Depois do mágico e deslumbrante Pan's Labirynth, Guillermo Del Toro volta a um cinema mais comercial e pega numa personagem por si utilizada anteriormente: Hellboy.
Não sou conhecedor dos comics de Mike Mignolia e da personagem no universo dos quadradinhos mas apreciei bastante o invulgar filme de super-heróis que antecede este capítulo (e os mais conhecedores dizem tratar-se duma excelente adaptação para o grande ecrã, dado que Del Toro é grande fã da obra e Mignolia estava creditado como produtor executivo). Neste segundo filme, Del Toro e Mignolia trabalham juntos no argumento e criam um mundo mágico e visualmente deslumbrante (um dos filmes mais bem conseguidos visualmente do ano, sem dúvida) e criam um mundo de fantasia digno do legado de J.R.R. Tolkien (não é por acaso que um dos próximos projectos de Del Toro é The Hobbit, a muitíssimo aguardada prequela de The Lord Of The Rings).
Del Toro aqui parece estar a preparar-se para o seu próximo grande projecto, dando provas de que é o homem certo para o trabalho mas, como já se sabe, o realizador consegue dar as cartas certas nesta sequela, que acaba por ser bastante superior ao filme original, sendo um digno sucessor do filme anterior do cineasta. Ron Perlman regressa como o herói antipático e o actor nasceu para interpretar Hellboy, sem dúvida. Doug Jones (Abraham Sapien) tem mais destaque desta vez e está também excelente no seu desempenho. De resto, temos uma história imaginativa, recheada de acção e extraordinários efeitos especiais e com uma grandiosa partitura do sempre fabuloso Danny Elfman. Um dos melhores Blockbusters do ano (e este ano estivemos bem servidos, o que não é vulgar). A não perder.
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