segunda-feira, 19 de julho de 2010

The Invention of Lying, de Ricky Gervais e Matthew Robinson (2009)

Num mundo onde todos dizem a verdade, por mais chocante que seja, Mark Bellison, num acto de desespero, consegue dizer uma mentira, criando assim o conceito da mesma. Com tal 'poder' e apercebendo-se que toda a gente acredita no que diz (já que ninguém sabe o que é mentir), Mark começa a usar isso para melhorar a sua vida e as dos outros.
Escrito e realizado por Ricky Gervais e Matthew Robinson, The Invention of Lying é um filme que acaba por dividir-se em dois: a primeira parte é comédia, com uma premissa interessante e que dá bons frutos; a segunda parte é um drama com algumas pitadas de comédia, onde a história acaba por ser levada a certos locais algo estranhos (temos, por exemplo, a estranha criação da ideia de religião!). E é neste ponto que o filme perde: com uma ideia interessante e que começa bem, o filme muda radicalmente na segunda parte, perdendo o rótulo de comédia e ficando algo mais sério (no entanto, podemos dizer que Gervais não se sai nada mal no campo dramático!). Apesar disso, acaba por ser um filme ligeiro, com algns momentos divertidos e com boas prestações dos comediantes envolvidos (temos Gervais, Jonah Hill e Tina Fey num papel curto). Rob Lowe é o vilão de serviço e não está mal e Jennifer Garner é o suposto par romântico de Gervais (e aqui está igual aos seus outros filmes românticos). Temos ainda uns cameos interessantes e bem conseguidos (Phillip Seymour Hoffman e Edward Norton são os dois exemplos mais claros).
The Invention of Lying é um filme interessante com uma ideia apelativa. No entanto, ficamos com a sensação que podia ter ido mais longe e ser mais arriscado e divertido, especialmente com a premissa aqui criada. Acaba por ser uma oportunidade perdida mas um filme interessante de descobrir.
Agora falta chegar até nós Cemetery Junction, o coming-of-age drama escrito por Gervais e Stephen Merchant (que aqui também participa), os criadores de The Office e Extras, com Ralph Fiennes e Gervais em papel secundário. E as críticas têm sido boas!

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