segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Orphan, de Jaume Collet-Serra (2009)

Um casal decide adoptar uma jovem menina, de nacionalidade russa. Depois de terem ultrapassado problemas pessoais, a família (o casal mais duas crianças) vão fazer de tudo para não pensarem no passado e fazer com que Esther, a menina adoptada, consiga integrar-se. No entanto, com o passar do tempo, descobrem que Esther não é uma rapariga vulgar... nem inofensiva.
De Jaume Collet-Serra (realizador do péssimo remake de House of Wax) chega-nos este Orphan, mais um filme sobre uma criança maléfica. Como protagonistas temos Vera Farmiga, Peter Sarsgaard e a surpreendente Isabelle Fuhrman como Esther.
Apesar da premissa mais que batida, Orphan revela-se uma surpresa provando que, por vezes, conseguimos encontrar filmes de terror americanos competentes. Vera Farmiga rouba o filme em todas as cenas em que entra, juntamente com Isabelle Fuhrman, uma excelente revelação. O secundário Peter Sarsgaard também tem uma interpretação notável e a realização de Collet-Serra revela-se competente.
O argumento de Orphan sofre de vários clichés. No entanto, devido à prestação do elenco e ao suspense bem criado pelo realizador, conseguimos ter aqui um filme competente, com uma boa dose de suspense e um twist final, sem ser forçado nem insultuoso mas sim muito bem pensado e aplicado, conseguindo dar mais sentido a cenas anteriores que por vezes poderiam parecer algo ridículas e exageradas. Os defeitos do filme são as cenas dos 'falsos sustos' (cenas desnecessárias) e o 'combate final', que acaba por ser igual a tantos outros e um pequeno balde de água fria, depois duma revelação tão bem apresentada.
Orphan é um bom filme de suspense e um bom thriller psicológico. Uma bela surpresa e um dos melhores filmes americanos de terror estreados entre nós este ano.

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