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New York, New York é ambientado no mundo nova iorquino do Jazz, na década de 40 e 50, após a vitória dos americanos sobre o Japão. De Niro é um soldado regressado da guerra que deseja entrar no mundo do Jazz. Pelo caminho encontra Lizza Minneli (num dos maiores e mais engraçados engates do cinema), uma cantora que faz parte duma banda bastante popular. Juntos iniciam uma jornada pelo mundo do Jazz e a caminho (muito atribulado) dos seus sonhos.
Scorsese filma um romance bastante invulgar (aqui não encontramos os clichés do costume) e acaba por dar-nos uma visão de Nova Iorque mais ligeira que noutras obras suas (a Nova Iorque de gangsters de Gangs of New York, o mundo violento do crime em Goodfellas, a Nova Iorque sombria e solitária de Taxi Driver) e dá-nos um musical luminoso (homenageando o género musical) e mágico mas também um romance impossível e que foge ao vulgar.
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Pelo caminho encontramos uma ambiciosa cena musical
(um filme dentro do filme), que foi originalmente cortado do filme quando estreou, onde acabamos por encontrar um verdadeiro espectáculo de cores, luzes e música (e onde nos dá um resumo do filme e das personagens).
Acrescenta-se a música que se tornou famosa em todo o lado, 'New York, New York', e temos mais um grande filme de Scorsese e um dos mais ligeiros da sua carreira. Mas também um dos mais belos (temos aqui uns planos totalmente sublimes, como o par a dançar sob a luz do candeeiro, com a sombra do comboio sobre eles e De Niro a observá-los atentamente).
Mais um clássico.
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