Na opinião, as comparações entre os Batman de Tim Burton e os de Nolan são algo desnecessárias. Enquanto Burton criou duas obras 'burtianas' com Batman e Batman Returns (sejamos honestos, ambos são fiéis ao estilo de Burton e não fiéis aos comics, por exemplo o Joker de Nicholson ter morto os pais de Bruce Wayne em Batman, alg excelente em termos narrativos, dando mais realçe às personagens as totalmente fora do universo dos comics), Nolan é mais fiél ao universo de origem de Batman, recorrendo ao realismo presente em obras como Batman - Year One, de Frank Miller e The Dark Knight Returns. E neste segundo filme, Nolan acrescenta à sua lista de inspirações a novela gráfica The Laughing Joke, de Allan Moore e Heat, de Michael Mann(o próprio Nolan o admitiu). E tais inspirações deram origem a uma sequela bastante superior ao original. Se é o melhor filme de Batman? É! (mas tal não exclui os filmes de Burton pois são isso mesmo: filmes de Tim Burton e não de Batman)
Christian Bale regresa como o herói morcego, acompanhado de Michael Caine, Morgan Freeman e Gary Oldman. Juntam-se ao elenco Heath Ledger (na sua última interpretação completa), Maggie Gyllenhall e Aaron Eckhart. E ainda juntamos um argumento inteligente e extremamente bem conseguido, escrito por Nolan e pelo irmão Jonathan Nolan.
O realizador apresenta-nos não um filme de super-heróis (onde, pessoalmente, não encaixo a personagem de Batman, pois trata-se dum homem vulgar, sem poderes alguns) mas sim um filme de acção potente e um drama de crime urbano, onde a corrupção reina e o terror paira no ar com a chegada dum dos vilões mais assustadores e conseguidos de sempre: Joker. E é aqui que entramos nas interpretações: Bale está seguro como Batman, que enfrenta desafios pessoais e uma jornada interior que o mudará para sempre. Michael Caine e Morgan Freeman são dois secundários de pesso, sem muito que fazerem mas o pouco que fazem fazem-no bem, Maggie Gyllenhall substitiu Katie Holmes como Rachel Dawes e sai-se melhor que a sua antecessora, sem dúvida. Mas os verdadeiros trunfos neste campo estão reservados a Heath Ledger e Aaron Eckhart.
Ledger é Joker e tem uma representação assombrosa (o homem é um verdadeiro furacão) e consegue dar ao espectador um sentimento de medo esmo quando não está em cena. O seu Joker é sádico, psicótico e hilariante. Um Óscar póstumo seria muitíssimo bem entregue. Ledger rouba o espectáculo a todos e revela-se um verdadeiro mestre na representação (e este papel é o melhor da sua vida e tantas portas lhe iria abrir). Aaron Eckhart é Harvey Dent, o promotor público que se junta a Gordon (Gary Oldman, aqui num bom registo e maior que no primeiro filme) e a Batman para pararem o crime organizado. E Eckhart dá-nos um Dent sólido e que entrará numa viagem descendente ao inferno (quem conhece os comics sabe quem Dent é). A transformação de Dent é fantástica e Eckhart acaba por ter uma das melhores interpretações da sua carreira cinematográfica (e sempre tive esperança neste actor).
Resumindo: Christopher Nolan traz-nos uma sequela superior em tudo, com grandes sequências de acção (bem superiores ao do primeiro), um filme de super-heróis revolucionário, um drama épico e um dos melhores Blockbusters dos últimos tempos, sem ser mainstream como muitos pensam. Ainda estou assombrado com esta experiência!
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