A história até é simples: um homem milionário (e ingénuo, revelando ser uma criança grande) cria um parque temático, onde a principal atracção são dinossauros, os tais seres extintos à milhões de anos. Isto é possível através dos milhares da ciência e da clonagem. Mas algo corre de errado quando um dos membros do parque decide sabotar o sistema informático para seu próprio lucro.
Jurassic Park é uma análise ao avanço da ciência e do seu contraste contra a natureza: neste caso, a ciência consegue trazer de volta criaturas que a natureza extinguiu no passado e o homem, com a sua ciência, pensa que consegue controlar tais seres. Mas a natureza de tais criaturas é mais forte que a ciência: como uma das personagens (Ian Malcolm, interpretada por Jeff Goldblum) diz: Life finds a way. E mesmo com os avanços da ciência, o Homem consegue sempre ser o destrudor de tais avanços (neste caso, o exemplo é o de Wayne Knight, o empregado que sabota o sistema por ganância). E esta análise é disfarçada de entretetimento para o grande público, algo que o realizador, Steven Spielberg, domina muitissimo bem.
Spielberg cria aqui um filme de aventura muito bem conseguido, sendo mais eficaz que muitos exemplos recentes, com uma realização exemplar e uma criatividade para dar e vender. Tudo acompanhado por bom leque de actores (onde se destacam Sam Neill, Laura Dern, Jeff Goldblum, Richard Attenbourgh, Samuel L. Jackson e Wayne Knight), efeitos especiais fantásticos (é de notar como estes ainda são extremamente realistas, com a mistura de CGI, aqui na sua époce revolucionária após Terminator 2, e de anomatrónica) e uma extraordinária e muito conhecida banda sonora assinada pelo cúmplice de Spielberg: John Williams.
Jurassic Park é um dos grandes filmes de aventura da década de 90 e um exemplo sobre como se deve fazer um filme deste género. E consegue criar mais arrepios que muito do que se faz hoje em dia. Prova de que temos um mestre em acção.
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