segunda-feira, 11 de maio de 2009

X-Men Origins: Wolverine, de Gavin Hood (2009)


Após descobrir as suas habilidades mutantes enquanto criança, e sempre acompanhado pelo seu irmão Victor Creed, Logan, cujo poder de regeneração deixa-o sempre novo, atravessa os tempos e as grandes guerras, saindo sempre vivo. Após alguns problemas envolvendo o seu cada vez mais problemático irmão, ambos juntam-se a uma equipa especial, composta por mutantes impiedosos e mercenários, e participam em missões perigosas e de carisma duvidoso. Depois de abandonar a equipa, Logan parte para uma tentativa de vida normal até ao dia em que é-lhe retirado. A partir deste momento, e com a ajuda do seu antigo chefe de equipa (William Striker), Logan adopta o nome de código Wolverine e submete-se a uma experiência arriscada: a implementação dum metal inquebráve nos seus ossos: Adamantium. Com tal, os seus ossos são revestidos pelo metal e as garras que ganhara em criança tornam-se também indestrutíveis. E a procura por vingança começa.

X-Men Origins: Wolverine é o primeiro spin-off da saga X-Men, dedicada às origens de algumas das mais famosas personagens deste universo. Foi escolhido o membro da equipa mais famoso e adorado e Hugh Jackman tem aqui a oportunidade de ser o único protagonista e cabeça de cartaz. Para além disso, pode tentar dar a sua visão da personagem, já que assume também as funções de produtor. A Marvel contractou o sul-africano Gavin Hood (realizador do filme vencedor do óscar de melhor filme estrangeiro Totsi) para a realização e este consegue puxar dos seus actores umas boas interpretações, que conseguem elevar o argumento fraco e recheado de clichés. No entanto, onde o argumento falha (e bastante), Hood consegue compensar nas excelentes sequências de acção e nas prestações dos actores (Jackman prova mais uma vez que é o Wolverine perfeito, Liev Schrieber é um excelente Victor Creed e Danny Huston é também um grande vilão e boa escolha para interpretar a persinagem outrora pertencente ao grande Brian Cox, em X-Men 2).
Apesar de ser um filme inferior ao resto da saga, X-Men Origins é uma boa prequela, um excelente exemplo de filme de acção de barba rija e totalmente mindless e uma boa abertura para a prometedora época de blockbusters que se avizinha. E, é claro, é um grande veículo para Hugh Jackman, aqui em grande forma. Já estão confirmados o origins de Magneto (2011), o spin off de Dead Pool (a personagem de Ryan Reynolds aqui, inspirada numa personagem mercenário dos comics que, apesar de não ser totalmente conhecida pelo grande público, tem uma grande legião de fãs) e a sequela deste Wolverine, cujo momento final, depois do genérico, acaba por ser um pequeno teaser. Atenção: devido à cópia pirateada que surgiu um mês antes da estreia, a Fox colocou duas cópias diferentes no mercado, cada uma com um final diferente após o genérico. E ambos pequenos teasers para futuros projectos do universo X-Men.
O melhor: as cenas de acção, o elenco, especialmente Jackman.
O pior: a oportunidade desperdiçada de poder ter-se feito algo mais complexo e desenvolvido com a personagem e o seu universo. Para ir sem grandes expectativas para se poder apreciar totalmente.

1 comentário:

Fernando Ribeiro disse...

Não é que eu estivesse à espera de mais mas, para mim, este desiludiu-me um pouco. Não gostei do facto de terem incluído um conjunto muito alargado de personagens e dos efeitos especiais.

Abraço