quarta-feira, 9 de julho de 2008

Funny Games - de Michael Heneke (2008)

Michael Heneke realizou, em 1997, a versão original deste Funny Games, um filme austríaco que muita polémica causou e que foi muito aclamado. Agora, para a sua estreia nos Estados Unidos, Heneke decide fazer um remake do seu próprio filme e, pelo que dizem, plano a plano, mudando apenas os actores, a língua e o local da acção.

Devo confessar que não vi o original (e é muito difícil encontrá-lo por estas bandas, não tendo sequer uma edição DVD nacional) e talvez por isso tenha gostado bastante desta versão americana. Quem viu o original, nada de especial aqui encontra, pelo que parece mas, para quem desconhece a obra anterior, anda por terras desconhecidas.

Começamos logo pelo início do filme, com a música pesada a entrar-nos pelos ouvidos e pela alma dentro, de forma a preparmo-nos para o que vamos ver, entrando de imediato dentro da alma perturbado de dois dos protagonistas. Mas mais sobre isso não direi, para não vos estragar a surpresa.

Temos aqui cenas geniais,
como Michael Pitt a falar connosco,
o público, o rewind e aquilo que podemos concluir: tudo não passa
de entretenimento. Apenas estamos a ver e a seguir o entretenimento que as duas personagens psicópatas nos querem oferecer, não podendo nós mudar tal facto. Nós servimos como público e os assassinos como os apresentadores do espectáculo que estamos prestes a assistir.

Heneke cria um thriller psicológico fortíssimo e bem pesado, colando-nos ao ecrã, com as sequências recheadas de suspense e tensão e de forte carga dramática.

Naomi Watts (que também serviu de produtora executiva) e Tim Roth interpretam o casal atormentado pelos psicópatas, estes interpretados por MichaelPitt mais uma vez a confirmar o enorme talento que tem) e a surpresa Brady Corbet.

Um dos melhores filmes do ano, na minha opinião, mas que irá dividir opiniões, decerto.

Aqui vos deixo com o trailer e dois excelentes poster, que
demonstram o filme pesado que é.

Trailer:

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