A 30 de Abril, entrámos na 'silly season', ou seja, a época dos blockbusters. Todos os anos, no início do mês de Maio, uma das grandes apostas dum estúdio abre aquela que é considerada a temporada de Verão do cinema. O ano passado, a inauguração pertenceu a Iron Man, com resultados recordistas (estreou com 98 milhões de dólares em apenas 3 dias de exibição), no ano anterior coube a Spider-Man 3 as honras da casa (com a melhor estreia de todos os tempos até à altura, com 154 milhões de dólares) e este ano, o filme que abriu a temporada foi X-Men Origins: Wolverine (sim, a Marvel abre sempre a temporada, já que em 2010, Iron Man 2 será o filme de inauguração.
No post que aqui se redige, vamos dar uma breve olhadela aos blockbusters que nos esperam neste Verão. Desde heróis dos comics com garas, desde professores de simbologia, passando por feiticeiros adolescentes, guardas de museus e naves espaciais com um grande história, aqui vemos de tudo um pouco.
O primeiro filme da temporada foi X-Men Origins: Wolverine. Trata-se do quarto filme da saga X-Men. Esta prequela passa-se antes dos três filmes do grupo de mutantes e traz de volta Hugh Jackman no papel que o tornou conhecido e para o qual ele nasceu para fazer. O filme teve uma estreia bombástica e abriu em força a época de Verão:
Logo após Wolverine, a Paramount lança uma das suas grandes cartadas da temporada: o reboot de Star Trek. A velha franchise baseada na mitíca série de tv tem aqui o seu décimo primeiro filme da saga. Sem esquecer que a série e os outros filmes existem. J.J. Abrams (criador de Alias, Perdidos e realizador de M:I 3) cria uma prequela onde explica a uma nova geração e aos fãs da velha guarda o começo das viagens da Enterprise. Por aqui, ainda não o vimos (mas a vontade não falta!) e as opiniões são unânimes: é o Star Trek dirigido a quem não gosta de Star Trek e a quem é Trekkie. E é um considerado um dos grandes blockbusters dos últimos anos, a caminho de tornar-se o mais visto da saga e com uma sequela a caminho:
Angels and Demons é o terceiro blockbuster. E este tem uma tarefa ingrata: seguir as pegadas do mega-êxito que foi The Da Vinci Code. Apesar dos excelentes resultados monetários, a critíca dizimou o filme e uma boa parte do público não gostou, o que poderá afectar esta sequela bastante superior e de grande entretenimento. A mega estrela Tom Hanks volta como protagonista e Ron Howard volta como realizador. No entanto, a acção é maior e melhor e o filme é um bom blockbuster e um bom thriller. E hoje em dia, são poucos os thrillers blockbusters, infelizmente. Robert Langdon poderá regressar em breve ao grande ecrã:
Night At The Museum 2 é mais uma sequela do Verão (grande parte dos títulos são sequelas ou prequelas). O primeiro filme foi o maior êxito do Natl de 2007 e a segunda parte salta para o Verão. Ben Stiller é de novo o protagonista e este já tem provas dadas nas bilheteiras. Não se espera um grande filme, apenas um grande êxito:
Terminator Salvation é o quarto filme da velha franchise. O primeiro filme surgiu em 1984 e é um obejecto de culto. O segundo foi um estrondoso e influnete êxito de bilheteira e é hoje um clássico. O terceiro foi um filme menor (faltava o mestre James Cameron, portanto quem esperava um grande filme desiludiu-se. Por aqui, esperava-se o que saiu e ficou-se satisfeito) mas um bom espectáculo de acção. Schwarzenegger tem apenas um cameo e Christian Bale toma as rédeas da saga (algo que muita gente nunca esperaria). No entanto, o factor a temer é o realizador McG, que nos trouxe Charlie's Angels e sua sequela. No entanto, tudo o aparece do filme é prometedor e poderá ser um dos grandes blockbusters do ano:
Transformer: Revenge of the Fallen é a sequela do mega êxito que foi Transformers, dois anos atrás. O elenco e o realizador estão de regresso (Michael 'grandes explosões e pouca dimensão' Bay) e Steven Spielberg continua como produtor executivo. Tudo o que vemos parece ser explosivo e poderá ser mindless fun, no momento em que vemos robots a transformarem-se em carros (ou aviões) e sejamos levados de volta à infância (foi o efeito nostálgico que me fez apreciar o primeiro filme, nada mais). Promete ser o grande blockbuster do ano, destronando Terminator e Star Trek (as outras duas grandes esperanças):
Harry Potter and the Half Blood Prince é o sexto filme da saga do feiticeiro adolescente. O filme adapta o penúltimo livro da saga ao cinema e assim aproximamo-nos do final (esperam-nos mais dois filmes, adaptações do último livro). O elenco está todo de regresso e muitos temem que o resultados de bilheteira sejam afectados pelo facto do último livro já ter saído e já se saber o final. No entanto, a Warner já está a preparar o próximo filme. Lembramos que este já era para ter estreado em Novembro de 2008 mas foi adiado, para descontentamento de muitos fãs:
Up, o novo filme da Disney/Pixar é considerado por muitos mais um projecto arriscado do estúdio: a história dum idoso cuja casa é levada por balões. Para seu descontentamento, aquilo que ele mais odeia no mundo 'embarcou' com ele: uma criança chata. Co honras de abertura do Festival de Cannes deste ano, que agora está a ter lugar, e já considerado por muitos um doa grandes filmes do ano e grande esperança aos Óscares do ano que vem, Up poderá ser mais um estrondoso êxito da Pixar:
Dois dos actuais actores mais populares do mundo juntam-se no grande ecrã: Johnny Depp e Christian Bale. A juntar a esta dupla explosiva, temos o cineaste Michael Mann, autor obras-primas como Heat e Collateral. Public Enemies conta-nos a história verdadeira do gangster John Dillinger (Depp) e da caça ao homem liderada por um agente da autoridade (Bale) em plena época da lei seca. O restante elenco é grandioso e, apesar de poder não ser um dos grandes êxitos da temporada de Verão, deverá entrar na categoria de blockbuster. E depois disso, ainda poderão vir os prémios:
Ice Age: Dawn of the Dinosaurs é a terceira parte da série de animação da Fox. Depois de dois estrondosos êxitos de bilheteira, este terceiro capítulo pretende seguir os mesmos passos. O filme estreia no início de Julho e é a outra grande aposta no campo da animação, género normalmente rentável no Verão. E a exibição em 3-D vai ajudar à festa, tal como em Up:
Estas são as principais apostas do Verão. No entanto, há filmes que poderão entrar no clube de blockbusters deste ano, sendo eles The Hangover (algo que promete ser uma grande comédia e já com uma sequela aprovada pela Warner), Year One (com Jack Black e Michael Cera dirigidos por Harold Ramis), The Taking of Pelham 1,2,3 (Tony Scott e Denzel Washington juntos de novo, com John Travolta atrás), Drag Me to Hell (o regresso de Sam Raimi ao terror, num género que poucas vezes safa-se nesta temporada), Land of the Lost (adaptação ao cinema duma conhecida série de tv americana, em tom de comédia, com Will Ferrell e Danny McBride como protagonistas), Funny People (filme que falaremos com mais atenção em breve, que traz de volta à cadeira da realização o rei da comédia americana actual, Judd Apatow, com Adam Sandler, Seth Rogen e Leslie Mann como protagonistas), Bruno (Sacha Boran Cohen com mais uma personagem polémica depois de Borat, que tornou-se um blockbuster inesperado uns anos atrás), G.I. Joe (a adaptação ao cinema da populat série de animação, com Stephen 'The Mummy ant Van Helsing' Sommers ao comando da coisa), G-Force (a primeira incursão de Jerry Bruckheimer no 3D, num filme para a família que mistura animação com imagem real, onde encontramos as vozes de Nicolas Cage e Penelope Cruz e Inglorious Basterds (o novo de Quantin Tarantino, com Brad Pitt, que poderá não entrar no campo dos grandes blockbusters mas, mesmo assim, poderemos ter aqui um bom êxito de bilheteira).
Com tudo isto, não podemos esquecer os títulos que já são considerados blockbusters de Inverno/Primavera, sendo eles: Fast and Furious; Monsters and Aliens (por agora, o filme mais rentável do ano); Taken (que estreou algo discretamente entre nós em Outubro passado); Paul Blart: Mall Cop (um inesperado êxito de bilheteira, já com sequela confirmada) e o genual Gran Torino, com o público a dizer adeus a Clint Eastwood (como actor, atenção) numa forma heróica e melancólica.
Sem comentários:
Enviar um comentário