sábado, 24 de julho de 2010

Event Horizon, de Paul W.S. Anderson (1997)

Depois duma nave perder-se no imenso espaço, uma pequena tripulação é enviada para a encontrar, juntamente com o criador da dita nave: Event Horizon. Após a descoberta da grandiosa nave espacial, a tripulação embarca na mesma e rapidamente descobre que algo estranho se passou e que as suas vidas estão agora em risco.
Paul W.S. Anderson (Mortal Kombat; Alien Vs. Predator; Death Race; Resident Evil) realiza este filme de F.C. e Terror e dirige bons actores com Laurence Fishburne e Sam Neill. O filme apresenta uma ideia interessante e cativante, com um bom mistério, algo claustrofóbico de início, e sempre com um bom ritmo. O filme consegue agarrar minimamente o espectador de forma que este quer saber o que se passa na nave. No entanto, os momentos interessantes decorrem na primeira hora de filme. Na meia-hora final, o filme descamba de forma irracional e deita a perder todos os trunfos que até aqui tinha ganho. O filme entra numa espiral de acção e gore, totalmente descabidos, e até os actores, que até aqui estavam bem, acabam por dar prestações miseráveis. Paul W.S. Anderson teve oportunidade de mostrar que podia ser um realizador que começava a dar umas boas cartadas no cinema (esta era a sua segunda longa-metragem, depois de Mortal Kombat) e perde a sua oportunidade quando decide envergar pela acção, pelas explosões e pela comédia ridícula e totalmente desconexada do ambiente criado anteriormente (a cena do rapaz perdido no espaço e que decide encontrar forma de voltar à nave, enquanto tem um monólogo em pleno espaço é triste!).
Event Horizon começa por ser um filme razoável e interessante mas, devido às más decisões dum realizador medíocre, o filme perde todo o sentido e deixa de ser um bom thriller para passar a ser uma mescla de violência e acção, que nada favorecem o filme. É pena o filme não ter ido parar às mãos dum realizador mais competente. Seria, de certo, algo mais interessante e bem conseguido.

2 comentários:

Anónimo disse...

Acho que acaba por ser o filme mais bem conseguido do Paul Anderson, o que não é muito difícil porque o resto também deixa muito a desejar.

Pelo menos quando o vi (há bastante tempo) até gostei, mas na altura gostava de tudo :p

The movie_man disse...

Eu diria também que é o filme mais bem sucedido dele. E sim, não é dizer muito.

Quanto o vi (na velhinha VHS, quando saiu para aluguer nesse formato), lembro-me de não achar um mau filme mas não gostar mesmo mas mesmo nada da última meia hora. Parece que não mudei nesse aspecto.

A primeira hora está bem conseguida. O resto, perde-se completamente.

Acabei de ver o The Fourth Kind (sim, o standee da Milla Jovovich que está nos cinemas) e depois comento. É um filme... estranho.