento, está novamente a desaparecer.
No entanto, uns anos antes, Joss Wedon, criador de Buffy, The Vampire Slayer, cria uma série que mistura F.C. e Western. A crítica adora mas as audiências são baixas e a Fox cancela a série. Em pouco tempo, a série, Firefly, ganha uma enorme legião de fãs e, em 2005, a Universal estreia Serenity, o filme que dá fim à história de Firefly. Um filme feito para os fãs mas que agrada a um público maior.
Serenity foi um dos melhores entretenimentos de 2005. Joss Wedon realiza o filme e consegue criar, com relativamente pouco dinheiro, uma aventura de F.C. emocionante e cheia de acção, ao mesmo tempo que termina a história da série. Ao mesmo tempo, consegue apresentar as personagens e o seu universo a um público que desconhece a série.
Infelizmente, Serenity foi um filme bastante apagado no box-office. No entanto, tal como a série, o filme ganhou uma grande legião de fãs e é um dos últimos verdadeiros filmes de F.C. da década.

Em 2006, Darren Aronofsky estreia o grandioso (e dividido) The Fountain, um drama romântico que usa, de forma hábil, a F.C.. O filme divide o público e a crítica mas, para quem gostou, é um dos melhores filmes da década (para mim, um dos meus favoritos!) Não vamos dar um destaque maior ao filme (o seu próprio e merecido post) mas seria impensável não mencionar tal obra nesta nossa retrospectiva.

Sábado, vamos saltar para 2009, ano em que a F.C. voltou em força ao cinema. Foram vários os filmes do género que cativaram os entusiastas e a crítica, bem como o público em geral. O primeiro filme que vamos destacar desse ano será Star Trek, onde J.J. Abrams pega num material bem antigo e consegue dar-lhe a reviravolta necessária.

Retrospectiva F.C. #57

Eternal Sunshine of the Spotless Mind, de Michel Gondry

Em 2004, Michel Gondry estreia esta comédia romântica misturada com F.C., escrita por Charlie Kaufman.
Um casal separa-se e o nosso protagonista decide recorrer a um programa para apagar todas as memórias da sua ex-namorada. No entanto, é ao revê-las que recorda-se do quanto a ama e, dentro dos seus sonhos, tem de lutar para que os mesmos não sejam apagados.
Jim Carrey é o protagonista e tem aqui o melhor papel da sua carreira, ao lado de Kate Winslet, Mark Ruffalo, Tom Wilkinson e Kristen Dunst. O filme é uma das melhores histórias românticas do cinema recente e um dos melhores da década passada, com uma originalidade e criatividade brutais. E prova que o cinema de F.C. não precisa de misturar-se apenas com Terror e Acção mas que também pode fazer uma excelente parceria com a Comédia Romântica. E foi bom haver tal prova, sendo que em 2003 foi o ano das sequelas de Matrix, outro marco do género.

Sexta-Feira vamos para 2005. Não será a vez do último capítulo de Star Wars mas sim de Serenity.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Os melhores e os piores de 2010 - Posters

Hoje começamos com a nossa lista de melhores e piores do ano que terminou. Hoje começamos com os posters de 2010.

Os piores

The Spy Next Door
Jackie Chan, três crianças e um porco... É preciso dizer mais?


Vampires Suck
Para este filme, só poderia haver desgraçadas de marketing destas...


The Killers
Todos os posters para este mau filme foram simples, péssimos e sem originalidade. Até parece que nem tentaram...


The Last Song
Para além da voz irritante e da extrema falta de talento de Miley Cyrus (para não falar do beicinho constante), a rapariga ainda fica 'desfigurada' no poster devido ao mau photoshop...


Meet the Fockers
Falta de ideias levam a este tipo de poster simples e sem piada. O poster final também é um trabalho prodigioso...


Os melhores

Toy Story 3
Grande poster! Mostra as personagens todas numa salganha completa e é divertido, dando uma imagem do filme que apresenta.


Buried
Extremamente simples e bem executado, mostrando do que se trata o filme. Agora é ver se estreia entre nós...

TRON Legacy
Uma reconstituição do poster original, com boas cores e que é destinado a chamar o público em geral e agradar os fãs do primeiro filme.


The Social Network
A Sony fez um trabalho muito bom com o marketing do filme, desde o primeiro passando pelo trailer até chegarmos a este poster final.


Machete
Badass!!! O poster mostra a homenagem que o filme faz ao exploitation cinema, sendo ele também parte dessa homenagem. E a frase é muito boa.


Let Me In
Digam o que disserem, este remake do magnífico filme sueco é muito bom e o marketing há sua volta também. Exemplo disso é este poster.


Kick-Ass
Kick-Ass é um filme destinado a um público muito específico e o marketing fabuloso é prova disso. Aqui fica um dos vários posters dedicados ao filme, todos eles excelentes.


Inception
Não se sabia o que esperar de Inception. O mistério era grande e os posters ajudaram nisso: enigmáticos e muito bem executados. O grupo de posters do filme é todo ele do melhor que se viu em 2010.


Harry Potter and the Deathly Hallows
Todo o marketing à volta desta nova aventura de Harry Potter foi bem pensado. No entanto, este Teaser das duas partes mostra bem o tom negro e sério que o final da saga terá.


Black Swan
Todos os posters de Black Swan deveriam aqui estar mas este é simplesmente genial. Palavras para quê?


Nos próximos dias teremos mais algumas temáticas diferentes para a nossa lista dos melhores e piores do ano passado. E tudo irá terminar na nossa lista dos melhores filmes de 2010. Esperemos que gostem e podem deixar a vossa opinião no sítio do costume.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Retrospectiva F.C. #56

Minority Report, de Steven Spielberg

2003. A nova década estava a começar a entrar na euforia dos filmes de super-heróis, especialmente depois do mega-êxito crítico e de bilheteira de Spider-Man, em 2002, ano em que saiu também o segundo capítulo da nova trilogia Star Wars, Attack of the Clones, outro mega-êxito. Já para não falar ainda de outro mega-êxito que foi Signs, o filme de M. Night Shyamalan e Mel Gibson em que é explorada a ideia de invasão extra-terrestre através da realização do realizador. E em 2003, Steven Spielberg regressa à realização e à F.C. com este Minority Report, um dos filmes mais aclamados desse ano e onde o realizador junta esforços com o actor mais rentável da altura: Tom Cruise.
Baseado numa história de Phillip K. Dick, o filme conta-nos a história dum departamento policial que, num futuro não muito distante, consegue prever os crimes de forma a evitá-los, ajudando assim para um menor número de crimes. No entanto, o agente policial mais competente desse departamento prevê o seu futuro, em que será o assassino de um desconhecido, tendo assim de fugir à polícia e descobrir a verdade.
Spielberg pega na ideia de Dick e consulta vários especialistas da área para apresentar um futuro que poderá realmente existir daqui a 50 anos, ao mesmo tempo que cria uma excelente aventura de mistério, onde acompanhamos o protagonista e temos de descobrir a verdade sobre o caso. Ou seja, temos aqui uma aventura futurista misturada com uma história de investigação à antiga onde, pelo meio, somos brindados com alguns momentos de humor negro, cenas de acção e tensão, sempre bem engendrados por Spielberg e companhia.
Minority Report foi um êxito nas bilheteiras e é um dos melhores filmes de F.C. (e não só) da década passada.

Amanhã, vamos para 2004 e vamos acompanhar Jim Carrey numa aventura romântica do apagar das suas memórias em Eternal Sunshine of the Spotless Mind, de Michel Gondry.

Retrospectiva F.C. #55

A.I. - Artificial Intelligence, de Steven Spielberg

Stanley Kubrick faleceu em 1999 e o seu último filme foi Eyes Wide Shut. Spielberg, grande apreciador do cineasta e um excelente contador de histórias decidiu pegar numa ideia de Kubrick que o realizador nunca havia conseguido levar ao ecrã e fê-lo, de forma a poder mostrar ao mundo a ideia de Kubrick ao mesmo tempo que lhe fazia uma dedicada e honesta homenagem. O resultado é este A.I. - Artificial Intelligence, um filme que é tanto de Spielberg como de Kubrick, com vários elementos de ambos os cineastas. O filme foi um flop nas bilheteiras americanas mas é uma grande história sobre um rapaz robot que ganha sentimentos humanos e decide procurar os seus pais.
Com excelentes efeitos especiais, um bom elenco, uma boa realização e com uma visão algo original e triste do futuro, A.I. é uma das primeiras grandes obras de F.C. do novo milénio e um filme que deveria ser recordado mais do que é. Uma obra algo incompreendida vinda de duas das maiores mentes do cinema.

Amanhã continuamos com Steven Spielberg e o seu Minority Report, de 2003.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Retrospectiva F.C. #54

The Matrix, de The Wachowski Brothers

1999. A década estava a terminar. O género de F.C. não esteve nos seus melhores dias mas ainda teve bons exemplos de sucesso e criatividade. Pela televisão, tínhamos The X-Files (e o primeiro filme estreou em 1998) e Stargate, baseada no filme de sucesso com Kurt Russell. O paranormal estava no auge devido à série de Chris Carter que misturava F.C. com paranormal e terror. Aliás, uns anos antes, houve a polémica duma gravação duma autópsia a um extra-terrestre e da sua veracidade, algo muito motivado pela série. Pelo meio houve Independence Day, o filme série B mais caro e rentável de sempre que, juntamente com The X-Files, voltou a colocar o tema de aliens na ribalta. Tivemos ainda o remake da série Lost in Space, num fraco filme cheio de efeitos especiais e, em 1997, estreou ainda o quarto filme da saga Alien. Tudo para dizer que a década de 90 esteve rodeada de várias modas muito ligadas à F.C. mas que o género, por si só, apesar de estar ligado a estes casos de popularidade, tinha apenas alguns casos em que era favorecido (os filmes anteriormente mencionados na nossa retrospectiva mais alguns que tiveram de ser colocados de fora, como Strange Days, e as séries acima referidas são claros e excelentes exemplos). No entanto, em 1999, a F.C. estava em força.
Era o ano do regresso de Star Wars ao cinema! O primeiro filme da nova trilogia da saga, prequela da trilogia original, era o filme mais aguardado de sempre e foi um dos maiores êxitos de bilheteira de sempre. No entanto, 1999 não o ano de Star Wars junto dos fãs de F.C. e dos críticos.
Phantom Menace foi recebido de forma morna pelos fãs e pela crítica. No entanto, estes ficaram satisfeitos com The Matrix, o filme criado pelos Irmãos Wachowski, grandes entusiastas de F.C., comics, anime, Kung Fu, etc. O filme teve um marketing extremamente apelativo em que era questionado o que era a Matrix. Claro está que toda a gente queria descobrir! O filme que antes tinha servido de ideia base para uns comics que seriam escritos pelos dois irmãos tornou-se num dos maiores casos de popularidade do ano. A crítica adorou o filme, o público também, os efeitos especiais eram inovadores e as cenas de acção muito executadas, para não falar da ideia refrescante e original que tanto debate criou entre os fãs, acerca da filosofia, religião e ciência presentes no filme.
The Matrix foi (e é) um filme bastante influente e um dos grandes exemplos de F.C. dos últimos 20 anos. Deu origem a duas sequelas mais fracas (embora o segundo filme seja ainda bastante bom) e criou um pequeno universo à sua volta, espalhado por videojogos, comics, internet, etc. O filme em si é um dos melhores do género, apelidado por muitos como o novo Blade Runner.

Depois do inovador e importante The Matrix, passamos para 2001, onde Steven Spielberg decide pegar numa ideia de Stanley Kubrick e realizar A.I. - Artificial Intelligence.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Retrospectiva F.C. #53

Dark City, de Alex Proyas

Em 1998, Alex Proyas (realizador do excelente The Crow) traz-nos este Dark City, um ambicioso projecto de F.C. com tons de filme noir. O resultado é um fracasso nas bilheteiras mas um dos melhores filmes do género da década. Sombrio, inteligente, original e extremamente bem realizado e pensado, Dark City é F.C. pura e um filme que tem ganho um estatuto de culto com o passar dos anos. Suportado ainda por um bom elenco (Rufus Sewell, Jennifer Connely, William Hurt, Kiefer Sutherland), o filme de Proyas é uma grande obra de F.C. e que merece ser (re)descoberta. E anda por aí uma Director's Cut interessante. Um dos meus filmes predilectos do género.

Amanhã, vamos passar para 1999. No entanto, em vez de dedicarmos um espaço à febre Star Wars que se instalou nesse ano com a estreia do primeiro filme da nova trilogia, The Phantom Menace, vamos falar do filme que levou os fãs de F.C. ao rubro: The Matrix.