quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Retrospectiva F.C. #4

The Thing From Another World, de Christian Nyby e Howard Hawks (não cerditado)
No mesmo ano que estreou The Day The Earth Stood Still, estreou também este clássico da F.C.. Baseado no pequeno conto de John W. Campbell Jr., "Who Goes There?", esta obra de Ficção tem elementos de Terror pelo meio. Temos aqui a história dum pequeno grupo de cientistas americanos que estão a fazer trabalho de pesquisa num local remoto, juntamente com limitares americanos. No entanto, após descobrirem uma nave enterrada no gelo, ambas as equipas deparam-se com um ser desconhecido e perigoso.
The Thing From Another World foi, tal como a obra de Robert Wise, um êxito de bilheteira e um dos impulsionadores para o género de F.C. que explodiu nessa década. Os estúdios continuavam a apostar nos géneros antigos (Westerns, Policiais, Guerra, etc.) enquanto produções pequenas e extremamente baratas eram criadas e exibidas nos míticos drive-ins, onde os jovens conheciam tais filmes e tornavam-se grandes fãs.
Eventualmente, Hollywood começou a aperceber-se que estava a acontecer uma grande mudança: as suas maiores estrelas de cinema estavam a ficar velhas e menos rentáveis face a um público mais jovem com desejo de algo diferente. E foi nesse aspecto que géneros como a Ficção Científica e o Terror triunfaram. Filmes baratos que eram feitos em grandes quantidades, sem estrelas e com ideias e críticas actuais. As ideias eram vastas, devido ao medo nuclear, a Guerra Fria, o caso de Roswell em 1947, que criou uma curiosidade enorme sobre tudo o que tinha a ver com extra-terrestres e afins. Tudo servia de pretexto para se fazer um filme de F.C., especialmente quando se podia misturar com Terror.
E é nesta década que iremos encotrar alguns dos filmes mais influentes e conhecidos do género.

Próximo filme:
War of the Worlds (1953)

1 comentário:

Sam disse...

Outra obra fenomenal, talvez um dos primeiros exemplos de terror e ficção científica distribuídos em doses equilibradas mas generosas.

Só o vi uma vez e na TV, mas a (boa) impressão que me deixou permaneceu até aos dias de hoje.

Abraço.

P.S.: esta retrospectiva está a ser fantástica.