quinta-feira, 14 de maio de 2009

Knowing, de Alex Proyas (2009)

1959. Uma turma da primária faz parte do projecto 'Cápsula do tempo', onde todos devem fazer um desenho, colocar num recipiente que será enterrado e que verá a luz do dia 50 anos mais tarde. No entanto, uma aluna perturbada escreve uma série de números, aparentemente aleatórios. Meio século depois, quando os recipientes são desenterrados e a folha com os números vai para às mãos do filho dum professor, este apercebe-se que os números não são aleatórios mas sim premonições de grandes tragédias que já ocorreram ou ainda estão para ter lugar. E algo terrível está prestes a acontecer.
Alex Proyas, realizador de dois dos maiores filmes de culto da década de 90 (The Crow e Dark City) e do interessante blockbuster I, Robot, traz-nos este filme que mistura ficção científica com filme catástrofe. Apesar de ter algumas falhas no argumento e, por vezes, cair nos lugares comuns, a ideia de Proyas é muito boa e está bem aproveitada (à excepção de pequenos momentos, como por exemplo, a sequência final, mesmo antes dos créditos). No entanto, no seu geral, o argumento e a realização estão bem conseguidos. Nicolas Cage é o protagonista (aqui de volta aos êxitos de bilheteira) e consegue ser a sua melhor prestação dos últimos anos (talvez deixe de participar em projectos fáceis e algo cheesy) e está perfeito no seu papel. Proyas consegue ainda dar-nos alguns excelentes momentos de suspense (os indivíduos estranhos conseguiram arrepiar-me um pouco) e de acção (as sequências do metro e do avião estão fantásticas, especialmente a última).

Knowing pode ser o trabalho mais fraco de Proyas, no entanto, é algo bastante visível e de bom entretenimento, onde o realizador consegue dar proveito a uma história que seria mal contada nas mãos de pessoas menos experientes (The Forgotten, com Julliane Moore vem-me à cabeça).

O melhor: a ideia, as sequencias de acção (especialmente a do avião) e o regresso de Nicolas Cage a um papel decente.

O pior: apesar de tudo, a noção de que algo maior poderia ter saído desta ideia; o momento final antes dos créditos.

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