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Twin Peaks é um produto saído da mente de David Lynch. Tal pode ser comprovado pelo seu excelente episódio piloto, simplesmente um dos melhores trabalhos alguma vez feitos para televisão. No entanto, o resto da série é de uma qualidade invulgar para um produto televisivo e trata-se dum projecto invulgar (à lá Lynch), especialmente para um canal de televisão de canal aberto (CBS), revelando ser um dos projectos mais arriscados e alternativos da televisão.
Podemos dizer que tudo o que vemos e ouvimos na primeira temporada é perfeito. Tratam-se de episódios feitos com um cuidado especial, com diálogos e argumentos fantásticos. O ambiente criado para Twin Peaks é algo de soberbo: sombrio, arrepiante e perturbador: elementos essenciais para a trama da série, trama essa muitíssimo bem tratada e desenvolvida.
As personagens são fantásticas, onde destacamos o grande Dale Cooper (agente do FBI que não faz parte da cidade e, por algum motivo, apaixona-se pela região mais do que os seus habitantes) que forma uma parceria com o sheriff Harry S. Truman.
A segunda temporada começa de forma genial mas acaba por perder-se um pouco, após a resolução de um aspecto importante na trama. Nessa altura, a série arrasta-se, criando situações algo desnecessárias e fazendo com que a série perca o seu ritmo e alguma da sua qualidade inicial. No netanto, tudo é recompensado nos episódios finais, onde destacamos o final, algo que deixa qualquer um sem palavras. Um dos melhores finais de sempre.
Twin Peaks é uma série única, inovadora e de grande influência. Nunca houve uma série como esta e nunca haverá. Escrever um texto sobre a série é difícil, pois caímos no risco de revelarmos demais. Apenas podemos dizer que trata-se duma série de visionamento obrigatório. Várias vezes...
Uma das melhores séries de televisão alguma vez criadas.
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