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A segunda temporada de Dexter é inferior à primeira mas a sua qualidade ainda é elevada, devido à escrita, às personagens (especialmente a de Dexter Morgan) e aos seus actores. Nesta segunda aventura do seria killer mais adorado da América, Dexter cai para o seu lado negro (algo que é invulgar existir, tendo em conta que é um assassino em série nos tempos livres, que teima em não ter sentimentos humanos).
Com tal caminho, a personagem consegue desenvolver-se e tornar-se ainda mais complexa, questionando os seus motivos e se o que faz é correcto, tornando esta uma temporada extremamente importante para o crescimento da personagem.
No entanto, o vilão de serviço (neste caso, Lilla) é muito inferior ao Ice Truck Killer, não sendo uma personagem muito bem conseguida e que serve apenas para arrastar o protagonista para a sua inevitável dúvida existencial.
Sendo este o único ponto fraco, deixando a primeira parte da temporada algo demorada e parada, quando a personagem de Lilla é colocada num plano mais secundário (onde só volta a ganhar mais destaque nos episódios finais), a segunda metade melhorou consideravelmente, proporcionando um final extremamente bem conseguido e de cortar a respiração de tanta emoção presente.
A segunda temporada de Dexter é, portanto, inferior à primeira (muitos dizem ser a mais fraca) mas continua a ser um exemplo perfeito da qualidade que podemos encontrar hoje em dia no que diz respeito a produções televisivas. Agora é tempo para o terceiro ano da série.
1 comentário:
É a segunda etapa do crescimento do Dexter, cada temporada é um degrau na sua humanização. Se a primeira temporada simboliza a infância de Dexter que culminou no "duelo" com o irmão (é a primeira batalha duma cria selvagem), esta segunda temporada simboliza a sua adolescência. Dexter desenvolve uma consciência afectiva e descobre um escape com o envolvimento sexual com a Lilla (o despertar sexual é o centro da adolescência). Logo verás que as próximas temporadas são as etapas seguintes do seu crescimento.
Em relação à 2ª temporada, já disseste quase tudo, acrescento só a queda a pique da personagem da Debra, ela que esteve tão bem na 1ª temporada, mas aqui (e na 3ª) ela anda completamente perdida sem que os escritores soubessem que rumo dar à sua personagem, felizmente essa situação mudou na 4ª temporada, onde ela está muito bem.
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