Ronin é um thriller à antiga, sendo realizado por um veterano, o já falecido John Frankenheimer (realizador de The Manchuian Candidate, o original, por exemplo). No elenco temos Robert De Niro, Jean Reno, Natasha McElhone, Stellan Skarsgard, Sean Bean e Jonathan Pryce e o argumento é co-escrito por David Mamet (assinando com o nome Richard Weisz), dando assim os vulgares diálogos extraordinários presentes nas obras do dramaturgo/ argumentista/ encenador/ realizador. O argumento é complexo (trata-se duma intriga internacional que envolve criminosos irlandeses e a mafia russa, tendo pano de fundo França e tendo personagens americanas, francesas, russas e irlandesas) e inteligente, recheado de reviravoltas que deixam o especatador sempre preso ao filme. Quanto às cenas de acção, estão muito bem executadas (Frankenheimer sempre teve jeito para a coisa) e as perseguiçõe são das melhores vistas num filme da década de 90 (e não só), recheadas de adrenalina. A realização de Frankheimer é segura e bem conseguida. Quanto ao elenco, com um realizador como Frankenheimer e um argumento co-escrito por Mamet, estão todos em excelente forma.
Ronin é um grande thriller, com um enredo inteligente e com algumas das melhores perseguições de carros alguma vez filmadas. E, lamentávelmente, a penúltima longa-metragem de Frankenheimer (a última seria o mediano Reindeer Games, com Ben Afflck, Charlize Theron e Gary Sinise e os seus últimos trabalhos foram uma curta-metragem produzida para a BMW dentro da série de curtasThe Hire protagonizadas por Clive Owen e o telefilme Path to War). Ronin foi assim o seu último grande filme. E que filme!
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