Edward Norton é então contratado para o papel de Bruce Banner/Hulk, substituindo o excelente Eric Bana. Mas Norton é também contratado pelas suas capacidades de escriba e assina o argumento (sob o nome de Edward Harrison) juntamente com Zak Penn (argumentista vulgar neste género de filmes). Juntando-se a Norton, estão Liv Tyler (como Betty Ross, antes interpretada pela fantástica Jennifer Connelly), Tim Roth (o vilão Abomination) e William Hurt (que substitui Sam Elliot, como General Ross, Pai de Betty e caçador incansável de Hulk). Juntados os novos actores, junta-se um realizador especialista em acção pura e dura e assim temos um filme totalmente diferente do anterior, para um público mais vulgar e dirigido para os fãs, que apanharam uma desilusão enorme com o primeiro. E será que se sairam bem? Ou deveriam ter-se ficado pela versão de Ang Lee?
Muito bem, cientes que o público não iria gostar de ver a origem do mondtro verde uma segunda vez, Leterrier mostra-nos a história toda no genérico inicial, explicando-nos a origem de Hulk e como se tornou um fugitivo do exército americano. O filme começa já com um Banner a tentar manter o controle do seu monstro interior, escondido no Brazil, com o exército sempre a tentar encontrá-lo, num frenético jogo do gato e rato. Ou seja, não nos apresenta uma sequela ao filme de Lee mas sim como se este se tratasse dum primeiro filme duma saga (e é assim que deverá ser visto). E é de dizer que aqui nesta versão, a acção é ininterrupta e bem conseguida. Estamops perante o tipo de acção 'Desliga o cérebro e deixa-te levar', onde temos um argumento banal e não tão forte, mas tal fraqueza é compensada pelas excelentes sequências de acção e pelo bom desempenho dos actores (Norton é um excelente Banner, Roth é um grande vilão e Hurt chega a ser perturbador). Esta é a segunda longa-metragem totalmente financiada pela Marvel Studios e, depois do grande Iron Man, atingem nota bastante positiva com esta versãosombria e explosiva de Hulk. Onde a versão de Lee acerta em nível de história, este falha mas, onde Lee falhou a nível de emoção e entretenimento escapista de Verão (época de Blockbusters), este acerta com nota máxima. Uma grande surpresa e um dos melhores filmes de acção do ano (so far...) E mais um Bockbuster bem conseguido, depois de Iron Man e Indiana Jones (essa obra de génio!!!). Nem sempre temos um época de Blockbusters assim...
Nota: Houve alguma controvérsia entre Norton e a Marvel, pois Norton queria mais cerca de 15 minutos de filme para maior desenvolvimento de história e personagens enquanto qua a Marvel queria um filme recheado de acção, com menos de duas horas. Leterrier já afirmou que o Blu-Ray irá conter mais de 70 minutos de cenas cortadas, servindo como elo de ligação entre a obra de Lee e a sua versão. De qualquer forma... um bom Blockbuster, melhor do que se esperava (como filme e nas bilheteiras, tendo tido uma estreia melhor do que esperado). E depois do 'cameo' final, mais Hulk se espera. E mais uma possível saga da Marvel.
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