sábado, 27 de novembro de 2010

Sessão de Culto # 15/ Retrospectiva F.C. #20

2001 - A Space Odyssey, de Stanley Kubrick

Numa altura em que Star Trek encantava os mais jovens na televisão, embora as audiências não fossem as melhores e ditassem o fim da série em 1969 (tendo começado em 1966), o cinema decidiu aventurar-se pelo espaço também. E foi pelas mãos do mestre Stanley Kubrick que escreveu juntamente com Arthur C. Clarke, este 2001 - A Space Odyssey, baseado num conto de Clarke.
O filme tem início na pré-história, quando o homem das cavernas descobre um monólito negro de origem desconhecida. Este monólito é descoberto novamente milhões de anos mais tarde e é o que nos leva a esta autêntica odisseia pelo espaço.
Kubrick cria um filme de poucos diálogos, onde a imagem conta a história, sempre acompanhado de música clássica. E Kubrick consegue dar um forte poder visual ao filme, algo típico nos seus filmes. As mensagens da obra não são fáceis de descobrir mas a ideia é mesmo não perceber o filme totalmente. Aliás, o próprio Arthur C. Clarke admitiu que se as pessoas percebessem 2001, então tinham falhado redondamente. A obra de Kubrick serve para colocar perguntas e discutir as mesmas.
2001 - A Space Odyssey foi uma forte aposta da MGM. Foi um dos poucos filmes a ostentar o novo logótipo azul do estúdio, foi um dos filmes de F.C. mais rentáveis da altura, numa época em que o género estava na miséria, com excepção de alguns casos. A obra de Kubrick podia ter ressuscitado o género mas, apesar de ser um dos mais rentáveis da altura, não foi um grande êxito de bilheteira e a crítica e púbico não o receberam de braços abertos, tendo sido um filme descoberto com o passar dos anos e, assim, ganhar o estatuto que hoje tem, merecidamente.
Depois do filme de Kubrick, a F.C. continuou a ser um género rentável e Kubrick mostrou que também era um género pouco percebido pelo grande público. Mas a incursão de Kubrick pelo género não havia terminado.

De seguida, vamos para a década de 70, com o primeiro filme choque da década (e houve muitos!): A Clockwork Orange, novamente com Kubrick a mexer na F.C. mas de forma ousada e extremamente polémica.

1 comentário:

Sam disse...

O filme da minha vida, que nunca perdeu nenhum do seu vigor e impacto junto dos espectadores das gerações posteriores.

Abraço.