Um grupo de criminosos toma controlo duma carruagem do metro, Pelham 123. Quando contacta a central, quem está do outro lado é Walter Garber, um funcionário do metro que está prestes a ter o pior dia da sua vida.Tony Scott assume a realização deste thriller de acção, remake do clásico com o mesmo nome. Em vez de Walter Matthau e Robert Saw, temos Denzel Washington (mais uma colaboração com Scott) e John Travolta. O par de actores está bastante competente (apesar de Travolta ter feito papéis de vilão de forma mais convincente), conseguindo sempre prender a atenção do espectador. Para além de Washington e Travolta, temos John Turturro (no original, a personagem de Walter Matthau era polícia do metro, aqui Washington é funcionário e Turturro é polícia) e James Gandolfini, como o presidente da câmara de Nova Iorque. Como dissemos, o elenco está competente, cumpriendo o que lhes é pedido, nada mais. Scott volta a entregar-nos uma realização electrizante e de pouco fôlego. No entanto peca por usar a arma que mais tem utilizado nas suas últimas obras: tudo muito estilizado, feito à geração MTV, com uma montagem rápida demais e sempre com estilo de videoclip (o que acaba por ser um dos grandes defeitos do filme). Depois temos o argumento de Brian Helgeland (que escreveu L.A. Confidential) que aqui dá-nos algo banal e vulgar (e com sequências totalmente desnecessárias, como os polícias no carro a dialogarem, cenas essas que duram cerca de 5 segundos e são totalmente dispensáveis e mal conseguidas). Fora isso, apesar de vários buracos no argumento (algo que pode ser passavél se simplesmente deixar-mo-nos levar pelo filme, sem preconceitos) e alguns momentos fracos (os diálogos já referidos e a cena final de Travolta), The taking of Pelham 123 revela ser um bom entretenimento, um filme esquecível mas que entretém o suficiente.
O melhor: Washington, Travolta e o suspense criado e algumas partes.
O pior: a realização à MTV de Scott, certas cenas desncessárias e o final.
2 comentários:
Bosta de filme com algumas partes cómicas a quebrar a tensão fraquinha gerada por um argumento que até o vosso excelentíssimo blogger, o Mr. Movie Wagon, consegue superar sem muito esforço. E o Tony Scott, minha nossa, acho que já foi tudo dito...o que não foi dito é que um dos meus filmes favoritos é realizado por este energúmeno, se soubesse o que sei hoje não me aproximava do The Last Boy Scout. Gosto deste último, mas sem explicação...é mais uma daquelas coisas que acontecem!!
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