quinta-feira, 14 de maio de 2009

Angels and Demons de Ron Howard (2009)

Robert Langdon é contactado pelo Vaticano para ajudar a instituição religiosa (de forma inesperada, depois do caos de The Da Vinci Code). Quatro membros importantes do Vaticano foram raptados e serão mortos, um em cada hora, na mesma noite em que se escolhe o novo Papa. Ao bater da meia-noite, uma bomba irá destruir o Vaticano. Langdon deverá ajudar a descobrir os locais onde os padres poderão ser mortos a tempo de os salvar e ajudar com a localização da bomba.
Baseado na obra de Dan Brown (que era uma prequela de The Da Vinci Code e aqui no filme é uma sequela), Angels and Demons é uma corrida contra o tempo (o filme passa-se todo numa noite). Ron Howard regressa como o realizador, trazendo Akiva Goldsman de volta para o argumento, desta vez com a colaboração de David Koepp. Tom Hanks regressa como Robert Langdon e a equipa consegue fazer o impensável: provar que o filme anterior foi um passo em falso e que conseguem fazer melhor.
O argumento está bem conseguido (apesar de ter os seus defeitos, está bem desenvolvido, talvez devido ao envolvimento de Koepp), Tom Hanks prova que afinal é um Robert Langdon perfeito (e em excelente forma) e Howard prova que era o homem errado no filme anterior mas o homem certo para esta sequela.
Ao contrário de Da Vinci, o ritmo aqui é alucinante, rápido e sempre cheio de emoção, conseguindo prender o espectador ao ecrã, do início ao fim. Howard trata bem a história que tem em mãos e consegue proporcinar-nos excelentes momentos de suspense e de acção. E consegue também dirigir o elenco de forma competente.
Angels and Demons é uma grande melhoria sobre The Da Vinci Code e é um bom blockbuster (não será o melhor desta temporada mas é um filme aconselhável), dirigido com garra por Howard e direccionado a um público mais adulto. Uma sequela bem conseguida e um bom entretenimento, onde podemos encontrar uma análise ao contraste entre religião e ciência. Aconselhável.

O melhor: tratar-se duma sequela superior, Tom Hanks a provar que é o Robert Langdon perfeito e Ron Howard em forma, a dirigir um elenco competente (com especial destaque para Hanks e Ewan McGregor).

O pior: o estigma de The Da Vinci Code: quem não gostou do anterior poderá não ter interesse em ver esta obra superior e de bom entretenimento (mas por vezes exagerada: por exemplo, na parte final da explosão).

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