Rodeado de complicações durante a produção e cercado de polémica (começando por Tom Cruise interpretar um oficial alemão, indo contra os desejos dos familiares da personagem que Cruise interpreta, já que a Cientologia é vista como uma seita na Alemanha), Valquíria revelou-se um filme problemático antes da sua produção ter início. E assim se prolongou, tendo primeiro data de estreia para Outobro, depois para Fevereiro e, então, foi lançado a 25 de Dezembro, numa tentativa de entrar nos prémios. O filme foi contra as expectativas de muitos, que afirmavam que Cruise ia ter um enorme fracasso em mãos, e conseguiu ter resultados de bilheteira razoáveis e uma boa parte de critícas positivas.
Valquíria é um bom filme mas não um grande filme. Dificilmente entraria nesta temporada de prémios. No entanto, é um excelente entretenimento, disfarçado de aula de história. Quem não conhece este pequeno pedaço de História, tem aqui uma boa oportunidade de descobrir. O elenco (não recorrendo ao sotaque alemão, onde no início é-nos dada transposição para o inglês dos actores) está bastante competente, começando em Tom Cruise, passando por Bill Nighty e terminando em Tom Wilkinson. A realização de Singer é, também ela, muito competente e o realizador usa uma arma forte no filme, e usa-a bem: o suspense. As várias sequências de suspense estão muito bem orquestradas, deixando o espectador sempre preso ao filme.
Valquíria é uma boa fuga aos filmes de Óscares que aí andam. No entanto, não é nada mais que isso: um bom entretenimento de suspense, uma boa lição de História e uma boa oportunidade de ver um excelente leque de actores.
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