sexta-feira, 31 de outubro de 2008
the Thin Red Line, de Terrence Malick (1998)
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Assault on Precinct 13, de John Carpenter (1976)
Assault on Precinct 13 é o primeiro trabalho totalmente profissional de John Carpenter (Dark Star era um filme totalmente experimental e também o resultado dum filme para o curso de realização da universidade que frequentava) e aqui começamos a ver algumas imagens de marca do cinema do realizador: as personagens castiças com diálogos fantásticos (Darwin Joston tornou-se uma figura de culto com o seu Napoleon Bishop e a sua famosa pergunta: Got a smoke?), sendo elas anti-heróis pois são forçados a lutar pela sua sobrevivência e a dos que os rodeiam, a música composta por carpenter (aqui com um tema simplesmente fabuloso e inesquecível), a acção bem realizada, a montagem rápida e a direcção de actores fenomenal.
Assault on Precinct 13 é basicamente um Western passado nos subúrbios durante a década de 70 e assumindo-se como uma homenagem a Rio Bravo, de Howard Hawks (um dos filmes fafvoritos de Carpenter de um dos seus realizadores favoritos). O filme é violenta (contém a cena mais violenta filmada por Carpenter, segundo o realizador e é, de facto, uma das cenas mais violentas, brutais e inesperadas que já vi). A personagem de Bishop acabaria por ser um começo para futuras personagens desenvolvidas por Carpenter, mais nomeadamente a de Snake Plissken, de Escape From New York.
Assault on Precinct 13 é simplesmente um dos melhores thrillers alguma vez feitos, sem dúvida.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0074156/
Trailer:
Nota: Já tinha aqui falado desta obra de Carpenter. No entanto, decide escrever uma nova opinião sobre o filme após tê-lo visto hoje na Cinemateca Portuguesa, onde está a decorrer o ciclo dedicado a John Carpenter, que teve início na Sexta-Feira, dia 24b de Outubro, com Halloween. O ciclo segue a obra completa do cineasta, por ordem cronológica (trabalhos para televisão incluídos) e prolonga-se até Novembro. Um grande ciclo dum grande cineasta. Assault on Precinct 13 é a segunda longa-metragem de Carpenter e vai ser novamente exibida na Cinemateca esta semana, dia 31 (Sexta-Feira), às 22 horas. Ainda esta semana, temos o raríssimo Elvis (feito para televisão e tendo sido exibido em cinema em vários países, marcando a primeira colaboração entre Carpenter e Kurt Russell), The Fog e Escape From New York. Estejam atentos e não percam esta oportunidade única de (re)descobrir estas on«bras fantásticas numa sala de cinema.
The French Connection - Part II, de John Frankenheimer (1975)
William Friedkin não regressou à realização desta sequela, dando assim lugar ao muito eficaz John Frankenheimer. No entanto, The French Connection - Part II é um filme inferior ao seu antecessor. Onde o primeiro se destacava como um policial original e bastante superior, esta sequela acaba por ser um thriller mais vulgar, apesar de ser um filme bastante bom. Gene Hackman regressa como Popeye Doyle mas o actor estava mais 'explosivo' no primeiro filme. Ainda assim, consegue uma boa interpretação. Fernado Rey regressa como o vilão de serviço, estando aqui bastante apagado. De fora ficou Roy Scheider (talvez por estar ocupado com as filmagens de Jaws, lançado também em 1975). Frankenheimer dá-nos uma boa realização, não tentando imitar Friedkin e adaptando a sequela ao seu estilo de filmar.
Apesar de não ser tão original e provocador como a primeira, The French Connection é um bom policial, sendo bastante competente e envolvente, apesar de bastante inferior à obra de Friedkin. Um filme a ver.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0073018/
Trailer:
terça-feira, 28 de outubro de 2008
The Frebch Connection, de William Friedkin (1971)
Realizado em 1971, The Frech Connection baseia-se numa história verídica e é um marco do cinema dos anos 70.
Gene Hackman é o protagoista e foi o vencedor do Óscar de Melhor Actor pelo seu papel de Popeye Doyle, uma personagem inspirada num polícia real. Ao seu lado está Roy Scheider (falecido este ano) e na realização está William Friedkin, aqui com o seu primeiro grande êxito (depois deste viria The Exorcist).
Tendo um aspecto realista e, por vezes, sendo filmado em forma de documentário (algo novo na época), The French Connection é um filme duro e crú e directo ao assunto. Friedkin tem aqui um dos momentos altos da sua carreira, com uma excelente realização e um grande leque de actores, brilhantemente liderados por Hackman, Scheider e Fernado Rey, o vilão de serviço. Pelo caminho, encontramos aquela que é uma das melhores perseguições de carro da história do cinema.
Do êxito (comercial e de critíca) surgiu uma série de televisão e uma sequela, em 1975, realizada por John Frankenheim.
The Frenh Connection é um clássico do cinema e um dos melhores policiais americanos de sempre.
Cá vos deixo o poster que contém uma imagem que ficou bastante conhecida.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0067116/
Trailer:
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Ronin, de John Frankenheimer (1998)
domingo, 26 de outubro de 2008
Novo look
sábado, 25 de outubro de 2008
Escape From Alcatraz, de Don Siegel (1979)
Gran Torino, de Clint Eastwood (2008) - Trailer
Gran Torino, de Clint Eastwood (2008) - Poster
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Conan The Barbarian, de John Milius (1982)
terça-feira, 21 de outubro de 2008
The Breakfast Club, de John Hughes (1985)
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Eagle Eye, de D.J. Caruso (2008)
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Three Days of the Condor, de Sydney Pollack (1975)
Max Payne, de John Moore (2008)
sábado, 11 de outubro de 2008
Jurassic Park, de Steven Spielberg (1993)
Punisher: War Zone, de Lexi Alexander (2008) - Novo poster
Lexi Alexander traz-nos a personagem da Marvel de volta ao grande ecrã no final deste ano (pelo menos nos Estados Unidos), num filme que marca um novo início para a saga de Frank Castle no cinema (após o fracasso de bilheteira de Punisher, de Jonathan Hensleigh, apesar de não ser tão mau como o muitos o pintam). Perdemos Thomas Jane (na minha opinião, um excelente Frank Castle/ Punisher) e já não temos John Travolta como vilão (um ponto fraco no filme pois Travolta não estava lá muito bem no filme) e ganhamos Ray Stevenson, da série Rome, e talvez um filme bastante competente. Há uns meses atrás coloquei o primeiro teaser do filme, na net já está disponível o segundo trailer (que aqui apresentarei na devida altura) e aqui vos deixo o último poster, lançado esta passada semana.
O novo Punisher, desta vez com Ray Stevenson, de Rome.
Che, de Steven Soderbergh (2008)
Steven Soderbergh volta a colaborar com Benicio Del Toro para um filme sobre a vida de Che Guevarra, o guerrilheiro que se tornou um lenda. O filme foi apresentado no Festival de Cannes deste ano e deu a Del Toro o prémio de melhor interpretação masculina. Com a duração de 4 horas e sem ninguém que se arrisque a distribuir o filme nos Estados Unidos, este parece ser um daqueles casos em que irá estrear pelo mindo fora e só depois nos States. E pelo que parece também, pelo dois posters aqui apresentados, o filme irá ser dividido em duas partes (L'Argentin e Guerila). Cá ficam os posters franceses de Che.
- L'Argentin, primeia parte do épico de Soderbergh: Che
- Guerilla, a segunda parte de Che
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Burn After Reading, de The Coen Brothers (2008)
Burn After reading é uma ode à estupidez humana e às consequências que podem ocorrer devido a tal. Aqui temos chantagem, espionagem, desejo de tratamentos cirúrgicos para uma beleza maior e traição conjugal.
Como disse, o elenco está todo em grande forma, com um John Malkovich hilariamte e totalmente idiota, uma Tilda Swinton egoísta, fria e vingativa, um George Clooney engatatão e paranóico (gozando com a sua imagem de galã), uma Frances McDormnad complexada com os atributos fisícos e não extremamente inteligente (e a verdadeira causa de todos os acontecimentos do filme), um J.K. Simmons (para quem não sabe, o J. Jonah Jameson de Spider-Man) com uma curta mas extremamente hilariante participação (um dos momentos mais cómicos do ano, o momento final, com Simmons) e finalmente um Brad Pitt parvo e pacóvio, que rouba o filme a todos os outros. Pitt apresenta-nos uma interpretação sublime da estupidez, com momentos de comédia de ouro (as tentativas de chantagem por telefone e frente e frente são fantásticas) e consegue pôr um enorme sorriso no nosso rosto cada vez que está em cena.
Uma das melhores comédias do ano: inteligente, adulta e, como diz a frase de promoção: A inteligência é relativa. Mais uma grande comédia dos Coen. E um Brad Pitt excelente.
Trailer:
New York, New York, de Martin Scorsese (1977)
New York, New York é ambientado no mundo nova iorquino do Jazz, na década de 40 e 50, após a vitória dos americanos sobre o Japão. De Niro é um soldado regressado da guerra que deseja entrar no mundo do Jazz. Pelo caminho encontra Lizza Minneli (num dos maiores e mais engraçados engates do cinema), uma cantora que faz parte duma banda bastante popular. Juntos iniciam uma jornada pelo mundo do Jazz e a caminho (muito atribulado) dos seus sonhos.
Scorsese filma um romance bastante invulgar (aqui não encontramos os clichés do costume) e acaba por dar-nos uma visão de Nova Iorque mais ligeira que noutras obras suas (a Nova Iorque de gangsters de Gangs of New York, o mundo violento do crime em Goodfellas, a Nova Iorque sombria e solitária de Taxi Driver) e dá-nos um musical luminoso (homenageando o género musical) e mágico mas também um romance impossível e que foge ao vulgar.
Pelo caminho encontramos uma ambiciosa cena musical
(um filme dentro do filme), que foi originalmente cortado do filme quando estreou, onde acabamos por encontrar um verdadeiro espectáculo de cores, luzes e música (e onde nos dá um resumo do filme e das personagens).
Acrescenta-se a música que se tornou famosa em todo o lado, 'New York, New York', e temos mais um grande filme de Scorsese e um dos mais ligeiros da sua carreira. Mas também um dos mais belos (temos aqui uns planos totalmente sublimes, como o par a dançar sob a luz do candeeiro, com a sombra do comboio sobre eles e De Niro a observá-los atentamente).
Mais um clássico.
Goodfellas , de Martin Scorsese (1990)
Baseado no livro de Nicholas Pillegi (e o argumento é escrito por ele e Scorsese), baseado em acontecimentos verídicos, Goodfellas é a história dum jovem gangster e de como entrou e subiu no mundo do crime. Ray Liotta é o verdadeiro protagonista do filme, tendo aqqui uma excelente interpretação, e está ao lado de De Niro e de Joe Pesci (vencedor do Óscar de melhor actor secundário).
Scorsese apresenta-nos uma realização fantástica e uma viagem violenta e simultâneamente cómica ao mundo do crime nova iorquino da década de 70. O argumento é genial e os diálogos são uma verdadeira pérola (especialmente quando saiem da boca de De Niro e de Pesci).
Um verdadeiro clássico do cinema e um dos grandes filmes de gangsters de sempre. Um filme revolucionário.
The Godfather - Part III - de Francis Ford Coppola (1990)
Michael Corleone é o Don, o rei do crime e chefe supremo da sua família. E deseja largar os negócios ilícitos da família e criar um novo negócio, sendo este legal. Mas para além disso, estando atormentado com os fantasmas do passado e com ordens das quais nunca irá perdoar-se,Michael pretende encontrar um sucesor (já o desejava no segundo filme e aquidescobre que nã o encontrará no seu filho). E encontra esse sucessor em Vincent, seu sobrinho, filho de Sonny (James Caan, no primeiro filme) e que está dentro do negócio da família e pretende ir mais longe.
O problema é qe as outras famílias desejam o poder de Corleone e uma fatia dos lucros legais que este fizer.
Coppola realiza um bom filme, mas já não assistimos à excelência
dos dois primeiros capítulos. Pacino regressa em forma com
Michael Corleone, juntamente com o resto do elenco (todos em excelente forma, excepto Sofia Coppola, que dá-nos uma interpretação lamentável). E Coppola tem, novamente, uma grande realização.
Apesar de ser um filme bastante inferior aos anteriores,
The Godfather III é ,ainda assim, um excelente sucessor da saga
da família Corleone. E não é tão mau, como muitos o pintam.
Apenas puderiamos ter aqui mais uma obra-prima e acabamos
por ter um filme bom mas falhado.
Aqui acabaria uma das grandes sagas da história do cinema e
uma das melhores trilogias de sempre. Por esta saga,
encontrámos Al Pacino no papel que o revelou ao mundo
(e o cinema nunca mais seria o mesmo), um Marlon Brando excelente como Don Carleone, um James Caan em início de carreira, numa década em que era uma verdadeira estrela de cinema (SPOILER!!!!: e protagonista duma das melhores mortes de todos os tempos), um Robert Duvall também em início de carreira, tal como Talia Shire e Diane Keaton, Robert DeNiro num papel (dando vida à personagem que Brando interpretará antes, mas desta feita, mais novo) que acabou por lhe dar o primiro Óscar (e a mesma personagem deu o mesmo prémio a Brando, e este não o recebeu pessoalmente em defesa dos direitos dos povos indíos, contratando uma actriz pouco conhecida para se passar por indía e receber o prémio por ele), um Francis Coppola em excelente forma (a década de 70 foi a sua melhor época criativa) e uma banda sonora de Nino Rotta simplesmente intemporal.
Trailer:
terça-feira, 7 de outubro de 2008
The Godfather - Part II - de Francis Ford Coppola (1974)
Coppola regressa à realização e ao argumento, juntamente com Mario Puzzo, e com eles regressam também Al Pacino, Diane Keaton, Robert Duvall e Talia Shire. Marlon Brando não regressou como Don Corleone mas juntou-se ao elenco Robert DeNiro neste papel, numa das mais intrigantes e bem conseguidas ideias da saga.
Esta sequela resulta também como prequela, ao acompanharmos a subida do jovem Don Corleone ao poder (Robert DeNiro interpreta a personagem de Brando mais jovem, numa brilahnte representação, vencedora de Óscar de melhor actor secundário), desde a sua infância, à sua chegada aos Estados Unidos, a sua primeira vitíma (uma cena extraordinária) e o seu início como Padrinho, dono da mafia. Por outro lado, temos a continuação do caminho ao topo de Michael Corleone, filho de Don Vito, e das suas dificuldades e as suas lutas contra os seus rivais mais fortes (um deles, a personagem de Hyman Roth, interpretada por um dos melhores professores de representação, tendo sido instrutor de Pacino, entre outros). Aqui, temos Pacino numa interpretação mais destacada e mais bem conseguida (nunca ter ganho Óscar por este seu Michael Corleone é muitissimo injusto).
Quando se pensava que Coppola não conseguiria superar o seu já clássico filme, eis que conseguiu provar que por vezes, a magia resulta duas vezes. The Godfather - Part II é uma sequela/prequela superior ao original, um capítulo essencial para o seguimento e melhor compreensão da trama da saga e uma das (se não a melhor) sequelas de todos os tempos. E um verdadeiro clássico do cinema.
P.S.: Destaque para a fantástica banda-sonora composta por Nino Rota, algo queme esqueci de mencionar no filme anterior. Uma banda sonora inesquecível.
Mas, novamente, a história não acaba aqui...
Trailer: