terça-feira, 25 de agosto de 2009

17 Again, de Burr Steers (2009)

Mike O'Donnell tem 37 anos, está à beira de um divórcio, tem uma péssima relação com os seus filhos e perdeu (novamente) a promoção no seu trabalho. Mike está deprimido com a vida e julga que a desperdiçou, devido a uma má escolha feita quando tinha 17 anos. Neste momento, deseja que tivesse uma segunda oportunidade. E, sem saber vai tê-la quando, após um bizarro acidente, chega a casa e repara que tem... 17 anos de novo. Mike pode agora tentar viver o seu sonho (ser jogador de basketball) ou ver que ainda pode salvar o que resta da sua família.
17 Again é nada mais, nada menos que um veículo para Zac Efron, a maior estrela da franchise da Disney High School Musical. No entanto, está aqui uma boa jogada (que a namorada de Efron não aproveitou, tendo agora estreado Bandslam, uma comédia adolescente sobre bandas, que encaixa bem no estilo High School Musical e que teve resultados abismais nas bilheteiras), já que Efron tenta perder a imagem de menino bonito para as adolescentes e tenta mostrar alguma maturidade e, surpreendentemente, talento. E, quando menos se esperava, é exactamente isso que acontece. Efron tem de representar um adulto preso no corpo de adolescente (e por vezes, tem maneirismos da sua versão adulta, interpretada pelo bem recuperado Matthew Perry, o grande Chandler de Friends) e convence-nos perfeitamente, mostrando que o jovem actor poderá ter um grande futuro na representação (o seu próximo projecto é Me and Orson Welles, um drama realizado pelo prestigiado Richard Linklater). DE resto, Efron está bem acompanhado por Perry (sempre um prazer ver este ex-Friend), Leslie Mann (aqui afastada das comédias do seu marido, Judd Apatow)e Thomas Lennon (protagonista e criador da série de comédia Reno 911!, inédita entre nós), o 'geek' de serviço, grande fã de sagas de F.C. e fantasia como Star Wars e The Lord of the Rings. A nível de argumento e realização, temos o que seria de esperar: algo banal e sem surpresas, o suficiente para passar uma boa hora e meia com um entretenimento competente. O grande trunfo nesta obra é mesmo o elenco envolvido, que está bastante convincente, e o facto de que esta não se trata duma comédia de adolescentes tão vulgar e sem alma como as outras que inundam o mercado, tendo coração, divertimento e sendo algo mais adulto do que seria de esperar.

O melhor: Não ser infantil e incompetente como as outras comédias do género e o elenco, especialmente Matthew Perry e a surpresa Zac Efron, dando bastantes promessas para o futuro.

O pior: O facto de ser visto como mais uma comédia de adolescentes, quando assim não o é.

Sem comentários: