sábado, 18 de dezembro de 2010

Sessão de Culto # 18/ Retrospectiva F.C. #41

Blade Runner, de Ridley Scott

Baseado no conto de Philip K. Dick, um dos grandes autores de F.C., Ridley Scott realizou esta obra, uma das produções mais complicadas do cinema e que acabou por ser um fracasso nas bilheteiras.
Scott criou um filme de extrema beleza visual e com uma história complexa. No entanto, a Warner vendeu o filme como sendo uma obra de F.C. e Acção, protagonizado por Han Solo e Indiana Jones. O resultado foi um bom dia de estreia e o resto do fim-de-semana desastroso, com o passa-palavra negativo. E depois do mundo ter visto E.T., não queriam ver F.C. tão complexa, negra e claustrofóbica. A crítica também atacou o filme mas houve uma pequena minoria que antevia um futuro risonho para a obra de Scott, defendendo que era um filme avançado para a época e que pudia ser assustadoramente mais real do que as pessoas queriam assumir.
O filme foi redescoberto em VHS e foi o suficiente para que, em 1993, fosse relançado nos cinemas, numa director's cut, com final diferente e sem a narração de Decker, personagem de Harrison Ford. Estes dois aspectos foram forçados na versão original pelos produtores e Scott nunca ficou contente com isso.
Em 2008, estreia a Final Cut, a versão final do filme, constituindo a verdadeira visão de Ridley Scott.
Blade Runner é um dos grandes filmes de F.C. de todos os tempos e de uma extrema importância para o género (e não só...). O impacto da obra na F.C. é ainda hoje visível e é um filme que ficará intemporal e sempre actual. Uma obra genial e um verdadeiro exemplo de F.C. pura e dura. E, novamente, um dos meus filmes favoritos.

Amanhã, Sábado, vamos conhecer outra obra importante da F.C.. É a vez de Terminator, de James Cameron, estreado em 1984.

1 comentário:

A Bola Indígena disse...

E a realização do filme foi uma grande dor de cabeça. Ridley Scott era "Pain in the ass" ! ;)

Cumps