terça-feira, 20 de julho de 2010

Retrospectiva Christopher Nolan #3

Hoje continuamos com a retrospectiva dedicada a Christopher Nolan com Insomnia, a terceira longa-metragem do realizador (e logo depois, Batman Begins, no post seguinte).

Will Dormer, um detective de Los Angeles, vai, na companhia do seu colega, ajudar na investigação dum caso de assassinato no Alaska, num local onde a noite permanece tão clara como o dia.
Depois de se depararem com uma pista importante para a resolução do caso, conseguem cercar o local onde poderão encontrar o assassino. No entanto, as coisas correm mal e Will, inesperadamente, dispara sobre o seu parceiro, matando-o. Com a ameaça da investigação dos Assuntos Internos no departamento de Los Angeles e com o seu colega a afirmar que vai fazer um acordo, Will, atormentado pela insónia dos dias sem noite da pequena cidade, fica na dúvida se matou o colega por acidente ou propositadamente. E é aqui que surge o assassino, que viu tudo e que é culpado pela morte do polícia.
Al Pacino é o protagonista de Insomnia, um thriller que é um remake do filme sueco do mesmo nome (que ainda não vimos). Ao lado de Pacino encontramos Hillary Swank e Robin Williams, no papel improvável do assassino. E neste campo dos actores, estamos muito bem servidos. Swank está em forma, Williams é, surpreendentemente (e como o fora em One Hour Photo), um excelente vilão e Pacino percorre caminhos nunca caminhados na sua carreira, com uma interpretação dum homem atormentado e obcecado (algo vulgar no cinema de Nolan) e apresenta-nos uma interpretação fabulosa (aliás, Insomnia é o último filme bom de Pacino!).
O argumento, apesar de não ser original, está bem estruturado e segue uma narrativa clássica, conseguindo proporcionar excelentes momentos dramáticos e de tensão. Quanto à realização de Nolan, aqui num terreno mais vulgar que Memento, é um trabalho sólido e seguro com uma boa direcção dos actores e um ritmo apropriado ao filme.
Insomnia é um dos trabalhos (senão o) mais vulgares de Nolan. No entanto, mesmo com um material pouco original mas bem estruturado e escrito, o realizador consegue criar aquele que é um dos melhores thrillers da década passada e um dos melhores trabalhos de Al Pacino. Um thriller obrigatório e de grande qualidade.

A seguir:
Batman Begins

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostava de ver o original que dizem que é bem bom.