O Movie Wagon deseja aos seus visitantes e comentadores um feliz ano novo de 2011!!!
Passado num futuro onde os geneticamente perfeitos são os que têm mais hipóteses de melhores carreiras, um homem com uma perfeição consegue assumir a identidade de alguém superior, de forma a tentar atingir o seu sonho de viajar ao espaço.
Baseado na curta-metragem francesa La Jetée e escrito por Janet Peoples e David Webb Peoples (este último um dos argumentistas de Blade Runner), Terry Gilliam estreia em 1995 este Twelve Monkeys, um filme com grande orçamento que não tem nada de comercial.
Um arquitecto vai apanhar um avião para Los Angeles a tempo de estar com a seua esposa, na altura do nascimento do seu primeiro filho. No entanto, no avião, encontra certos problemas, muito derivados a um outro passageiro, um aspirante a actor que vai para Hollywood na companhia das cinzas do seu pai. Com uma proibição de voar, Peter (o arquitecto) vai ter de viajar de carro juntamente com Ethan (o aspirante a actor), o seu cão e as cinzas do pai, já que Peter não tem os seus documentos.
1992. James Cameron tinha três filmes aclamados no curriculum e decide voltar ao filme que lhe abriu as portas: Terminator. Volta a recrutar Arnold Scharzenegger (desta vez o bom da fita, já que era agora uma super-estrela) e Linda Hamilton. E, sem ninguém estar à espera, cria uma das melhores sequelas de todos os tempos! (outra vez...)
Com apenas dois filmes, The Terminator e Aliens, James Cameron estava lançado. Mas o seu maior desafio até à altura foi este The Abyss (1989), uma grande produção que teve vários problemas, começando pelo facto de que a maior parte do filme foi filmado na ou debaixo de água. E tal coisa torna sempre uma produção muito complicada. A pressão foi muita, os actores também estavam cansados e a qualidade do filme poderia sofrer com tanta complicação. Mas tal não aconteceu. The Abyss é uma grande história de F.C., uma mensagem ecológica, uma boa aventura aquática, com um bom leque de actores e mais um exemplo da realização sempre segura de Cameron. O único problema do filme foi o facto de não ter sido estrondoso no box-office onde, depois de tanta complicação, esperava-se mais.
Depois do desaire comercial de Big Trouble in Little China, John Carpenter decidiu largar os grandes estúdios e os seus orçamentos e voltou ao cinema independente. Carpenter tinha contrato para mais dois filmes com a Universal e daí surgiram Prince of Darkness, um filme de terror e, no ano seguinte (1988), este They Live, um filme de F.C. e Acção que serve de sátira ao consumismo e à política de Ronald Reagan, o presidente americano da altura. Carpenter acaba por criar uma das mais melhores e mais originais sátiras políticas do cinema. Para além disso, o filme contém uma das mais longas, divertidas e estranhas lutas de sempre, entre Roddy Piper e Keith David.
1986. Depois do êxito de crítica e de público de Alien (1979), a Fox estreia a sequela. Ridley Scott foi trocado por James Cameron, lançado por The Terminator, dois anos antes. E que bela troca! Enquanto que Scott criou um hábil jogo de suspense e claustrofobia, Cameron pega nesses elementos e adiciona a acção de cortar a respiração! O realizador traz-nos assim uma sequela perfeita e totalmente diferente do filme original, enquanto que consegue, ao mesmo tempo, ser um produto fiel ao seu antecessor. Se a obra de Cameron é superior à de Scott? Muitos dizem que sim mas a resposta evidente, na minha opinião, é não. Se não houvesse a obra de Scott, provavelmente este Aliens de Cameron não existiria. E Scott criou o ambiente e universo e Cameron conseguiu expandi-los. São duas obras distintas e de grande qualidade! Aliás, como filme de acção, Aliens é um dos melhores de sempre! E como sequela, é uma das melhores de sempre!
Baseado nas graphic novels de Bryan Lee O'Malley, Edgar Wright (Shaun of the Dead, Hot Fuzz) realiza a sua terceira longa-metragem, um filme que está destinado a objecto de culto.
Remake do filme de 1958 protagonizado por Vincent Price, The Fly é uma das obras mais populares de David Cronenberg (é o seu filme mais rentável no box office) e uma das melhores obras de F.C./Terror dos anos 80.
1985. Steven Spielberg e Robert Zemeckis, saído do êxito Romancing the Stone, estreiam este Back to the Future, mais um filme que usa a temática da viajem no tempo. No entanto, para além de esta componente de F.C., o filme de Zemeckis é também um filme de aventura e comédia, usando várias referências dedicadas ao cinema de F.C. da década de 50 (e não só) e um entretenimento inteligente, mostrando que esta temática pode causar várias confusões e erros narrativos. Zemeckis e Bob Gale (os argumentistas) evitam esses erros, pensam em todos os pequenos pormenores e criam o primeiro capítulo duma trilogia de grande entretenimento e inteligência.
Em 1984, a Universal Pictures começou a publicitar Dune como o evento cinematográfico do ano. A trilogia Star Wars terminara no ano anterior com Return of the Jedi e o êxito foi, novamente, estrondoso. Era preciso encontrar uma nova saga de F.C. de proporções épicas. E aparentemente, adaptar a obra de Frank Herbert ao cinema era a ideia ideal, sendo que tinha bastantes fãs. Para mais, o realizador era David Lynch, realizador que tinha sido bastante aclamado com Eraserhead e The Elephant Man.
Baseado na novela de George Orwell, 1984 conta-nos a história de Winston Smith, um homem cuja tarefa é reescrever a história. O filme passa-se numa sociedade futurista, onde tudo é gravado pelo Big Brother. Winston comete o crime de se apaixonar e tem de lutar pela sua liberdade.
E é em 1984 que o mundo conhece James Cameron! Baseado num sonho que teve, Cameron escreve e realiza a sua primeira obra (sem contar com Piranha 2) e tal esforço dá origem a este The Terminator, um filme de acção e F.C., que envolve viagens no tempo e as várias ramificações que as alterações no passado podem ter.
Baseado no conto de Philip K. Dick, um dos grandes autores de F.C., Ridley Scott realizou esta obra, uma das produções mais complicadas do cinema e que acabou por ser um fracasso nas bilheteiras.
Esta obra de John Carpenter é um remake de The Thing From Another World, um filme que já foi abordado na nossa retrospectiva, e é também uma nova adaptação do conto Who Goes There?. Carpenter, grande fã do filme original, cria um filme espectacular, recheado de tensão, com efeitos especiais ainda hoje realistas, um Kurt Russell fabuloso, um filme político e um dos grandes clássicos de culto do cinema.
Planetas diferentes, galáxias distantes, naves a percorrem o universo inteiro, encontros imediatos... A F.C. explorava tudo isto e mais ainda. Ainda em 1982, a Paramount estreava Star Trek II: The Wrath of Khan e com grande sucesso de crítica e de público (considerado por muitos o melhor filme da saga) e não é que Steven Spielberg volta a ganhar a atenção de todos? Depois de Jaws, Close Encounters of the Third Kind e Raiders of the Lost Arc, Spielberg conquista o mundo uma vez mais com este E.T., uma história de amizade entre um jovem rapaz e um extra-terrestre amigável, que deseja encontrar o caminho para casa.
TRON estreia em 1982. A Disney lança uma forte campanha publicitária dedicada ao filme e aposta bastante no filme, tendo em conta que a F.C. está em alta e que o filme passa-se num video jogo, algo muito na moda. Todos os miúdos jogavam alguma coisa e este era o filme para eles. Aliás, o próprio filme é escrito para eles! Já para não dizer que tem Jeff Bridges como protagonista, alguém que estava a dar cartas muito fortes no cinema. O resultado foi um flop nas bilheteiras. Não foi algo desastroso mas não era o que a Disney esperava, de todo.
1980. O início de mais uma década que mudaria o mundo! O negócio da música começa a deixar o Disco para trás, os instrumentos electrónicos começam a ganhar força, a Guerra Fria está cada vez mais forte e a moda começa a ser totalmente revolucionada. E onde está o cinema? Também a reinventar-se. E a F.C.? Também. Mas para já, logo a abrir a década tão revolucionária em todos os aspectos, temos a sequela de Star Wars, The Empire Strikes Back.
Ainda em 1979, vindo da Austrália, estreia este Mad Max, o filme que lançou Mel Gibson para o estrelato.
No ano em que Alien e Star Trek estreiam nas salas americanas, Andrey Tarkovskiy regressa à F.C. com este Stalker, uma obra-prima brilhante, um filme poético e extremamente bem realizado pelo cineasta russo. Stalker passa-se num local guardado com arame farpado e soldados, onde um homem com poderes mentais, um Stalker, decide levar um grupo de pessoas para fora da Zone, onde estão, para o Room, onde as esperanças de cada pessoa tornam-se realidade.
Estamos em 1979. O sucesso da obra de George Lucas afecta o cinema por inteiro e também a F.C., sendo que este é agora um género muito popular. Os estúdios continuam a apostar forte no género, chegando a misturá-lo com outros géneros.
Depois do enorme êxito de Star Wars, a Paramount olhou com outros olhos para a série Star Trek e para o seguimento de culto que ganhou depois de ter sido cancelada. Com a F.C. novamente rentável e com vários filmes a serem produzidos e a estrearem no cinema, todos com aspectos muito semelhantes a Star Wars (Starcrash, uma space opera com David Hasselhoff e Christopher Plummer, por exemplo) e séries de televisão a conquistarem novos fãs (novamente Battlestar Galactica é um exemplo óbvio), o estúdio decidiu pegar em Robert Wise (The Sound of Music) e dar o sonho de Gene Rodberry em ter um filme baseado na série de televisão que tinha criado. E em 1979 temos assim a estreia de Star Trek nos cinemas.
Com o êxito esmagador de Star Wars, o caminho estava aberto para filmes com temáticas mais fantásticas, ao contrário da maior parte do cinema americano que enchia salas durante os anos 70, filmes crus, realistas e violentos.
No mesmo ano do mega êxito de Star Wars, Steven Spielberg, amigo de George Lucas, estreia esta obra de F.C. que acaba por ser mais uma incursão dentro do cinema dedicado a extra-terrestres. Desta feita, temos aqui a explicação do que é um encontro imediato de terceiro grau, com uma visão algo ligeira e divertida dedicada ao tema. Richard Dreyfuss trabalha novamente com Spielberg, depois de Jaws e temos aqui um clássico do género que ainda hoje é várias vezes referenciado (Toy Story 3, por exemplo).
Aaron Green, funcionário duma grande empresa discográfica, tem de ir a Londres buscar Aldous Snow, uma super estrela do rock internacional. Depois de algumas atribulações, Green e Snow chegam aos Estados Unidos e estão numa corrida contra o tempo, já que Snow tem de dar espectáculo no famoso Greek Theatre, em Los Angeles. No entanto, a estrela da música, apreciador de drogas e uma pessoa difícil, vai dificultar a vida a Aaron.
Já vamos em 30 filmes nesta nossa retrospectiva. E para marcar essa marca, apresentamos o histórico Star Wars, o filme que marcou tanto o género como a indústria cinematográfica para sempre!
Numa altura em que a F.C. nos Estados Unidos estava na mó de baixo, no Reino Unido o aspecto não era tão negro. A televisão britânica tinha, desde os anos 60, a série Doctor Who, que ainda hoje é produzida apesar de várias incarnações, e em 1976 surge este The Man Who Fell To Earth, protagonizado pelo Deus da música David Bowie. Bowie já tinha uma incursão pelo género com Ziggy Stardust e com algumas das letras das suas músicas e, apesar de inicialmente ser um papel destinado a Peter O'Toole, Bowie acabou por ser a pessoa perfeita para o filme, uma obra sobre um extra-terrestre que aterra na Terra.
E aqui está a primeira metade do épico final da saga Harry Potter, uma das mais sucedidas de todos os tempos.
The Social Network conta-nos a história da criação da rede social Facebook e os vários problemas que teve. David Fincher aproveita para pegar nessa ideia e criar um conto actual sobre busca de poder, reconhecimento e sucesso, custe o que custar. E com estes pequenos e simples ingredientes, consegue acertar onde, aparentemente, a sequela de Wall Street falhou (aparentemente, porque apenas vi bocados mas não filme todo para o julgar).
1975. Ano de estreia de Rollerball, um dos primeiros filmes que mistura, de forma hábil, desporto com F.C.. Protagonizado por James Cann, actor muito rentável nas bilheteiras, o filme foi um êxito de crítica e de público, dando origem a um pobre remake em 2002, pelas mãos de John McTiernan.
Em 1974, um jovem realizador estreou a sua primeira longa-metragem. Com um orçamento minúsculo, John Carpenter apresenta ao mundo Dark Star, um filme que era para ser apenas um filmes de estudante. Dan O'Bannon, que mais tarde escreveria Alien, é o co-autor desta comédia de F.C., bem como um dos actores.
1973. Os Estados Unidos estão em guerra com o Vietnam, os hippies estão em força, um dos grandes lemas mundiais é 'Fazer amor, não guerra', as drogas estão a ganhar terreno. O mundo está a mudar drasticamente a nível de pensamento, de evolução e de cultura. E isso nota-se no cinema. O aspecto colorido e bonito dos filmes começa a ser trocado pelo realismo e violência de certas obras, algo que começou a ser evidente no final da década de 60, com obras como Easy Rider, e no início da década de 70, com filmes como The Godfather. O cinema estava a mudar, tal como o mundo à sua volta. Devido a tais mudanças, o público começou a dirigir-se para obras mais escuras, menos alegres. E isso foi bom e mau para a F.C..
Em 1972, na Rússia, estreava este Solaris, do cineasta Andrey Tarkovskyi, um cineasta bastante aclamado pelas seus filmes de grande qualidade. Desta vez, o realizador enverga pela F.C. e cria um dos filmes mais importantes do género. Um filme calmo, com um cuidado especial pelos enquadramentos e que resulta numa obra muito boa. O filme daria origem a um remake, realizado por Steven Soderbergh, produzido por James Cameron e protagonizado por George Clooney. O filme estreou em 2002 e infelizmente foi publicitado da forma errada, quando a Fox verificou que poderia (e teve) ter um flop nas mãos: em vez de publicitar o filme como sendo um remake de um dos maiores filmes de F.C., publicitou o filme como sendo onde Clooney mostrava... o rabo! O filme foi um flop mas é um filme algo subvalorizado, sendo uma boa obra intimista e com Clooney em grande forma.
2001 - A Space Odysey foi uma das grandes influências para a F.C. da década de 70. Prova disso é este Silent Running, um filme que tem uma forte mensagem ecológica enquanto consegue enquadrar-se perfeitamente na F.C. típica da década em questão.

Dois anos depois de 2001 - A Space Odyssey, Kubrick volta a terreno de F.C. com este A Clockwork Orange, um dos filmes mais polémicos de sempre, tendo sido banido do Reino Unido, por exemplo.
Numa altura em que Star Trek encantava os mais jovens na televisão, embora as audiências não fossem as melhores e ditassem o fim da série em 1969 (tendo começado em 1966), o cinema decidiu aventurar-se pelo espaço também. E foi pelas mãos do mestre Stanley Kubrick que escreveu juntamente com Arthur C. Clarke, este 2001 - A Space Odyssey, baseado num conto de Clarke.