Não tendo muita oportunidade de ver outros filmes mais pequenos e que passaram de forma despercebida pelos nossos cinemas (isto devido ao trabalho, infelizmente), os filmes que consegui ver foram aqueles que encontramos em todo o lado: os Blockbusters.
Estamos agora a chegar ao fim desta silly season (como muitos a chamam) e penso que é uma boa altura para dizer aqueles filmes de grande orçamento que me agradaram mais (dos que vi, pois claro).
Devo começar por The Dark Knight, de Christopher Nolan. Esta sequela é uma lufada de ar fresco no género de super-hro movies, não sendo um desses filmes. É sim um filme de acção, com grandes doses de tensão. Nolan acaba de nos trazer um grande thriller policial que é também um épico. E com um elenco de luxo, com grande destaque para o falecido Heath Ledger e Aaron Eckhart. Muito se poderia dizer sobre este The Dark Knight. Mas é mesmo questão de ver para crer.
Depois temos o cinema de aventura, feito pela escola antiga: Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull. Harrison Ford regressa como o melhor herói de aventura de sempre, trazendo de volta Steven Spielberg e George Lucas e Karen Allen. Desta feita, o aspecto de filme de aventura das décadas de 30 e 40 é trocado pela ficção científica da década de 50 e apresenta-nos um olhar nostálgico sobre a saga. Ford regressa em excelente formae prova-nos que Indiana Jones só há um e que é o Pai da aventura. Enquanto isso, Spielberg mostra a Jon Turtletaub, Gore Versbinky e afins como se deve realizar um verdadeiro filme de aventuras (depois disso, tivemos o terceiro capítulo da Múmia que, pelo que vi, trata-se da mais monótona aventura desde Tomb Raider: Cradle of Life).
Os restantes blockbusters que mais me entusiasmaram foram: Iron Man (um bom filme de aventura e ficção científica, leve e de bom entretenimento com um Robert Downey Jr. e um Jeff Bridges em grande forma e, tal The Dark Knight, um filme que não é infantil na sua história e no seu humor); The Incredible Hulk (tenho de admitir que é bastante inferior ao filme de Ang Lee em termos de argumento e desenvolvimento de personagens e de realização, montagem, etc. mas foi bom entretenimento e bom ver Edward Norton como super-herói, bem acompanhado de Tim Roth e William Hurt. Uma questão de desligar o cérebro. Infelizmente, assume-se apenas como um filme de acção quando puderia ser bem mais); Kung Fu Panda (Jack Black está perfeito nesta personagem e Dustin Hoffman não lhe fica atrás e temos aqui uma divertida animação com mistura de filme de Kung Fu, ou seja, bom entretenimento para todos); Wanted (ok, desliguei um pouco o cérebro, como em Hulk, mas gostei da história e das fantásticas sequências de acção. E o filme tem estilo, com James McCavoy a revelar-se um excelente herói de acção e Angelina Jolie bad-ass); The Happening (Shyamalan menos e preguiçoso mas conseguiu prender-me a atenção); Get Smart (surpreendeu-me. É uma tipíca comédia de Verão, verdade, não se pode ir com grandes expectativas, verdade mas Steve Carell deu um bom espectáculo e é um excelente Maxwell Smart e está bem acompanhado) e The X-Files: I Want to Believe (é como se fosse um epi´sodio da série, não um dos melhores é verdade, e revela-se um drama sobre as duas personagens e não um thriller sobrenatural como a série nos habituou mas agradou-me ver estas duas personagens regressarem, ver que os dois actores ainda têem uma grande química e ver algo diferente como proposta de Verão, embora o filme tenha sido lançado na época errada, pois isto não filme de Verão). Pelo caminho, consegui ver Tropa de Elite, Dangerous games, cujas opiniões se encontram mais atrás. Como disse, não houve oportunidade para filmes mais pequenos e concerteza mais interessantes (muitos deles).
Ainda faltam alguns filmes: Wall-E, que irei ver esta semana: HellBoy II: The Golden Army, que estreia esta Quinta-Feira; Pineapple Express que falei ainda esta semana sobre ele; Trpic Thunder (também).
Quanto aos (aparentemente) piores propostas que nos surgiram, temos The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor (e peço desculpa, mas não me estou a lembrar de mais). Brendan Fraser regressa (e o actor pode ser o melhor que o filme tem) mas Rachel Weisz não, tendo sido substítuida por Maria Bello, que aqui apresenta-nos uma horrível representação, acompanhada por um ainda mais horrível sotaque britânico. Nem Jet Li e Michelle Yeoh conseguem melhorar isto. Luke Ford tem uma péssima prestação e Rob Cohen mostra que mais valia ter ficado quieto (tenho de dizer que ainda não vi o filme, mas trabalhando num cinema, consigo ver bocados do mesmo e consigo aperceber-me de tudo isto, mas também não se puderia esperar grandes maravilhas daqui).
Das outras propostas que já passaram por nós, não tive oportunidade de ver Speed Racer (o flop dos Irmãos Wachowski que, pelo que dizem, era um anime em imagem real e uma proposta arriscada e diferente. E pelos excertos que vi, isso confirma-se) e The Chronicles of Narnia: Prince Caspian que, sinceramente, não tenho interesse em ver.
A temporada de Verão está a terminar e, com tal fim, melhores filmes virão. Mas na minha opinião, este ano tivemos duas excelentes obras este Verão: The Dark Knight e o quarto Indiana Jones. E pelo que dizem, Wall-E é uma verdadeira obra-prima. Descobrirei esta semana.
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