quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Já vimos...

Where the Wild Things Are, de Spike JonzeSpike Jonze, realizador de Being John Malkovich e Adaptation, regressa à realização com esta adaptação do livro infantil do mesmo nome, um dos mais amados de sempre. O resultado é um filme belíssimo, com uma extraordinária banda-sonora, uma realização exemplar e um filme para a família (mas que, ao mesmo tempo, não o é) que deveria ser visto por todos (ao contrário de certos filmes fracos e de qualidade inexistente que inundam as nossas salas).
Por aqui, são difíceis as palavras para descrever Where the Wild Things Are. Apenas podemos dizer que isto é ser criança: brincar sem regras e viver as mais loucas aventuras, cheias de imaginação. Isso é o que Max faz (interpretado de forma fabulosa pelo pequeno Max Records) e faz um adulto de barba feita querer voltar a tais tempos de inocência. Um filme brilhante.

A razão do desaparecimento dos filmes mais importantes da década

Como poderão reparar, a nossa (exageradamente extensa) lista dos filmes mais importantes da década passada desapareceu do blog. Tal aconteceu pois não estávamos totalmente contentes com a lista e esta estava já demasiado longa (já tínhamos colocado 90 filmes e ainda estávamos no ano de 2006).
Como todos nós sabemos, uma lista do género deverá ser mais organizada e curta, o que não era o caso. Portanto, devido à lista ser longa demais e não ter sido pensada com muito tempo de antecedência, decidimos retirar a mesma do nosso espaço. No entanto, em breve iremos apresentar uma lista (mais curta e organizada), que será colocada num único post.

Pedimos imensas desculpas.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Já vimos...

Up in the Air, de Jason ReitmanUm drama cómico sobre um homem cuja profissão exige que seja frio e impessoal, algo que acaba por dominar a sua vida. No entanto, duas pessoas entram na sua via e poderão mudar o seu estilo de vida que tanto aprecia.
Jason Reitman regressa à realização depois de Juno e traz consigo George Clooney no papel da sua carreira (depois do brilhante Michael Clayton). A interpretação de Clooney está fantástica, conseguindo divertir como emocionar o espectador, apresentando um homem que pensa ter controle sobre a sua vida solitária.
Ao lado de Clooney temos a sempre excelente Vera Farmiga e a novata Anna Kendrick, senda esta a revelação do filme. Por outras palavras, Reitman traz ao espectador um trio de protagonistas fantásticos e em excelente forma (e sim, Clooney merece um Óscar).
A realização de Reitman é exemplar e muito bem conseguida, provando que temos aqui um dos novos grandes realizadores e que o futuro é muito prometedor.
Destaque para a fantástica banda-sonora, algo a que Reitman já nos está a habituar, e ao delicioso e tocante argumento, da autoria de Reitman e de Sheldon Turner (vencedores do Globo de Ouro nesta categoria).
Up in the Air é uma das grandes apostas para os próximos Óscares e merece a presença e o reconhecimento (o prémio de Melhor Filme deveria ser dividido entre The Hurt Locker, Inglourious Basterds e este Up in the Air, honestamente).
Obrigatório.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

E o filme desta noite é...

Taxi Driver (1976), de Martin ScorseseA segunda colaboração de Robert De Niro e Martin Scorsese (com espaço para Harvey Keitel). O argumento duro e crú de Paul Schrader é fabuloso e Scorsese realiza um dos grandes filmes de sempre. Depois de Taxi Driver, De Niro tornou-se na lenda que hoje é. Não é preciso dizer mais nada.

Globos de Ouro 2010

Com uma excelente prestação de Ricky Gervais, a emissão deste ano dos Globos de Ouro incluiu algumas surpresas. Duas das obras favoritas perderam a noite (The Hurt Locker não recebeu prémio algum e Up in the Air teve de ficar contente com o de Melhor Argumento) e o mega-êxito de bilheteira Avatar (que, nas bilheteiras, é uma questão de dias até superar os resultados de Titanic, o filme anterior de James Cameron) foi o grande vencedor da noite, ganhando os prémios de Melhor Realizador para Cameron e Melhor Filme na categoria de drama. Assim começa o caminho de Avatar em direcção aos Óscars.
Na categoria de comédia/musical, The Hangover ganhou à competição (onde estava o mal recebido Nine, de Rob Marshall) sendo uma das surpresas da noite, Meryl Streep ganhou o prémio de Melhor Actriz por Julie & Julia e, no drama, Sandra Bullock ganhou por The Blind Side, o novo êxito estrondoso da actriz, que está no maior momento da sua carreira. Jeff Bridges ganhou ao favorito George Clooney pela sua prestação em Crazy Heart e, em comédia, o actor premiado foi Robert Downey Jr. por Sherlock Holmes.
Up foi o esperado vencedor de Melhor Filme de Animação e Christoph Watlz ganhou o prémio de Melhor Actyor Secundário (drama) por Inglourious Basterds (o Óscar é quase uma certeza).

Aqui podem ver a lista completa dos premiados, em televisão e cinema.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Globos de Ouro

A edição deste ano dos Globos de Ouro está quase a começar. Ricky Gervais será o anfitrião e a noite promete.
Quem quiser pode seguir a entrega de prémios através do site brasileiro CineDica, que acompanhará a emissão através do chat do site. Aqui fica o link para poderem participar no chat e seguir os Globos de Ouro.

sábado, 16 de janeiro de 2010

As melhores cenas de 2009

Hoje apresentamos algumas das melhores cenas que surgiram nas salas de cinema em 2009. A lista será curta mas esperemos que valha a pena. Podem dizer quais as vossas cenas favoritas nos comentários.

A lista será apresentada sem ordem específica. Começamos com Zombieland. A comédia de terror é uma das grandes surpresas de 2009, com um argumento inteligente e hilariante, uma mitologia criada especificamente para o filme, personagens engraçados e uma viajem que pretende divertir o espectador do início ao fim, apesar da violência. No entanto, um dos melhores momentos é o cameo de uma pessoa bastante conhecida (que não iremos revelar quem, pois seria um enorme spoiler). Totalmente inesperado, hilariante e com um desfecho incrível.
The Hangover é a grande comédia de 2009. O êxito foi gigantesco, o argumento está bem construído e o trio de protagonistas em grande forma. Num filme em que todas as cenas são hilariantes, destacamos a de Mike Tyson a cantar Phill Collins (que colocou a música novamente na boca de toda a gente). Uma cena inesperada e divertida, seguida pela cena de Tyson com o seu cãozinho ao colo, com se de O Padrinho se tratasse.
Inglourious Basterds está, na verdade, recheado das melhores cenas de 2009 (a cena inicial de LaPadite e Hans Landa, a introdução dos Basterds, etc..) No entanto, a cena que mais suspense e tensão causou foi a da taberna. Tarantino consegue uma proeza fantástica: criar um ambiente de tensão de cortar à faca, apenas através de diálogos e das brilhantes interpretações dos seus actores. Uma cena fantástica, que ficará para a história.
GRan Torino marca a despedida de Clint Eastwood como actor. Se assim for, temos uma grande despedida. Os momentos finais de Gran Torino são tocantes, emocionantes e muito fortes. Desde o confronto final de Clint até aps créditos, temos aqui um dos melhores e mais belos finais do ano.
District 9 foi um dos grandes filmes de F.C. do ano, um filme original e cheio de acção, emoção, críticas, poesia e efeitos especiais. No entanto, um dos momentos de maior destaque é o combate final, onde o protagonista consegue tornar-se mais humano do que nunca, apesar da sua situação, e chegar ao ponto de poder ter de se sacrificar quem antes desprezava. Um excelente combate, cheio de acção, feito com num orçamento relativamente baixo.
Por falar em combates finais, agora temos o de Avatar. Cameron passou anos a desenvolver este épico de F.C. e, para os últimos minutos do filme, apresenta-nos a grande batalha do ano, uma bataçha épica, de cortar a respiração, com um ritmo alucinante, tudo feito de forma fantástica. Só com um combate deste gabarito poderia terminar o Blockbuster do ano.
Na altura em que escrevemos isto, The Hurt Locker já tem consigo o prémio de Melhor Filme da Critics Choice Awards, aproximando-o cada vez mais do cobiçado Óscar. Num filme brilhante e cheio de tensão, um dos melhores momentos é o do início, onde temos um vislu8mbre do que o resto do filme será: o desmantelar lento e perigoso de bombas, sempre filmado em ritmo lento, silencioso e carregado de suspense. Bigelow tem aqui grandes momentos de realização, começando por este início.
Este rosto de Kate Winslet esconde o sofrimento e a tristeza dum casamento falhado em Revolutionary Road. Depois duma discussão devastadora, temos a esposa Winslet (a aparente esposa feliz no ilusório casal americano feliz dos anos 50, o sonho americano despedaçado) a poderar uma decisão final sobre algo que poderá mudar a vida do seu marido (Leonardo DiCaprio). Sam Mendes dá-nos uma visão triste e realista do sonho americano, com um dos melhores finais do ano.
Falando em finais, temos agora o de The Wrestler. Mickey Rourke tem o seu regresso à ribalta e, no momento em que deve decidir o que mais quer para a sua vida, toma uma decisão tocante e emocional. Um dos finais que mais marcou o cinema nos últimos anos.
Para finalizar a lista, temos a cena da piscina de Let The Right One In. O filme sueco está recheado de excelentes momentos e este é um dos melhores. Revelar mais pormenores sobre esta cena seria revelar demasiada informação. No entanto, a realização brilhante, a montagem sonora e a cena em si estão fantásticas. Uma das grandes surpresas de 2009.

Sessão de Culto #7

Strange Days (1995), de Kathryn BigelowRealizado em 1995, Strange Days tem lugar na passagem do ano 1999 para o ano 2000, numa altura em que se falava muito sobre o final do mundo com tal passagem. Situado numa Los Angeles em motim, devido à morte dum rapper polémico, a cidade está também rodeada de corrupção policial. No meio de tudo está o ex-polícia e agora traficante de ruas (não de drogas mas de memórias, capturadas e colocadas no mercado através dum inovador aparelho, S.Q.U.I.D.) Lanny Nero (Ralph Fiennes).
Kathryn Bigelow realiza este thriller de F.C. escrito e produzido por James Cameron (já seu ex-marido na altura), e apresenta-nos um filme muito bem conseguido, original, cheio de mistério, tendo ainda tempo de retratar uma realidade que não está ssim tão longe.
Fiennes (que colaborou novamente com Bigelow em The Hurt Locker) é acompanhado por Angela Bassett, Julliette Lewis, Tom Sizemore, William Fitchner, Vincent D'Onofrio e Michael Wincott.
Strange Days foi um flop na altura da estreia e dividiu a crítica. No entanto, com o passar dos anos, estabeleceu-se um fenómeno de culto dedicado à obra. Um dos melhores filmes da década de 90, que merece ser (re)descoberto.

O nosso primeiro filme de 2010

Esta semana foi realizada a nossa primeira visita ao cinema. A escolha foi The Road - A Estrada e assim começámos o ano cinematográfico em beleza. Amanhã daremos uma breve opinião sobre esta obra de John Hillcoat, um assustados mas belo filme sobre a relação entre pai e filho num mundo apocalíptico.
A seguir, temos Where the Wild Things Are, Sherlock Holmes e Up in the Air (e a lista continua com Invictus, etc.. Quanto a The White Ribbon, também faz parte da lista mas, já para ver estas obras que vão estar mais acessíveis já vai ser complicado, portanto o último de Haneke mais complicado se torna. A ver vamos.)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

E o filme desta noite é...

Seven (1995), de David FincherDepois duma estreia atribulada com Alien 3, David Fincher regressa com uma filme que é inteiramente seu. Andrew Kevin Walker escreve um argumento com contornos bastante vulgares mas de forma inteligente e original, proporcionando um dos melhores argumentos do género desde então. Fincher demonstra ser um cineasta com um poder visual bastante invulgar e brilhante, algo que ficaria bastante presente na sua filmografia.
Seven conta com Brad Pitt, Morgan Freeman, Gwyneth Paltrow (e alguém bastante conhecido, cujo nome não vamos revelar, para quem não viu o filme) e estão todos em excelente forma. Com uma banda sonora assombrosa de Howard Shore, uma fotografia e montagem fantástico e um dos finais mias surpreendentes do cinema, Seven é um marco do Thriller e do um dos filmes mais importantes da década de 90. Um filme de grande influência e obrigatório.

Os melhores trailers de 2009

Hoje apresentamos os 5 melhores trailers de 2009. Vão ser apresentados sem uma ordem exacta.
O trailer é a melhor forma de publicitar um filme. A realização de um trailer já tornou-se algo trabalhoso e, em muitos casos, pequenos objectos de grande qualidade. A intenção do trailer é 'abrir o gosto' ao público, dando uma pequena amostra do que o filme em questão poderá ser.
Muitas vezes, o trailer dum filme é melhor que o filme em si. Nestes 5 casos (à excepção de um filme, que ainda não vimos), esse não é o caso. Tratam-se de exemplos perfeitos de trailer bem executado para filmes de grande qualidade.

Star Trek - Esta reinvenção da clássica (e longa) saga espacial, realizada por J.J. Abrams, teve vários trailers bem conseguidos. No entanto, este destaca-se, dando uma aspecto épico e grandioso ao filme, prevendo um blockbuster de grande entretenimento. Abrams e equipa cumpriram:


Inglourious Basterds - O regresso de Quentin Tarantino estava marcado para a época de blockbusters (final de Agosto). Portanto, a Weisntein Company e a Universal decidiram apostar em forte na produção, com a super-estrela Brad Pitt no elenco. O resultado foram vários trailers eficientes, onde está incluído este trailer internacional:


Where the Wild Things Are - O teaser era fantástico e, de repente, surge este trailer final da nova obra de Spike Jonze. Explicando mais o enredo, o novo trailer dá a ideia de que temos aqui um belo filme e uma alternativa às aventuras para a família (de baixa qualidade) que inundam as salas. Por aqui, ainda não vimos (está para breve, esperemos):


Moon - A estreia de Duncan Jones é um extraordinário filme de Ficção Científica intimista e solitário (como tanto se fazia nos anos 70, como por exemplo em The Silent Runner). O trailer dá-nos a entender tal aspecto, tal como podemos perceber que temos Sam Rockwell em grande forma. Um trailer que culmina com a fantástica banda sonora de Clint Mansell, composta para o filme:


Avatar - James Cameron esteve envolvido na criação desta obra de Ficção Científica durante os últimos 12 anos. Depois dum teaser trailer que dividiu opiniões, o último trailer teria de conquistar tudo e todos. Criando um trailer de 3 minutos e meio (algo que já não se faz hoje em dia), Cameron conseguiu mostrar que teréamos aqui um épico de F.C. como há muito não se via. O trailer é simplesmente épico e um dos melhores trailers criados para um filme. A história está minimamente explicada e não dá informação a mais, conseguindo sempre prender a atenção e dar a entender que tudo o que Cameron havia prometido seria cumprido:

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Previsão para amanhã...

Amanhã apresentamos alguns dos melhores trailers do ano passado. De resto, a rubrica 'E o filme desta noite é...' regressa à sua normalidade (de 2 a 5 Feira), já que fizemos uma pausa para organizar as nossas listas de 2009.

Até lá, qualquer sugestão, já sabem que aqui estamos...

Trailers - The A-Team; Chloe; Kick-Ass; From Paris With Love; She's Out of my League

Hoje trazemos uns trailers já com uns dias. No entanto, para quem ainda não os viu, aqui está a altura.

Começamos com The A-Team, a adaptação cinematográfica da popular série dos anos 80. Bradley Cooper, Lian Neeson, Sharlto Copley, Quinton Jackson, Jessica Biel e Patrick Wilson fazem parte do elenco. Estreia entre nós em Agosto:


De seguida temos o thriller dramático Chloe, com Julianne Moore, Liam Neeson e Amanda Siegfried. O filme é realizado por Atom Egoyan:


Agora é a vez do novo trailer de Kick-Ass, a muito falada obra de acção de Matthew Vaughn. O filme estreia em Portugal em Abril:


Temos agora o último trailer do filme de acção From Paris With Love, com John Travolta e Jonathan Rhys Meyers. Trata-se do trailer Red Band:


Finalmente, apresentamos o trailer da comédia She's Out of my League, uma comédia protagonizada por Jay Baruchel (da série Undeclared, Tropic Thunder, Knocked Up):

A tomar atenção...

Em 2009, estreou nas salas americanas (em exibição limitada) esta comédia negra de Bobcatt Goldthwait, protagonizada por Robin Williams. O filme foi bastante bem recebido e parece ser uma das obras mais subestimadas do ano passado. Williams foi bastante elogiado pela sua interpretação numa comédia negra e bastante dramática. Bobcat Goldthwait (da série Police Academy) surpreendeu todos com esta sua obra. A estreia entre nós não está marcada (provavelmente mais um directo para DVD, injustamente).

Trailer:

Alguns dos melhores posters de 2009

Hoje apresentamos uma lista de alguns dos melhores posters de 2009. O poster dum filme é uma das melhores formas de promoção ao mesmo. Com tanta atenção dada a esta forma de publicidade, criou-se um verdadeiro prazer ver a arte criada. Apesar de haver casos em que a imaginação falta e o gosto é horrível, todos os anos temos verdadeiros prodígios. Os posters apresentados em baixo são alguns desses prodígios...

Antichrist (galeria de posters aqui)Black Dynamite (galeria aqui)
The Brothers Bloom (galeria aqui)Cold Souls (galeria aqui)District 9 (galeria aqui)
Fanboys
(500) Days of Summer (galeria aqui)The Girlfriend ExperienceThe House of the DevilThe Hurt Locker
In the Loop (galeria aqui)The Informant!
Inglourious Basterds (galeria aqui)
The Lovely Bones
The Men Who Stare at Goats (galeria aqui)Moon (galeria aqui)
Perkins'14Precious
Saint John of Las Vegas
Thirst
Up (galeria aqui)
Watchmen (galeria aqui)Where the Wild Things Are (galeria aqui)
Zombieland (galeria aqui)

As decisões mais ridículas de 2009...

Depois do fracasso comercial e crítico (algo totalmente previsível), a Fox decide não estrear nos nossos cinemas Dragon Ball Evolution, uma jogada inteligente (e uma forma de evitar termos mais um péssimo0 filme nas nossas salas) que acabou por levar a Fox a ter umas outras decisões não tão boas (a excepção será o seu outro flop, Aliens in the Attic, uma outra boa decisão): não temos o direito de ver nas nossas salas (e descobrir estas obras da forma que deveriamos descobrir) filmes tão aclamados e premiados como (500) Days of Summer (apesar de ter passado por Estoril, não estreia) e o nomeado para Globo de Ouro The Fantastic Mr. Fox (com o elenco de vozes e o realizador por trás da obra, Wes Anderson, a sua estreia deveria ser obrigatória).No entanto, a Fox tirou-nos ainda o direito de podermos ver no cinema Jennifer's Body, escrito por Diablo Cody e produzido por Jason Reitman (a equipa do premiado e muito aclamado Juno). Apesar de não ter sido um êxito e a crítica ter sido algo bruta com o filme, podemos ter aqui um filme de terror melhor do que a mediocridade que invade as nossas salas (dentro do género) e a sua estreia não deveria ter sido cancelada. Finalmente, temos Amelia, o drama biográfico com Hillary Swank, Richard Gere e Ewan McGregor. A Fox tentou ter o filme nos Óscares mas a crítica foi arrasadora e os resultados de bilheteira não foram os melhores. No entanto, uma estreia nas nossas salas deveria ser possível.

No entanto, temos outros casos: Pineapple Express não estreou entre nós (uma decisão ridícula por parte da Sony, que decidiu apostar em The House Bunny, uma comédia bastante medíocre), apesar do êxito de bilheteira e de crítica nos Estados Unidos. Com uma boa publicidade e uma certa aposta por parte da Sony, o filme poderia ter público entre nós (afinal, é uma das melhores comédias de 2008). E acima de tudo, até na última edição dos Óscares houve uma referência ao filme, no sketch realizado por Judd Apatow e protagonizado pela dupla do filme, Seth Rogen e James Franco.
No entanto, Seth Rogen teve mais dois outros filmes a irem directamente para DVD entre nós (um deles ainda não tem data de lançamento entre nós): Observe and Report, uma das melhores comédias de 2009 (uma comédia negra sobre um segurança dum centro comercial) e Funny People, de Judd Apatow, com Rogen e Adam Sandler (o filme foi um flop nas salas americanas e a sua estreia entre nós injustamente cancelada), uma comédia dramática que dá-nos uma visão realista sobre o mundo do stand-up comedy. Apesar de Seth Rogen não ser um actor conhecido entre nós, estas são obras que sempre deveriam mpassar entre nós (os dois últimos filmes fazem parte da lista de favoritos de 2009 de Quentin Tarantino). No entanto, os estúdios continuam, muitas vezes, a colocarem filmes de péssima qualidade entre nós e as nossas distribuidoras conseguem, por vezes, colocar filmes dignos de DVD nas nossas salas (Hero Wanted e Major Movie Star, com Jessica Simpson são dois dos melhores exemplos de 2009, que nem sequer estrearam nos Estados Unidos).

2010 está agora a começar e vamos ver quais são os filmes que podemos esperar pelo DVD, sem termos a possibilidade de vermos no grande ecrã, como deveria ser em muitos dos casos. Triste!

Hoje foi dia de...

...rever Valkirye e Inglourios Basterds.
Num dia em que descobrimos que Sam Raimi e Tobey Maguire (e o resto do elenco) estão fora do quarto filme de Spider-Man, que a Sony não vai fazer uma sequela mas sim um 'reebot' (a nova moda), que Robert Downey Jr. não vai fazer Cowboys and Aliens (realizado por Jon Favreau), que John Malkovich junta-se a Bruce Willis (e Morgan Freeman e Helen Mirren) em Red, que Sherlock Holmes 2; Tranformers 3 e Breaking Dawn (o quarto capítulo de Twilight) poderão entrar em produção este ano, nós por aqui decidimos voltar ao passado e ver dois filmes passados na 2ª Guerra Mundial.

Enquanto que Valkirye, de Bryan Singer, é um fiel relato sobre uma das mais populares (e última) tentativas de assassinar Hitler (com um elenco em forma), Inglourios Basterds (o nosso melhor filme filme de 2009) é o regresso de Tarantino à grande forma, com uma versão alternativa sobre o final da Segunda Grande Guerra.

Uma boa forma de passar este dia chuvoso.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Os melhores de 2009

Finalmente a nossa lista dos melhores de 2009 está completa. Durante esta semana vamos destacar alguns dos melhores de 2009 (posters, trailers, etc.) e, na próxima semana, vamos apresentar a lista de alguns dos 50 filmes mais importantes da década que terminou. Fiquem atentos. Agora, aqui ficam as nossas escolhas...

  1. Inglourious Basterds, de Quentin Tarantino
Quentin Tarantino andou com esta ideia na mente durante mais de uma década. 2009 foi o ano que conseguiu trazer este conto da 2ª Guerra Mundial aos ecrãs de cinema. Fez parte da Selecção Oficial do Festival de Cannes e apresenta um Tarantino mais maduro. No entanto, a sua realização exemplar, os seus diálogos fantásticos e as interpretações soberbas (especialmente o grande Christoph Waltz) fazem desta uma obra obrigatória. Para ajudar, é o maior êxito de bilheteira de Tarantino.

2. Revolutionary Road, de Sam Mendes


Injustamente esquecido nos Óscares (Kate Winslet merecia o Óscar pela sua interpretação aqui), Sam Mendes cria um anti-romance cru e duro, dando ao espectador um autêntico murro no estômago. Winslet e Leonardo DiCaprio voltam a contracenar depois de Titanic e estão ambos fantásticos. Um filme dramático de grande força e uma obra obrigatória.

3. Avatar, de James Cameron

12 anos após o seu último filme (o mais rentável de sempre), James Cameron regressa com este conto de Ficção Científica, trazendo um verdadeiro espectáculo épico. Cameron afirmou que seria um projecto revolucionário e que tinha a intenção de trazer o público de volta aos cinemas. Promessa cumprida. As técnicas utilizadas serão uma forma nova de filmar (a revolução é mais a nível técnico), os filmes em 3D nunca mais serão os mesmos e, até agora, já é o segundo filme mais rentável de sempre a nível global (em apenas 20 dias). Para além disso, o filme (adorado pelo público) foi bem recebido pela crítica e é uma presença certa nos próximos Óscares. Um dos melhores blockbusters que passaram pelas salas de cinema.

4. Let the Right One In, de Tomas Alfredson

Da Suécia chega-nos este conto de terror sobra a amizade entre duas crianças. No entanto, uma delas é uma vampira. Numa época em que os vampiros estão na moda, temos este Let the Right One In, um conto fantástico sobra a passagem da infância para a idade adulta, sobre a perda da inocência. O par de protagonistas (as crianças Kare Hedebrant e Lina Leandersson) é fantástico e Tomas Alfredson tem uma realização genial, com um ritmo lento que ajuda ao aumento do suspense. Uma bela história de terror e um futuro clássico do género. Em 2010 estreia o inevitável remake americano, vindo de Matt Reeves (Cloverfield). Richard Jenkins (Six Feet Under) faz parte do elenco.

5. Gran Torino, de Clint Eastwood

Realizado e protagonizado por Clint Eastwood, Gran Torino parece ser uma ode aos fãs do realizador/actor. A sua personagem de Walt Kowalski, um duro veterano, pode ser visto como um Dirty Harry envelhecido (e mais um bom grupo de personagens imortalizadas por Eastwood). O realizador pegou numa ideia simples e criou um filme tocante e poderoso que serve de despedida aos seus fãs (como actor, apenas) e cria um dos grandes filmes de 2009. Imprescindível.

6. Milk, de Gus Van Sant

Para além de contar com uma interpretação soberba de Sean Penn (vencedor de Óscar) e de um elenco secundário em grande forma (Josh Brolin, Emile Hirsh e James Franco estão fabulosos), Gus Van Sant consegue recriar uma história real de forma totalmente fiel (quem viu o documentário de 1984, Times of Harvey Milk, repara perfeitamente neste facto) e, com a ajuda dum argumento bem construído (vencedor de Óscar), consegue trazer uma obra madura, misturando o seu cinema independente com o cinema comercial.

7. The Hurt Locker, de Katherine Bigelow

Katherine Bigelow tem estado afastada da realização desde o flop K-19 - The Widowmaker (um bom filme,apesar de tudo) e decidiu regressar com este The Hurt Locker, um filme passado no Iraque onde acompanhamos três membros duma brigada de minas e armadilhas. Enquanto assistimos a situações de alta tensão (em momentos de cortar a respiração, extremamente bem filmados), temos ainda tempo para conhecer as personagens e as dúvidas e medos. Jeremy Renner e Anthony Mackie são duas verdadeiras revelações, numa obra recheada de ilustres secundários (Guy Pearce, David Morse, Ralph Fiennes). Um dos grandes filmes do ano, que vai ter forte presença na próxima edição dos Óscares.

8. District 9, de Neill Blomkamp
Produzido por Peter Jackson e escrito e realizado por Neill Blomkamp (baseado numa curta-metragem por si criada), District 9 é uma original crítica ao Apartheid, onde temos uma comunidade de extra-terrestres fechada dentro do que o governo sul-africano chama de Districto 9. O filme contém boas doses de humor negro e uma interpretação (revelação) de Sharlto Copley, um ser humano repugnante que encontra a sua humanidade à medida que se transforma num extra-terrestre. Filosofia, poesia, acção e uma boa entrada para o género da F.C.. Uma futura referência do género.

9. Moon, de Duncan Jones

Realizado pelo estreante Duncan Jones, filho de David Bowie, Moon é um daqueles filmes que já não se fazem mais: um regresso à Ficção Científica dos anos 70, onde encontramos Sam Bell (um extraordinário Sam Rockwell, merecedor de mais reconhecimento) no fim da sua missão de três anos numa estação espacial situada na lua. Prestes a regressar a casa, Sam depara-se com um duplo seu e as dúvidas são colocadas. Duncan Jones tem uma estreia auspiciosa, criando um ambiente minimalosta e com uma fotografia e cenários geniais. A banda-sonora de Clint Mansell é a cereja por cima do bolo, embelezando ainda mais aquele que foi um dos melhores anos para a Ficção Científica (no final do mês, teremos aqui o nosso artigo dedicado à F.C.). Obrigatório.

10. Two Lovers, de James Gray

Naquela que poderá ser a sua última interpretação, Joaquin Phoenix traz-nos um desempenho complexo e melancólico, com uma personagem que esconde todos os seus sentimentos. Dividido entre dois amores (um representa o seu lado racional e outro o oposto), Leonard anda em duas relações e apenas uma delas será o seu futuro. James Gray (esta é a sua terceira colaboração com Phoenix, depois dos excelentes The Yards e We Own the Night), tem uma realização fantástica e filma Brooklyn de forma apaixonada e bela, tratando a cidade como uma personagem do filme. Um romance diferente e livre de clichés, com excelentes participações de Gwyneth Paltrow w Vinessa Shaw. Destaque para a presença da nossa Amália na banda-sonora. Um dos mais belos exemplos de cinema de 2009.

Devemos dar ainda destaque a outras obras que foram consideradas para integrar a nossa lista: The Wrestler (um grande regresso de Mickey Rourke num filme tocante de Aronofsky, onde encontramos Evan Rachel Wood completamente explosiva num pequeno papel), Star Trek (um grandioso blockbuster, inteligente, emocionante e com excelentes interpretações), The Curiuos Case of Benjamin Button (apesar de ser demasiado académico, David Fincher consegue criar um exemplo perfeito de magia cinematográfica, com Brad Pitt e Cate Blanchett fantásticos), Changeling (o outro Eastwood de 2009, com a melhor interpretação de Anjelina Jolie, num filme poderoso e chocante), Slumdog Millionaire (Danny Boyle num perfeito delírio visual, ajudado por uma boa história, conseguindo ganhar os Óscares e as bilheteiras mundiais), The Hangover (Todd Phillips conseguiu cirar uma delirante comédia, sendo esta uma das melhores dos últimos anos, trazendo ainda um trio de protagonistas em excelente forma) e Zombieland (uma fantástica mistura de comédia com terror, sem tentar imitar Shaun Of The Dead e criando uma mitologia muito sua. Apesar da violência, é um viajem divertida e emocionante, dando ainda tempo para um dos melhores cameos dos últimos tempos). Recordamos que esta lista é composta por filmes que tiveram estreia comercial nas salas de cinema portuguesas durante o ano de 2009 (não contamos assim com filmes que foram directamente para DVD de forma injusta, como Pineapple Express, Observe and Report,etc.. Desses falaremos ainda esta semana).