quinta-feira, 14 de maio de 2009

The Da Vinci Code, de Ron Howard (2006)

Robert Langdon é contactado pela polícia francesa para ajudar a interpretar uma cena dum crime, cena essa que inclui simbolismos históricos, algo em que Langdon é perito. No entanto, o que o professor não sabe é que é o principal suspeito do caso e, com a ajuda da neta da vitíma, corre para limpar o seu nome e resolver o caso. Langdon acaba por entrar numa rede de conspirações, onde acabará por desvendar o maior encobrimento da história e dewcobrir algo que poderá mudar o mundo para sempre.
Baseado no mega êxito de vendas de Dan Brown (aqui produtor executivo), The Da Vinci Code foi um estrondoso êxito de bilheteira a nível mundial. No entanto, o filme acaba por ser uma obra mediana e com bastantes defeitos e mais uma prova de que o seu realizador, Ron Howard, é algo inconsistente (quando acerta é em cheio e, quando falha, falha em grande).

Howard reúne um elenco de luxo: Tom Hanks como Langdon, Audrey Tautou, Jean Reno, Sir Ian MacKellen, Alfred Molina e Paul Bettany. No entanto, apesar do elenco, o filme falha em dois aspectos importantes: a realização e o argumento. Akiva Goldsman, que já havia trabalhado com Howard em A Beautifull Mind, apresenta-nos um argumento mal conseguido e com aspectos desnecessários para o filme (esquecendo-se de que um filme baseado numa obra literária tem de ganhar vida própria, o que não é o caso, tornando assim o filme em algo demasiado fiel ao livre, prejudicando-o) e não consegue dar a dimensão necessária às personagens. Howard, por sua vez, dá-nos uma realização monótona e desinteressante, sem nunca conseguir o suspense necessário ao filme, incluindo nas sequeências em que tal seria fundamental. E a sua direcção de actores nã é das melhores: consegue fazer com que Tom Hanks seja aborrecido no filme (algo nunca conseguido antes, mesmo num mau filme) e consegue aproveitar mal o restante elenco, à excepção de Sir Ian MacKellen, que consegue elevar o filme com a sua interpretação.
Howard e Goldsman conseguem ainda ser demasiado leves com o material em mãos, material esse bastante polémico. No entanto, o realizador e o argumentista tratam o tema principal do filme de forma inofensiva, sem querer ofender ninguém.
Um filme que poderia ter sido algo notável mas que, estando nas mãos erradas, acaba por ser mediano e esquecível.

O melhor: a ideia, a cena da descodificação de A Última Ceia, a banda sonora de Hans Zimmer e Sir Ian MacKellen.

O pior: o argumento mal tratado por Akiva Goldsman e a realização 'chocha' de Ron Howard.

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