New York, New York marca a terceira colaboração entre Robert De Niro e Martin Scorsese. Depois de Mean Streets e Taxi Driver, o próximo projecto seria algo mais leve.
New York, New York é ambientado no mundo nova iorquino do Jazz, na década de 40 e 50, após a vitória dos americanos sobre o Japão. De Niro é um soldado regressado da guerra que deseja entrar no mundo do Jazz. Pelo caminho encontra Lizza Minneli (num dos maiores e mais engraçados engates do cinema), uma cantora que faz parte duma banda bastante popular. Juntos iniciam uma jornada pelo mundo do Jazz e a caminho (muito atribulado) dos seus sonhos.
Scorsese filma um romance bastante invulgar (aqui não encontramos os clichés do costume) e acaba por dar-nos uma visão de Nova Iorque mais ligeira que noutras obras suas (a Nova Iorque de gangsters de Gangs of New York, o mundo violento do crime em Goodfellas, a Nova Iorque sombria e solitária de Taxi Driver) e dá-nos um musical luminoso (homenageando o género musical) e mágico mas também um romance impossível e que foge ao vulgar.
Pelo caminho encontramos uma ambiciosa cena musical
(um filme dentro do filme), que foi originalmente cortado do filme quando estreou, onde acabamos por encontrar um verdadeiro espectáculo de cores, luzes e música (e onde nos dá um resumo do filme e das personagens).
Acrescenta-se a música que se tornou famosa em todo o lado, 'New York, New York', e temos mais um grande filme de Scorsese e um dos mais ligeiros da sua carreira. Mas também um dos mais belos (temos aqui uns planos totalmente sublimes, como o par a dançar sob a luz do candeeiro, com a sombra do comboio sobre eles e De Niro a observá-los atentamente).
Mais um clássico.
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