quinta-feira, 31 de julho de 2008

Lost - Primeira temporada - Criada por J.J. Abrams

De J.J. Abrams, o criador de Alias e realizador de Mission: Impossible III, do próximo Star Trek (Maio de 2009) e produtor de Cloverfield, temos esta série que se tornou um fenómeno a nível mundial, tendo batido recordes de audiências nos Estados Unidos.
A premissa é simples mas original: seguimos as aventuras dum grande grupo de sobreviventes dum desastre de avião, que se despenhou numa ilha misteriosa, no meio do nada.
Depois duma sequência inicial genial (talvez a mais ambiciosa sequência de abertura para uma série), começamos a descobrir os mistérios da ilha e que, talvez este grupo de sobreviventes não sejam os únicos habitantes da ilha. E sabemos que algo de misterioso e (talvez) sobrenatural aqui se passa.
Quanto às personagens, estão bem desenvolvidas e de forma inteligente: em cada episódio, concentramo-nos no passado de cada personagem onde, através de flashbacks, assistimos aos eventos que os marcaram e definiram as suas personalidades e que os levaram a embarcar naquela que será a viagem que os deixará distantes do resto do mundo.
Quanto à trama principal, essa vai demorando o seu tempo a desenrolar-se mas nunca perdendo o interesse do espectador. Tudo para dar espaço ao desenvolvimento e crescimento das personagens. Matthew Fox é um dos protagonistas e Terry O'Quin (de dois episódios de X-Files, The X-Files: Fight The Future e da série Millennium e de Alias) é o possível vilão.
temos aqui grandes momentos de televisão, como a descoberta do milagre de Locke (Terry O'Quin) e Lost revela-se como uma das grandes séries dos últimos anos, devido ao seu enredo envolvente e bem conseguido. Uma das melhores séries desta década. Venha a segunda temporada (eu ainda só iniciei a série agora, sendo que a quarta temporada está em exibição na RTP 1, aos Domingos à tarde).

Tropa de Elite - de José Padilha (2007)

Vencedor do Festival de Veneza de 2007, este filme brasileiro segue as pegadas dadas por Cidade de Deus. Aqui temos a história duma patrulha especial da polícia, a Tropa de Elite, narrada pelo protagonista, Capitão Nascimento (há quem o chame do Dirty Harry brasileiro). Enquanto assistimos ao método de trabalho desta patrulha e temos um vislumbre da vida nas favelas do Rio de Janeiro (algo que foi mais bem retratado em Cidade de Deus), aqui temos também uma visão da forte corrupção policial e do governo.
O único senão desta obra é o facto de dar uma visão algo simpática da chamada Tropa de Elite, onde as torturas poderão ser aceitáveis e eles são praticamente os bons da fita que podem recorrer a meios mais agressivos para exercer a lei. De resto, o filme revela-se um murro no estomâgo e um filme bastante competente, com grandes interpretações dos seus actores e com uma excelente realização por parte de José Padilha, dando um aspecto de documentário à obra.
Talvez não seja tão bom como Cidade de Deus (não o posso confirmar pois ainda não o vi) mas é um bom exemplo do excelente cinema brasileiro feito recentemente. Pena é ter estreado tão tarde no nosso país. è a tristeza das distribuidoras portuguesas que masi depressa põem nos cinemas ptugueses desastres como Highlander 5 e resolvem não estrear obras como The Savages ou adiar infeditivamente filmes como Tropa de Elite. Mas ao menos este estreou, ao contrário de The Savages que pode ser encontrado nos vido-clubes. Peço desculpa por este aparte. Tropa de Elite recomenda-se, sim senhor.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Um bom e um mau marketing

Os estúdios de cinema fazem sempre grandes campanhas de marketing para os seus filmes mais fortes. E este ano, nos States temos uns casos bem curiosos. Num lado temos The Dark Knight e Hellboy 2. Enquanto que oúltimo teve uma publicidade forte baseada em posters e trailers (e considerada a segunda melhor campanha de marketing deste ano), The Dark Knight teve aquela que foi considerada a melhor campanha de marketing para sempre dedicada a um filme. Foram diversos os estratagemas: desde os habituais posters (cerca duns 15) e os trailers (6 diferentes), tivemos ainda os sites dedicados a partidas pregadas ao cibernautas, jogos que consistiam na descoberta de pistas (em terreno real) para se decifrar conteúdos novos e para não falar dos patrocinadores que ajudaram imenso em tal publicidade. Para rematar, o bat-sinal no edifícoo Wollworth em Nova Iorque. Uma publicidade super forte que dava a conhecer a toda a gente que o Batman estava a caminho. E tudo sem ser um marketing exaustivo, sem cansar as pessoas de tal forma que quando o filme estrease, muitos recusariam ir ver pois já estariam fartos. Isso não aconteceu. Com as critícas doutro mundo, o buzz sobre a extraordinária interpretação do falecido Heath Ledger no seu último papel completo e um sucesso de públicoe critíca do filme anterior (nos cinemas, em DVD e em exibições televisivas) The Dark Knight tinha de tudo para tiunfar como triunfou: 158 milhões de dólares no fim-de-semana de estreia(a melhor estreia de sempre) e alcançar os 300 milhões em apenas 10 dias, tornando-se no filme mais rentável do ano, tudo naquele que é o melhor segundo fim-de-semana em exibição para um filme (75 milhões no segundo fim-de-semana). Isto é um caso de bom marketing.


Mas este fim-de-semana estreou nos Estados Unidos um filme algo aguardado e que até certa altura havia criado uma certa expectativa. The X-Files: I Want to Believe foi anunciado o ano passado para grande gaúdio dos fãs da série (um marco dos anos 90 e uma série que marcou e influenciou para sempre a tv) e muita gente começou a ficar de olhos postos nesta produção. Mas quando o sub-título foi anunciado já este ano, algo aconteceu. I Want to Believe é um título que encaixa bem na tradição da série (algo que as personagens querem fazer é acreditar e é uma frase usada muitas vezes ao longo da série - é até a frase que está presente no mitíco poster do disco voador no escritório de Fox Mulder) mas como subtítulo para uma produção cinematográfica não resulta e é pouco ou nada apelativo. E após o primeiro trailer (que até resulta mas que não revela nada do enredo) as esperanças começaram a ruir. A produção e o enredo estavam envolvidos numa aura de mistério, algo habitual na série mas para um filme é mau, pois o público quer sempre saber o enredo nos trailers, para saber no que se vai aventurar a ver. E o teaser poster trouxe algum esperança (bem concebido) mas o poster seguinte volta a retirar poder de atracção ao filme (e o terceiro poster, aqui presente, ainda pior faz). A Fox, distribuidora do filme, chegou a dizer que o filme também é destinado a quem não conhece a série, mas negligenciou os fãs verdadeiros da magnífica série. Muitos nem sequer conheciam a existência deste segundo filme. E nos últimos tempos, o marketing a The X-Files não foi juito forte. E como é óbvio, a estreia deste segundo filme 10 anos após o primeiro e 6 anos após o fim da série não ajudou. Este segundo filme surgiu tarde demais (devido a uma disputa no tribunal entre o criador Chris Carter e a Fox). Muitos fãs seguiram em frente e a série já não é tão popular como antigamente. E a data de estreia, uma semana depois de The Dark Kgihnt, filme que ainda se mantém em primeiro com forte liderança (e muitas hipóteses de lá passar uma terceira semana) também não ajudou.

The X-Files: I Want to Believe estreou em 4º lugar com 10 milhões de dólares, assegurando uma das piores estreias do ano. A sorte é que o prejuízo não será grande pois o orçamento foi de 30 milhões.

Isto tudo para provar que um marketing bem feito e imaginativo (sem saturar o público) e um marketing mal feito e atrapalhado podem fazer toda a diferença.

The Dark Knight merece todo o êxito que está a ter, sem dúvida alguma. Mas será que The X-Files merece esta pouca sorte? Dia 7 de Agosto estreia entre nós.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

The Dark Knight - De Christopher Nolan (2008)

Christopher Nolan regressa à realização com este The Dark Knight, sequela de Batman Begins.
Na opinião, as comparações entre os Batman de Tim Burton e os de Nolan são algo desnecessárias. Enquanto Burton criou duas obras 'burtianas' com Batman e Batman Returns (sejamos honestos, ambos são fiéis ao estilo de Burton e não fiéis aos comics, por exemplo o Joker de Nicholson ter morto os pais de Bruce Wayne em Batman, alg excelente em termos narrativos, dando mais realçe às personagens as totalmente fora do universo dos comics), Nolan é mais fiél ao universo de origem de Batman, recorrendo ao realismo presente em obras como Batman - Year One, de Frank Miller e The Dark Knight Returns. E neste segundo filme, Nolan acrescenta à sua lista de inspirações a novela gráfica The Laughing Joke, de Allan Moore e Heat, de Michael Mann(o próprio Nolan o admitiu). E tais inspirações deram origem a uma sequela bastante superior ao original. Se é o melhor filme de Batman? É! (mas tal não exclui os filmes de Burton pois são isso mesmo: filmes de Tim Burton e não de Batman)
Christian Bale regresa como o herói morcego, acompanhado de Michael Caine, Morgan Freeman e Gary Oldman. Juntam-se ao elenco Heath Ledger (na sua última interpretação completa), Maggie Gyllenhall e Aaron Eckhart. E ainda juntamos um argumento inteligente e extremamente bem conseguido, escrito por Nolan e pelo irmão Jonathan Nolan.
O realizador apresenta-nos não um filme de super-heróis (onde, pessoalmente, não encaixo a personagem de Batman, pois trata-se dum homem vulgar, sem poderes alguns) mas sim um filme de acção potente e um drama de crime urbano, onde a corrupção reina e o terror paira no ar com a chegada dum dos vilões mais assustadores e conseguidos de sempre: Joker. E é aqui que entramos nas interpretações: Bale está seguro como Batman, que enfrenta desafios pessoais e uma jornada interior que o mudará para sempre. Michael Caine e Morgan Freeman são dois secundários de pesso, sem muito que fazerem mas o pouco que fazem fazem-no bem, Maggie Gyllenhall substitiu Katie Holmes como Rachel Dawes e sai-se melhor que a sua antecessora, sem dúvida. Mas os verdadeiros trunfos neste campo estão reservados a Heath Ledger e Aaron Eckhart.
Ledger é Joker e tem uma representação assombrosa (o homem é um verdadeiro furacão) e consegue dar ao espectador um sentimento de medo esmo quando não está em cena. O seu Joker é sádico, psicótico e hilariante. Um Óscar póstumo seria muitíssimo bem entregue. Ledger rouba o espectáculo a todos e revela-se um verdadeiro mestre na representação (e este papel é o melhor da sua vida e tantas portas lhe iria abrir). Aaron Eckhart é Harvey Dent, o promotor público que se junta a Gordon (Gary Oldman, aqui num bom registo e maior que no primeiro filme) e a Batman para pararem o crime organizado. E Eckhart dá-nos um Dent sólido e que entrará numa viagem descendente ao inferno (quem conhece os comics sabe quem Dent é). A transformação de Dent é fantástica e Eckhart acaba por ter uma das melhores interpretações da sua carreira cinematográfica (e sempre tive esperança neste actor).
Resumindo: Christopher Nolan traz-nos uma sequela superior em tudo, com grandes sequências de acção (bem superiores ao do primeiro), um filme de super-heróis revolucionário, um drama épico e um dos melhores Blockbusters dos últimos tempos, sem ser mainstream como muitos pensam. Ainda estou assombrado com esta experiência!

Saw V - Teaser Trailer (2008)

E aqui está, em primeira mão, o teaser de Saw V, para os fãs. Estreia no Halloween lá.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

E o segundo filme desta noite é... The Usual Suspects, de Bryan Singer (1995)

The Usual Suspects marcou a estreia de Bryan Singer e colocou-o no mapa cinematográfico. Um dos grandes thrillers dos anos 90 (o Memento dessa década), este é um brilhante filme e um dos melhores da década de 90.
Cá vos deixo um dos trailers do filme, montado por John Ottman, compositor e montador do filme e colaborador frequente de Singer (X-men 2; Superman Returns).

Yes Man - de Peyton Reed 208) - Teaser Trailer

Neste Natal, Jim Carrey regressa ao forma que o tornou conhecido: a comédia. Realizado por Peyton Reed e ainda com Bradley Cooper, Zooey Deschanel e Terence Stamp, Yes Man estreia em Dezembro.

Cá está o primeiro teaser trailer:

quarta-feira, 23 de julho de 2008

E o filme desta noite é... No Country for Old Men, de Joel e Ethan Coen (2007)

Para inaugurar o regresso da rúbrica 'E o filme desta noite é...', começamos com o vencedor dos Óscares deste ano. Não vou dizer muito pois já o fiz aquando da sua estreia cinematográfica. Esta noite, tendo o infurtúnio de perder todos os passatempos para a ante-estreia de The Dark Knight (sem exagero, concorri a doze convites duplos em vários sites e não tive sorte!), tive de compensar bem essa perda. E, tendo adquirido hoje o DVD deste excelente filme, tornou-se evidente que este seria o filme da noite.
E que filme, sim senhor!!! Foi um prazer rever esta grande obra dos Irmãos Coen, um dos melhores títulos da sua excelente filmografia. Tommy Lee Jones e Josh Brolin estão excelentes e Javier Bardem é um merecido vencedor de Óscar (Melhor Actor Secundário) com a sua interpretação do frio assassino.
Imperdível! Um dos melhores do ano (e de qualquer ano).

P.S.: Não é querer fazer publicidade mas nas lojas Fnac está disponível uma edição limitada com o DVD e o livro em que o mesmo se baseia. Uma boa pechincha!

Cá vai trailer:

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Watchmen - de Zack Snyder - Teaser Trailer (2009)

E aqui, também em exclusivo, está o outro peso-pesado da Warner Bros. para 2009: Watchmen. Baseado na Graphic Novel mais aclamada de sempre (que ainda não tive oportunidade de ler, infelizmente), Zack Snyder, o realizador do remake de Dawn of the Dead e de 300, traz-nos este filme, que já é bastante aguardado pelos fãs (e não são poucos).
Pelo aspecto deste teaser, temos filme.
Estreia em Abril nos States.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Terminator: Salvation - de McG (2009)

Em primeira mão: o teaser trailer dum dos potenciais Blockbusters de 2009: Terminator: Salvation.
Christian Bale é John Connor e McG (da desgraça dupla que é a saga Charlie's Angels) é o realizador. Isto promete.
O teaser em princípio passára em frente a The Dark Knight (pelo menos nos States)
Estreia em Maio de 2009.

Wanted - de Timur Bekmambetov (2008)

Depois de Might Watch e Day Watch, dois grande êxitos de bilheteira mundiais (o segundo foi para DVD por cá, como é habitual), o russo Timur Bekmambetov muda-se agora para os States e realiza este energético filme de acção, baseado na série de comics da editora Top Cow (tendo Mark Silvestri, que foi desenhador de Spider-Man na Marvel, como produtor executivo).
Temos a história dum jovem infeliz, com uma vida aborrecida e abusado por todos que, acaba por se envolver numa fraternidade de assassinos com habilidades fora do normal, sendo ele uma grande promessa.
Com uma história que poderá parecer um derivado de Matrix, o resultado final não é bada parecido. Temos aqui uma história bem conseguida, interpretações acima da média e uma dose de originalidade nas sequências de acção. Quanto a essas, entram num campo irreal mas Bekmambev consegue fazê-lo de forma extraordinária, evitando tais sequências cairem no ridículo, como é vulgar.
James McCavoy é o protagonista (e um excelente herói de acção), Morgan Freeman o supremo da fraternidade de assassinos e Angelina Jolie é uma assassina profissional de alto calibre (aqui num registo muito bem conseguido, melhor do que o seu Tomb Raider).
Aqui temos um dos melhores divertimentos do Verão, um grande filme de acção, com espéctaculares sequências, uma grande dose de 'coolness' e um festim para os olhos (cortesia de Bekmambetov. Já para não falar da excelente banda-sonora do sempre fantástico Danny Elfmann, que também assina (e canta) o tema final: The Right THing

E o final... What the fuck have you done lately?

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Max Payne (2008)

Aqui vos deixo o trailer novinho de Max Payne, um filme baseado no popular jogo de video com o mesmo nome. Mark Walhberg é o protagonista e ainda tmos Mila Kunis e Beau Bridges no elenco. Estreia em Setembro nos States. Será que temos aqui uma boa adaptação de video jogo para cinema, finalmente?

Giallo - de Dario Argento (2009)

Está agora em produção o novo filme do mestre italiano Dario Argento: Giallo. Temos no elenco Adrien Brody, Elsa Pataki, Emmanuelle Seigner, a filha de Dario Asia Argento e Ray Liotta. Ou seja, um elenco interessante para o regresso do mestre. Há o rumor de Vincent Gallo, que faria parte do elenco, ter-se retirado do projecto devido à presença de Asia Argento, pois tiveram uma relação amorosa que não teve o melhor dos fins, Enfim, rumores à parte, em 2009 temos o regresso do mestre.

Cá vos deixo uma foto (cortesia site Boca do inferno, grande site) dos bastidores de Giallo, onde temos Brody a receber instruções de Argento.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Funny Games - de Michael Heneke (2008)

Michael Heneke realizou, em 1997, a versão original deste Funny Games, um filme austríaco que muita polémica causou e que foi muito aclamado. Agora, para a sua estreia nos Estados Unidos, Heneke decide fazer um remake do seu próprio filme e, pelo que dizem, plano a plano, mudando apenas os actores, a língua e o local da acção.

Devo confessar que não vi o original (e é muito difícil encontrá-lo por estas bandas, não tendo sequer uma edição DVD nacional) e talvez por isso tenha gostado bastante desta versão americana. Quem viu o original, nada de especial aqui encontra, pelo que parece mas, para quem desconhece a obra anterior, anda por terras desconhecidas.

Começamos logo pelo início do filme, com a música pesada a entrar-nos pelos ouvidos e pela alma dentro, de forma a preparmo-nos para o que vamos ver, entrando de imediato dentro da alma perturbado de dois dos protagonistas. Mas mais sobre isso não direi, para não vos estragar a surpresa.

Temos aqui cenas geniais,
como Michael Pitt a falar connosco,
o público, o rewind e aquilo que podemos concluir: tudo não passa
de entretenimento. Apenas estamos a ver e a seguir o entretenimento que as duas personagens psicópatas nos querem oferecer, não podendo nós mudar tal facto. Nós servimos como público e os assassinos como os apresentadores do espectáculo que estamos prestes a assistir.

Heneke cria um thriller psicológico fortíssimo e bem pesado, colando-nos ao ecrã, com as sequências recheadas de suspense e tensão e de forte carga dramática.

Naomi Watts (que também serviu de produtora executiva) e Tim Roth interpretam o casal atormentado pelos psicópatas, estes interpretados por MichaelPitt mais uma vez a confirmar o enorme talento que tem) e a surpresa Brady Corbet.

Um dos melhores filmes do ano, na minha opinião, mas que irá dividir opiniões, decerto.

Aqui vos deixo com o trailer e dois excelentes poster, que
demonstram o filme pesado que é.

Trailer:

Kung Fu Panda - (2008)

Da Dreamworks, o estúdio de animação rival da Disney, chega este Kung Fu Panda, um filme que nos conta a história dum panda que está (estará mesmo?) destinado a ser o grande mestre dragão.
Muito bem, quanto à animação, nada de negativo se pode dizer. A mais recente tecnologia está aqui presene (como seria de esperar) e ainda temos direito a um pouco de animação 2d, logo no início do filme, que acaba por ser uma pequena lufada de ar fresco. Depois temos as vozes (sim, estamos a falar da versão original!): Jack Black (que encaixa tão bem neste panda com a sua voz e o seu fisíco); Dustin Hoffman (que talento vocal aqui nos apresenta); Angelina Jolie; Luci Lyu; Seth Rogen; David Cross (da série Arrested Development), Jackie Chan (aqui reduzido a umas 8 peças de diálogo) Ian Macshane (o vilão de serviço) e James Wong, como o pai de panda (um pato?!). Aqui o verdadeiro destaque está em Black e Hoffman, que dão um excelnte trabalho às personagens animadas.

Depois temos o argumento. Embora por vezes caia no típico sentimentalismo presente nos filmes de animação, o argumento está muito bem conseguido, sendo bastante fiel ao espírito dos filmes de Kung Fu que muitos de nós cresceram a ver (grupo no qual estou incluido), mantendo um certo respeito pelas crenças chinesas e dando, por vezes, algumas sequências de acção e luta de artes marciais muito bem conseguidas. Depois, temos os gags, qua aqui resultam perfeitamente. Temos gags cómicos do início ao fim e são na maior parte hilariantes.

Resumindo: a Dreamworks deveria agora dar mais atenção a este panda lutador do que ao seu ogre verde. Kung Fu Panda é uma excelente comédia de animação, para miúdos e graúdos (sim, os adultos irão gostar) e mantém-se como o melhor filme de animação do ano (aviso que ainda não Persepólis), provavelmente sendo apenas superado pela aposta do estúdio rival: Wall-E (e por Persepólis que, mais uma vez... ainda não vi, ok?)

Cá vai mais trailer:


Hancock - de Peter Berg (2008)

De Peter Berg, o actor/ realizador que anteriormente nos trouxe Welcome to the Jungle e Thr Kingdom, chega-nos este Hancock, um blockbuster de acção e comédia sobre um super-herói (mais um super anti-herói) que é o único sobre-dotado no nosso planeta. Bêbado e odiado por todos, com métodos de combate ao crime muito pouco subtis, Hancock ganha uma oportunidade de se redimir e ganhar o apoio do público.
Will Smith é Hancock e está acompanhado de Charlize Theron e do sempre excelente Jason Bateman. Berg apresenta-nos uma realização algo frenética que resulta por vezes mas falha noutras. O elenco tenta manter o filme e bem, mas no terceiro acto o filme perde força, tornando-se num drama forçad. E nós que estavamos tão bem no registo do filme de super-herói de comédia e acção. O argumento não é nada de especial, com uma boa premissa que não foi totalmente bem aproveitada.
Mesmo assim, Hancock é um bom filme para entreter, mas nada mais. Num Verão repleto de excelentes filmes de super-heróis (e ainda faltam Hellboy 2 e The Dark Knight), temos de dar crédito a Berg, Smith e companhia por criarem um super-herói de raíz, sem base em nenhum comic, e trazerem-no ao grande ecrã... embora não de forma totalmente bem sucedida.
Para ver sem preconceitos, apenas com o intuito de nos divertirmos durante 90 minutos. Apenas tenho pena do drama forçado da última parte. Sem isso, teria sido mais divertido.

Cá vai o Trailer internacional:

quarta-feira, 2 de julho de 2008

The Dark Knight - de Christopher Nolan - Novo poster

O marketing de The Dark Knight está a ser considerado o melhor de sempre para um filme, com sites relacionados com o filme a surgirem quase todas as semanas, com vários jogos e mistérios para resolver, que fazem com os internautas saieam de casa e procurem pistas no mundo real, com partidas pregadas a sites de cinema, para além de alguns brindes. Ou seja, um marketing original que representa uma lufada de ar fresco naquilo que já está mais do que batido. Quanto ao marketing habitual, já circulam 5 trailers do filme, cada u com imagens novas do filme (eu apenas vi dois e por aí me fico) e inumeros posters foram lançados (todos excelentes) Este último poster foi descoberto num site duma rede de loja de pizza americana (um dos patrocinadores da estreia do filme) que, após os internautas desifrarem uns mistérios, são presenteados com esta bela imagem. E quando não se pensava que os posters de The Dark Knight já não puderiam ser melhores, eis que surge esta beldade:
Já circulam na internet três critícas ao filme e apenas dizem maravilhas. Estreia cá a 24 de Julho. Está quase!!!

Mirrors - de Alexandre Aja (2008) - Novo trailer (red band)

E aqui vos deixo o novíssimo trailer, para maiores de 16, de Mirrors, de Alexandre Aja, com Kiefer Sutherland. Promete!