sábado, 14 de novembro de 2009

2012, de Roland Emmerich (2009)

A ideia é simples: pegar nas várias suposições de que o mundo vai terminar a 21 de Dezembro de 2012 (dia em que acaba o calendário Maia), utilizar uma teoria em específico como catalisadora dos eventos que assistimos no filme e, assim, criar um blockbuster de Natal, que apela às massas e faça rios de dinheiro.
Com uma ideia simples, Roland Emmerich (ID4, The Day After Tommorrow, Godzilla) criou um filme que pretende ser o pai dos filmes-catástrofe (algo que Emmerich já percebe, sendo considerado o perito do género). Emmerich diz que este será o seu último filme desta natureza, decidindo colocar tudo e mais alguma coisa (sequências de destruição gigantescas, bem elaboradas e exageradas, tudo ao longo de duas horas e meia) e, ao mesmo tempo, falando sobre uma das possíveis catástrofes que poderão ocorrer em 2012.
A missão de 2012 não é falar sobre as várias possibilidades do mundo terminar em tal data mas sim de entreter o público faminto por CGI, cenas de destruição poderosas de cortar a respiração e uma viagem emocionante. E Emmerich consegue cumprir o prometido, apresentando tudo muito bem elaborado , fazendo com que seja algo essencial ver numa sala de cinema, onde se pode tirar mais proveito da dimensão de tais cenas. Para além disso, o elenco está recheado de caras conhecidas e talentosas (o grande John Cusack, o fantástico Chiwetel Ejiofor, Amanda Peet, Oliver Platt, Danny Glover) fazendo o que lhes compete (apesar disso, num filme cujo actor principal é o CGI, John Cusack e, especialmente, Chiwetel Ejiofor, estão muito bem, tendo em conta certos diálogos que têm de dizer).
A nível de argumento, não seria de esperar muito, estando cheio de clichés do género, com momentos totalmente 'cheesy', diálogos fracos e, especialmente, carregado de humor não intencional, o que faz com o filme ainda consiga ter bons momentos de comédia acidental (quando quer ter piada, quase não acerta mas quando não quer, acerta em cheio!).

Concluindo, 2012 é exactamente aquilo que se esperava e nada mais que isso: um blockbuster caro, onde as principais atracções são os efeitos especiais, a destruição e as cenas de acção, não querendo ser algo inteligente e pedindo ao espectador para deixar-se levar pelo que vê no ecrã. E nesse aspecto, o filme cumpre e consegue ser um filme competente e emocionante, com um bom ritmo, sem nunca ser um produto chato (apesar da longa duração). Um filme para ser visto quando a intenção é desligar-se um pouco (mesmo com o tema que tem) e sem expectativas.

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