sábado, 11 de julho de 2009

The Punisher: War Zone, de Lexi Alexander (2008)

O vigilante Frank Castle prossegue a sua luta imperdoável contra o crime organizado, indo directamente contra Billy Russoti, um perigoso criminoso. No entanto, em vez de Russoti morrer, fica terrivelmente desfigurado e torna-se em Jigsaw, um demente e perigoso criminoso que, na companhia do seu irmão, pretende controlar a cidade e eliminar Frank Castle, o Punisher, pelo caminho.
Sem qualquer tipo de ligação com The Punisher de Jonathan Heigesleigh (de 2004, com Thomas Jane e John Travolta), este novo Punisher não se trata duma história de origem. Aqui a personagem principal já está nisto à alguns anos e, francamente, não era preciso mais uma história de origem para a personagem. O rosto do anti-herói também muda. Em vez de termos Thomas Jane (o que faz sentido, já que não se trata duma sequela), temos Ray Stevenson (de Rome, da HBO), que consegue trazer-nos um Frank Castle amargo, dividido e sem piedade alguma. Por outras palavras, consegue captar a essência da personagem na perfeição. E os aspectos positivos do filme terminam aqui. A realização de Lexi Alexander é enfadonha e algo desconexa (exceptuando as cenas de acção, que conseguem estar bem conseguidas, dentro do possível), o argumento é fraco e as interpretações são uma verdadeira lástima. Dominic West (que está brilhante como um dos protagonistas da excelente série da HBO The Wire) é um vilão caricaturado, sem vida e totalmente ridículo, com um sotaque nova-iorquino e italiano (vá-se lá compreender porquê). Dog Hutchinson (o perturbador Tooms, da primeira temporada de The X-Files) está também muito fraco, com uma personagem ridícula e sem nexo. Isto já para não falar do resto do elenco.
Punisher: War Zone poderá divertir nalgumas ocasiões. No entanto, é um filme de acção fraco e totalmente dispensável. Nos Estados Unidos, o filme foi lançado em Dezembro passado e revelou-se um dos maiores flops dos últimos anos e o maior da Marvel, com perto de 8 milhões de dólares nas bilheteiras. Por cá, foi directamente para DVD, algo que acaba por compreensível.
A Marvel não deverá pegar tão cedo nesta personagem. O que, de certa forma, é uma pena, já que, nas mãos certas, poderia ser uma personagem muito bem conseguida e complexa, como o é nos comics.

O melhor: algumas sequências de acção e Ray Stevenson, um Frank Castle/ Punisher perfeito.

O pior: a realização medíocre de Alexander, as restantes interpretações ridículas e o argumento fraco.

Trailer:

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