quinta-feira, 27 de agosto de 2009

E o filme de hoje é...

Comando, de Mark L. Lester (1985)
Porque também temos o direito de possuir uns 'Guilty Pleasures' (e nós temos muitos!), aqui vai um dos verdadeiros clássicos do cinema de acção da década de 80 (já não se fazem filmes de acção assim), na altura de Reagan como presidente, onde não havia piedade e podia abusar-se da violência.

IMDB

Trailer:


Comentário:
John Matrix (Arnold Schwarzenegger) é um ex-comando que vive agora com a sua filha. Quando os seus antigos colegas estão a ser mortos um a um, Matrix é avisado e colocado sob guarda militar. No entanto, os seus inimigos alcançam-no e raptam a sua filha, em troca de algo que Matrix terá que fazer.
Commando é um puro filme de acção da década de 80: despretensioso, nunca quer ser mais do que é (acção onde não há lugar para racionalidade), nunca leva-se a sério (algo que acaba por ser uma valia para o filme), recheado de acção e com os tipícos 'one-liners', tão vulgares nesta altura. Por outras palavras, o filme é um produto dessa década, um filme de acção como hoje já não se faria. O filme serve também de veículo para Schwarzenegger, saído do êxito de The Terminator, onde o actor mostra os seus dotes como herói de acção impiedoso. O argumento, como seria de esperar, é totalmente espalhafatoso, com inúmeras falhas e diálogos ridículos e situações hilariantes e sem nexo. Quanto à realização de Mark L. Lester, é uma realização pobre, recheada de falhas (continuidade é quase uma palavra desconhecida neste filme) e que serve o seu propósito: fazer um filme de acção desmiolado.
Commando é um filme da era de Ronald Reagan, um filme de acção imparável e que, visto hoje em dia, é um produto de algum entretenimento (e temos de admitir que acaba por ser uma boa comédia), cheio de tiros, mortes violentas, 'one-liners' hilariantes (Let off some steam, Bennet) e músculos de Schwarzenegger para dar e vender. E é um filme que marcou o cinema de acção dos saudosos anos 80.

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