segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

TRON Legacy, de Joseph Kosinski (2010)

Sequela do filme de culto de 1982, TRON Legacy começa com Sam Flynn, filho do protagonista do primiro filme Kevin Flynn, a procurar o seu pai, desaparecido há 20 anos. Sem saber como, Sam vai parar ao universo artificial que o seu pai desenvolveu e descobre que uma cópia de Kevin, criada pelo pai, está a controlar tal universo. Sam está determinado a encontrar o seu pai e juntar esforços para derrotar Clu, a cópia artificial do pai.
Ao contrário de TRON, esta sequela foi um êxito nas bilheteiras. O primeiro filme foi uma grande aposta da Disney e falhou no box-office sendo que, eventualmente, foi redescoberto em VHS e ganhou um enorme culto. Tal culto fez com que a Disney considerasse fazer esta sequela cara e cheia de efeitos especiais.
No entanto, enquanto que o primeiro filme foi um objecto bastante revolucionário a nível técnico, a sequela não pode dizer o mesmo: os efeitos especiais são extremamente bons, o filme oferece uma excelente experiência visual mas não é algo que nos deixe de boca aberta.
O verdadeiro propósito de TRON Legacy é trazer uma sequela digna aos fãs do filme original, é um filme feito para os fãs. O primeiro filme tinha uma história bem explicada mas algo infantil, esta segunda parte tem um argumento fraco e personagens pouco desenvolvidas. No entanto, criou-se um espectáculo visual muito bom, cheio de cenas de acção bem pensadas e filmadas. Quando o filme termina, reparamos que o verdadeiro motivo do filme era satisfazer os fãs (missão cumprida) e trazer ao público um filme divertido, recheado de acção e efeitos especiais bons. Uma das melhores coisas do filme é que consegue ser acessível ao público em geral, mesmo para quem, não conhece o filme original.
Destaco ainda a banda-sonora, da autoria dos Daft Punk, que conseguem cirar uma experiência auditiva extremamente boa, fazendo com que a música seja personagem no filme, algo que me surpreendeu bastante.
Pessoalmente, TRON Legacy é o primeiro blockbuster a sério de 2011. Tem os seus defeitos mas como objecto de divertimento e de acção, é entretenimento garantido. E uma boa experiência, até.

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