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Kevin MacDonald (The Last King of Scotland) regressa à realização com este State of Play, baseado numa mini-série da BBC. O argumento, escrito por Tony Gilroy e Billy Ray, está muito bem conseguido e é apresentado, de forma muito competente, pelo realizador e pelo elenco de estrelas: Russel Crowe está, uma vez mais, muito bem no seu papel de protagonista, secundado por um Ben Affleck cada vez melhor e por Rachel McAdams, sua colega de investigação. Finalmente, Hellen Mirren é a chefe de Crowe. State of Play traz de volta o thriller de investigação, algo muito popular nos anos setenta, e é um descendente directo do brilhante All the Presidnet's Men, de Allan J. Pakula. State of Play é, portanto, um thriller de investigação jornalista, onde acompanhamos a ética da mesma e onde conseguimos ver o possível final duma forma de jornalismo mais antiga, que está cada vez mais ultrapassada pelas novas tecnologias (Crowe é um jornalista à antiga enquanto McAdams já recorre às novas formas do trabalho, revelando escrever para o blogue do jornal por exemplo, algo que a personagem de Crowe não aprova).
State of Play é um excelente thriller, uma óptima fuga aos blockbusters tão presentes nas nossas salas actualmente e um das grandes surpresas do ano. Pena não haver tanto destaque assim e ter um título pouco chamativo (Ligações perigosas não é um título muito apropriado).
O melhor: o elenco, o argumento e o regresso do thriller de denúncia.
O pior: o (triste) título português e o pouco público que tem tido.
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