domingo, 18 de dezembro de 2011

Os 5 melhores de... #2

Com a estreia de Mission: Impossible - Ghost Protocol, decidimos rever aqueles que são, na nossa opinião, as cinco melhores interpretações de Tom Cruise.

1 - Magnolia (1999)
 
2 - Eyes Wide Shut (1999)

3 - Minority Report (2002)

4 - Collateral (2004)

5 - Jerry Maguire (1996)

Drive, de Nicolas Winding Refn (2011)

Vencedor do prémio de Melhor Realizador no último Festival de Cannes, Drive é um thriller acção bem construído e interpretado.
Sempre ao som duma banda-sonora contagiante e perfeita para o filme, Drive conta-nos a história dum duplo de cinema que serve também de condutor em certos assaltos. No entanto, após conhecer a sua vizinha, Irene, e o seu filho, a sua vida ganha novos contornos.
Com o regresso da prisão de Standard, o marido de Irene, regressam também os seus problemas: uma dívida enorme, ganha na prisão. Standard pede ajuda ao duplo mas as coisas correm mal e este rapidamente descobre que a sua cabeça está a prémio.
Nicolas Winding Refn (Valhalla Rising) presenteia-nos com uma realização impecável, sempre bem controlada, com excelentes planos e um bom domínio das partes técnicas. A montagem é bastante boa, juntamente com a bela fotografia. O argumento, apesar de não ser original, está bem construído, desenvolve muitíssimo bem a personagem principal e dá-nos ainda bons diálogos.
Outro dos grandes destaques são as interpretações: Ron Perlman mostra, uma vez mais, que é um dos actores mais subvalorizados da actualidade, Albert Brooks larga a sua via cómica e traz-nos um excelente mafioso (nomeado para Globo de Ouro para actor secundário de drama), Carey Mulligan é um bom par romântico para o protagonista, Ryan Gosling. Este último está simplesmente fantástico como Driver, uma personagem controlada e calma que vê o seu mundo desmoronar-se aos poucos, dando um excelente desenvolvimento à personagem, sempre bem representado por Gosling, num papel muito contido.
Destaque ainda para as cenas de acção, para os momentos em que os olhares e rostos dos actores substituem as palavras e para a banda-sonora.

Um dos melhores filmes do ano!

Classificação:
*****

Sessão da Meia-Noite #39

Resident Evil: Afterlife, de Paul W.S. Anderson (2010)

Alice consegue reunir um grupo de sobreviventes, de forma que possam destruir a Umbrella Corporation duma vez por todas.
Paul W.S. Anderson decide regressar à realização da saga, neste quarto capítulo da mesma. Milla Jovovich está também de regresso, ao lado de Ali Larter. O resultado acaba por ser o filme mais fraco da saga, com uma realização fraca e básica, cheia de momentos em câmara lenta, outros momentos "isto é tão fixe", mas que no seu todo acabam por falhar. Isto para não falar das formas descaradas de como atiram objectos às caras dos espectadores, devido ao efeito 3D.
Um filme fraco que continua a história algo desconexa da saga mas, no fim de contas, entretem e assume-se, para muita gente, como um divertido guilty pleasure.
Em 2012, estreia o quinto filme, com Anderson e Jovovich de regresso.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Sessão de Culto # 39

Brick, de Rian Johnson (2005)

Após o desaparecimento da sua ex-namorada, Brendan decide investigar o caso. Para tal, infiltra-se no submundo do crime presente na sua escola.
Brick é um film-noir com adolescentes, onde encontramos todos os aspectos que formam esse género: o detective, a femme-fatale, o vilão, um mistério perigoso, etc.. No entanto, a originalidade da obra de estreia de Rian Jonhson é o ambiente em que a acção se desenrola (filme com personagens adolescentes, faculdade, etc.), os diálogos e as próprias personagens. Para além disso, temos um elenco carismático, muito bem liderado por Joseph Gordon-Levitt.
Brick é uma produção independente que fez furor no Festival de Sundance em 2005 e revela-se uma lufada de ar fresco dentro do cinema americano recente. Uma obra que merece ser vista vezes sem conta.

Sessão da Meia-Noite #38

Resident Evil: Extinction, de Russell Mulcahy (2007)

Depois dos dois primeiros filmes terem lugar numa mansão e em Racoon City, o terceiro filme da saga passa-se num futuro apocalíptico, onde os humanos lutam pela sobrevivência.
Resident Evil: Extinction volta a ser escrito e produzido por Paul W.S. Anderson, o realizador do primeiro, e protagonizado por Milla Jovovich, como Alice, agora geneticamente alterada. No entanto, a realização passa para o veterano Russell Mulcahy (Highlander). O resultado é uma sequela algo superior ao segundo filme mas, ainda assim, um filme algo fraco.
Apesar dos seus (muitos) problemas, consegue entreter e esquecer-se.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sessão de Culto #38

American Psycho, de Mary Harron (2000)

Patrick Bateman (Christian Bale), um executivo da banca de Nova Iorque, é uma pessoa diferente das outras: por detrás da sua aparência elegante, escondem-se fantasias e desejos homicidas. Bateman tem um ódio enorme pelo mundo e, sem motivo aparente, torna-se num psicopata.
Adaptado da novela de Bret Easton Ellis, American Psycho é um thriller violento, com uma boa dose de comédia negra e com um protagonista em grande forma.
Mary Harron traz-nos um dos melhores filme da década passada, com uma interpretação soberba de Christian Bale e um filme de culto imediato. Pena o remake que está a ser preparado...

domingo, 4 de dezembro de 2011

Sessão da Meia-Noite #37

Resident Evil: Apocalypse, de Alexander Witt (2004)

Depois dos acontecimentos do primeiro filme, Alice acroda em Racoon City e descobre que a cidade está infestada de zombies. No entanto, a Umbrella Corporation tem planos maiores.
Começando exactamente onde termina o primeiro filme, Resident Evil: Apocalypse é uma sequela inferior ao filme original. No entanto, tem mais piscares de olhos ao universo dos video-jogos que o filme realizado por Paul W.S. Anderson, que regressa apenas na qualidade de produtor e co-argumentista.
Milla Jovovich regressa como Alice, uma personagem que encarna bem, apear das limitações da mesma (e do argumento). A realização do estreante Alexander Witt é relativamente fraca, com algumas cenas de acção medianas.
Dá para entreter.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sessão de Culto #37

Shaun of the Dead, de Edgar Wright (2004)

Shaun e Ed são dois melhores amigos que vivem juntos. Shaun sente-se um 'looser' autêntico', especialmente depois de perder a rapariga dos seus sonhos. No entanto, os mortos voltam à vida e Shaun acaba por ser um líder involuntário.
Depois da série de culto Spaced, Edgar Wright passa para o cinema e leva consigo Simon Pegg e Nick Frost. O resultado é este Shaun of the Dead, uma comédia de terror que serve de homenagem aos filmes de zombies, um sub-género muito popular de terror. Com piadas certeiras e personagens bem criadas, Shaun of the Dead é uma das melhores comédias da década passada, tendo sido ainda considerado por George A. Romero, um filme que encaixava bem dentro dos seus filmes de zombies. Romero retribuiu com um cameo de Pegg e Frost em Land of the Dead.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

La Piel Que Habito, de Pedro Almodóvar (2011)

Robert Ledgard, um brilhante cirurgião plástico, desenvolve uma pele sintética que é capaz de resistir a qualquer tipo de danos. A sua cobaia é uma mulher, Vera, que vive enclausurada na casa de Robert. No entanto, o passado trágico do cirurgião atormenta-o.
Realizado e escrito por Pedro Almodóvar, La Piel Que Habito marca o regresso de Antonio Banderas ao cinema de Almodóvar. O realizador espanhol traz-nos um thriller com traços de F.C. e podemos dizer que este seria um filme que encaixaria bem na filmografia de David Cronenberg, tendo em conta o seu argumento e alguns temas retratados.
Apesar disso, esta é uma obra totalmente de Almodóvar e é um excelente thriller: o argumento está muito bem desenvolvido, a realização é exemplar, as interpretações são fabulosas e a ideia (e o twist) está bem explorada.
La Piel Que Habito é simplesmente um dos melhores filmes do ano e uma nova abordagem à história de Frankenstein, uma abordagem inteligente, adulta  de grade teor sexual, como é hábito nos filmes do cineasta.

Classificação:
****/5

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

The Debt, de John Madden (2011)

Rachel, uma agente israelita reformada, está na fase de inauguração do seu livro, onde relata os acontecimentos duma importante missão que teve na década de 60. No entanto, os segredos e erros do passado regressam para a atormentar, tal como aos seus colegas de missão David e Stefan.
The Debt é um remake dum filme israelita do mesmo nome e é co-escrito e co-produzido por Matthew Vaughn (Layer Cake; Kick-Ass; X-Men: First Class) e realizado pelo nomeado John Madden (Shakespeare in Love).
Madden traz-nos um bom thriller, com um bom argumento e um grupo de interpretações bem conseguidas. O elenco é liderado pela veterana Helen Mirren (Rachel de 1997) e por Jessica Chastain (Rachel dos anos 60), aquela que é uma das actrizes revelação do ano, depois de participações notáveis em The Tree of Live e The Help. De resto temos Sam Worthington (Avatar), Ciarán Hinds (Munich), Marton Csokas (The Lord of the Rings) e Tom Wilkinson (In the Bedroom). O elenco está todo em boa forma, com Mirren a prestar mais um bom desempenho e Jessican Chastain a provar o talento que tem. A realização de Madden é muito competente, através dum ritmo algo lento mas que é bem aproveitado para contar a trama e desenvolver as personagens. O argumento, apesar de não ser original, está bem desenvolvido e consegue surpreender nas alturas certas.
The Debt é um thriller adulto e bem estruturado e uma excelente alternativa ao cinema pipoca e menos inteligente que facilmente encontramos. Uma boa surpresa!

Classificação:
****

sábado, 26 de novembro de 2011

Os 5 melhores de... #1

Hoje começamos uma nova rubrica onde destacamos aqueles que são, na nossa opinião os cinco melhores filmes dum realizador, actor ou actriz. A nossa selecção será feita tendo em conta os filmes da personalidade escolhida que nós vimos.

O primeiro escolhido será David Cronenberg. O seu filme mais recente, A Dangerous Method, estreou esta semana nas salas portuguesas e tem sido alvo de excelentes críticas.

1 - Scanners (1981)

2 - A History of Violence (2005)

3 - Videodrome (1983)

4 - eXistenZ (1999)

5 - The Fly (1986)

Sessão da Meia-Noite #36

Resident Evil, de Paul W.S. Anderson (2002)

Após acordar num laboratório secreto e sem memória, Alice encontra uma unidade militar que tem de lutar contra um super-computador  cientistas que transformaram-se em zombies.
Inspirado no famoso jogo de vídeo, Resident Evil é uma tentativa de terror e acção. Paul W.S. Anderson (Mortal Kombat; Death Race) decide criar uma prequela do jogo mas acaba por dar origem a algo que em nada está ligado à história do material original, como seria comprovado nas sequelas. Milla Jovovich é a protagonista e não está mal, Michelle Rodriguez é bad-ass como sempre e o filme consegue entreter. No entanto, poderia e deveria ter sido melhor.

Classificação:
**/5

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sessão de Culto #36

The Fog, de John Carpenter (1980)

Com o regresso do Movie Wagon, regressam também as nossas duas rubricas semanais de Sexta e Sábado.
Depois do êxito de Halloween, John Carpenter realizaou este The Fog, uma história de fantasmas que assolam uma pequena cidade americana à medida que são trazidos por um misterioso nevoeiro.
Jamie Lee Curtis, na altura a Scream Queen do cinema de terror, volta a trabalhar com Carpenter, ao lado da mãe, Janet Leight, Hal Holbrock, Tom Atkins e Adrianne Barbeau. O resultado é um filme de terror bastante eficaz e atmosférico, com uma grande realização de Carpenter e um clássico do realizador.
O remake de 2005 é para evitar!

Classificação:
****

Tower Heist, de Brett Ratner (2011)

The Tower é um dos mais luxuosos edifícios particulares de Nova Iorque, com lguns dosmais ricos e poderosos habitantes da cidade. Quando o mais poderoso dos habitantes é preso pelo FBI, descobre-se que a equipa de trabalhadores foi toda roubada pelo mesmo. O gerente, determinado a recuperar o que os seus colegas perderam, decide organizar um plano de forma a roubarem o dinheiro escondido no apartamento do habitante.
Realizado por Brett Ratner (Rush Hour) e estreado mesm antes da polémica que envolveu o realizador e que o levou a demitir-se da produção dos Óscares do próximo ano, Tower Heist assume-se como uma comédia de acção sem grandes pretensões senão a de divertir, enquanto usa ainda a questão da crise financeira como pano de fundo. E nessa missão, Tower Heist é bem sucedido. O filme entretém durante a sua duração, sendo fácil de ser esquecido pouco depois de ser visto.
Ratner tem uma realização competente mas sem nunca deslumbrar e lidera um bom elenco. Ben Stiller é o protagonista, Eddie Murphy é mais um secundário que protagonista, Casey Affleck, Matthew Broderick, Alan Alda, Téa Leoni e Michael Peña estão bem por aqui. No entanto, apesar de ser um actor secundário, Edddie Murphy é quem traz as maiores piadas, num papel que serve como um 'comeback' mais que necessário ao actor, sendo este um bom regresso à sua velha forma.
Tower Heist serve mesmo para entreter, nada mais. É um filme simpático, divertido e rapidamente esquecido.

Classificção:
***

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

The Thing, de Matthijs van Heijningen Jr. (2011)

Numa base de pesquisa científica localizada no Alasca,a descoberta duma nave extra-terrestre e do seu habitante são motivos para a equipa entrar na história da ciência. No entanto, o extra-terrestre consegue fugir e instala o pânico dentro do grupo.
Prequela do clássico de culto de John Carpenter (e um dos meus filmes favoritos), The Thing serve também como remake do filme anterior, já que boa parte dos acontecimentos são quase idênticos aos do filme original. E este é, para além do argumento, um dos pontos fracos do filme: o facto de se assumir como uma prequela e um remake ao mesmo tempo e sem nunca conseguir recriar o clima de tensão e paranóia da obra de Carpenter. Juntamos a isso o facto do realizador e argumentistas não terem percebido o monstro original e terem ainda recorrido ao já mais que usado CGI para criarem um monstro que era mais realista e assustador em 1982.
Quanto ao factor medo, acaba por ser quase inexistente, muito porque o filme nunca deixa o espectador imaginar: cedo vemos o monstro e a sua transformação e isso dá espaço ao filme para se tornar num slasher movie e não num jogo de suspense bem realizado.
O elenco não está mal, especialmente Mary Elizabeth Winstead (Death Proff; Scott Pilgrim Vs. The World) e Joel Edgerton (Animal Kingdom) e, apesar de tudo, acaba por ser um filme competente mas sem nunca deslumbrar. O truque é tentar evitar as (inevitáveis) comparações ao filme de Carpenter e ir de expectativas nulas ao filme.

Classificação:
**/5

The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn, de Steven Spielberg (2011)

Baseado nas aventuras do jornalista belga criado por Hergé, Steven Spielberg e Peter Jackson juntam esforços para trazer a primeira aventura animada de Tintin ao cinema. Com argumento de Steven Moffat, Edgar Wright e Joe Cornish, Spielberg realiza esta animação em Motion-Capture, de forma a poder manter um aspecto das personagens mais fiel à banda-desenhada.
The Adventures of Tintin é uma aventura à antiga, apesar das novas tecnologias. Spielberg traz muito de Indiana Jones para esta aventura e consegue fazer uma obra melhor que o quarto filme do arqueólogo, onde encontramos cenas de acção inventivas (a perseguição em plano sequência é fantástica), um ritmo quase frenético, onde está sempre a acontecer algo e alguns momentos divertidos, mais dirigidos a um público mais jovem.
A animação está fantástica, apesar do facto de que poderia ser mais cartoon, e o elenco vocal está em forma: Jamie Bell (Billy Elliot), Andy Serkis (The Lord of the Rings) e Daniel Craig (Casino Royale) são as vozes principais e são bem dirigidas por Spielberg.
The Secret of the Unicorn é para ser o primeiro filme duma trilogia, sendo que o segundo será realizado por Peter Jackson. Se os restantes filmes apresentarem este espírito de aventura e divertimento, estaremos bem entregues.

Classificação:
****

Paul, de Greg Mottola (2011)

Graeme e Clive são dois amigos ingleses que viajam aos Estados Unidos para irem ao Comic Con San Diego. Geeks completos e fãs de tudo o que tem a ver com extra-terrestres, decidem ir explorar alguns dos locais mais populares onde foram vistos visitantes de outros planetas, como a mítica Área 51. No entanto, pelo caminho presenciam um acidente de viação e encontram Paul, um extra-terrestre com uma aptidão para dizer asneiras e fumar ganza. O que Clive e Graeme não sabem é que Paul está a ser perseguido pelo governo americano.
Escrito por Simon Pegg e Nick Frost (a dupla de protagonistas) e realizado por Greg Mottola (Superbad; Adventureland), Paul é uma comédia que utiliza bastantes referências do género de Ficção Científica, sendo que muitas dessas referências serão apenas reconhecidas por fãs do género. Apear disso, o filme de Mottola tem hipótese de ser do agrado do público em geral, devido a uma comédia mais acessível e simples.
Para além de Pegg e Frost, no elenco encontramos ainda Kristen Wigg (que brilhou este ano em Bridesmaids); Jason Bateman (Horrible Bosses); Bill Hader (Adventureland; Superbad); Sigourney Weaver (Alien; Aliens) e Seth Rogen (Superbad; Knocked Up), na voz de Paul.
Apesar de ser um filme inferior que Shaun of the Dead e Hot Fuzz (ambos de Edgar Wright), Paul é uma comédia divertida, com um elenco em boa forma e que é capaz de agradar aos fãs de F.C., apesar de ser uma obra mais comercial e americana que os dois filmes de Wright, Pegg e Frost. É pena não ter estreado entre nós...

Classificação:
****

O regresso!

Depois duma pausa (mais uma...), o nosso pequeno espaço está de volta. Por questões de tempo, não foi possível actualizar o blogue como queria. No entanto, estamos de volta!

Quem quiser o Movie Wagon  no Facebook, pode fazê-lo aqui, onde podem tornar-se fãs da nossa página e deixar os vossos comentários e opiniões.

Pedimos desculpa pela longa pausa e muito obrigado por ainda estarem aí!

domingo, 18 de setembro de 2011

Buffy, The Vampire Slayer - Série 1 (1997)

Buffy Summers acaba de mudar-se para Sunnydale e, assim que começa as aulas na sua nova escola, conhece novos amigos e o bibliotecário da escola... ao mesmo tempo que investiga a morte dum rapaz cujo corpo foi encontrado nos balneários, corpo esse que tem duas marcas distintas no pescoço.
Ao longo da sua investigação, onde Buffy sente que o seu passado a persegue, descobre que o bibliotecário, Giles, é um observador que ela é uma caçadora de vampiros. Juntamente com Giles, Xander e Willow, os seus novos amigos, Buffy vai defrontar vampiros e monstros de toda a espécie que vão surgindo em Sunnydale, cidade que é um ponto de convergência para actividades paranormais.

Criada por Joss Whedon, que já havia escrito o filme estreado em 1992, esta versão de Buffy, The Vampire Slayer é mais fiel à visão original de Whedon: um misto de comédia, terror, aventura e romance, destinado a um público mais jovem mas onde o público mais velho pode também aderir.
Apesar de algumas ideias algo estranhas e aparentemente ridículas, a série consegue sempre ter piada, devido às personagens convincentes,aos actores bem escolhidos e às várias referências que vai esgalhando.
Sarah Michelle Gellar entrou para a história da televisão como Buffy, a adolescente de 16 anos que tem como destino ser a caçadora de vampiros, ao mesmo tempo que quer tentar seguir uma vida normal, Nicholas Brendon é Xander, o fiel amigo de Buffy e apaixonado pela mesma, servindo de comic relief, Allyson Hannigan é Willow, a melhor amiga de Buffy e a segunda comic relief (pessoalmente com mais piada que Xander, apesar deste sair-se bem), Charisma Carpenter é Cordelia, a cabra da escola e Anthony Head é Giles, o observador e mentor de Buffy.
Sem nunca se levar a sério, com bons momentos de comédia e aventura, uma Sarah Michelle Gellar perfeita como Buffy, um delicioso cheiro a baixo orçamento nesta primeira temporada e um universo único criado por Joss Whedon, Buffy, The Vampire Slayer tornou-se num fenómeno popular no final da década de 90, entre adolescentes e adultos, devido à sua originalidade e criatividade, acabando por tornar-se numa série influente, recheada de referências cinematográficas e televisivas.
Uma série que nunca pensei ver e que está a revelar-se aquilo que a tornou popular e aclamada: uma boa surpresa e objecto de culto.

Classificação:
****

Buffy, The Vampire Slayer, de Fran Rubel Kuzui (1992)

Buffy Summers é uma estudante universitária, pertencente à claque de cheerleaders, e com uma vida fácil. No entanto, um homem misterioso, Merrick, persegue-a e revela a verdade: Buffy é uma caçadora de vampiros e terá de iniciar o seu treino, numa altura em Lothos, um perigoso vampiro, está prestes a regressar para matar Buffy.
Misturando comédia adolescente com terror, Fran Rubel Kuzui leva o argumento de Joss Whedon ao cinema. No entanto, o trabalho de Kuzui é bastante fraco e sem originalidade, criando momentos cómicos bastante falhados e nunca conseguindo ser também uma obra de terror.
O argumento de Whedon é, visivelmente, bastante alterado, de forma a poder criar-se uma comédia mais ligeira para o público adolescente, perdendo assim qualquer hipótese de ser algo mais arriscado e original.
Kristy Swanson acaba por não ser uma má Buffy, apesar de não estar muito à vontade, Luke Perry não consegue ser bom actor, Paul Reubens não está mal (a sua morte improvisada é o melhor do filme), Donald Sutherland está lá para ganhar o cheque e Rurger Hauer está lastimável como Lothos.
Esta primeira versão de Buffy não é vista por Joss Whedon como uma prequela à série de culto protagonizada por Sarah Michelle Gellar: Whedon acabaria por adaptar o argumento original (onde Buffy queima o ginásio da escola) para comics, sendo esse o verdadeiro início da saga de Buffy, não este filme.
Uma comédia que, devido à série, acabou por ganhar estatuto de culto mas que acaba por ser uma obra fraca, sem chama.
Destaque para as participações de David Arquette e Ben Affleck, este um figurante por aqui.

Classificação:
**

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Smallville - 2001/2011

Após uma chuva de meteoros atacar a pequena cidade de Smallville, no Kansas, o casal Kent descobre uma nave extraterrestre e um pequeno rapaz.
Anos mais tarde, esse pequeno rapaz é Clark Kent e encontra-se na faculdade quando começa a descobrir que tem habilidades que mais ninguém possui. Após descobrir a verdade, Clark começa a tentar controlar os seus poderes e deseja descobrir as suas verdadeiras origens, enquanto tenta manter a integridade que os Kent lhe ensinaram.
Smallville é uma nova versão da origem de Superman, onde podemos ver aquilo que nunca nos tinha sido contado: a descoberta dos seus poderes e como Clark Kent/ Kal-EL aceita o seu destino.
Ao longo de 10 anos, esta origem foi contada: as reviravoltas foram muitas, surgiram episódios com premissas ridículas (pastilha elástica contaminada com Kryptonite, por exemplo), várias alterações na verdadeira mitologia de Superman mas, ao fim de 10 anos de aventuras, Smallville surpreende!
Apesar do seu lado telenovela e teen, Smallville consegue assumir-se como uma série de super-heróis (mais a partir da sua quinta temporada). E nesse aspecto, apesar de várias falhas (e a série tem muitas), consegue sempre seguir os caminhos que determinados produtos exigem e consegue fazê-lo bem.
No aspecto de telenovela, temos o romance entra Clark e Lana Lang, romance esse que os fãs da personagem sabem que terá um fim. Ao longo de grande parte da série, Lana é o grande amor de Clark e tal romance começa bem, perdendo-se bastante pelo meio (a personagem de Lana chega a um ponto em que fica algo irritante, apesar do seu constante desenvolvimento e evolução) e termina de forma tocante, algo que, depois de tantos acontecimentos e de algum cansaço pela personagem, conseguiu surpreender e emocionar.
Após Lana Lang, surge aquele que será o par romântico de Clark, Lois Lane, uma destemida rapariga, filha dum general militar, que eventualmente tornar-se-á na bem sucedida repórter do Daily Planet. E quando tal romance surge, a série aposta tudo e consegue criar uma boa história romântica entre as personagens, algo que teria de ser fundamental.
A nível de actores, Tom Welling é o protagonista e, apesar de ver-se que não é bom actor, conseguimos ver o seu desenvolvimento (ao mesmo tempo que Clark fica mais adulto, Welling também). Welling está muito pouco à vontade no início da série mas, com o passar do tempo, ganha confiança e maturidade para o papel que desempenha. Kristin Kreuk (Lana Lang) é actriz competente para o interesse amoroso de Clark mas para heroína de acção deixa muito a desejar. Allison Mack (Chloe) acaba por ser a melhor actriz do elenco residente, sempre competente e com uma boa personagem que muda bastante ao longo da série. O outro grande trunfo do elenco é Michael Rosenbaum (Lex Luthor), que consegue criar um excelente Lex e que vai tornando-se num bom arqui-inimigo de Clark. Annete O'Toole (a Lana Lang de Superman 3) e John Schneider são os Kent e são uma excelente adição.
Apesar de todas as aventuras, efeitos especiais (de baixo orçamento) e momentos fracos, Smallville é uma série de mitologia e uma série de desenvolvimento das suas personagens. Tal como a série vai-se alterando com o passar dos anos, também as personagens mudam, tornando-se mais adultas. Um dos pontos fortes é o desenvolvimento da amizade entre Clark e Lex, amizade essa que os tornará inimigos eternos.
Após 10 anos de aventuras, Smallville chega ao fim com Clark a aceitar o seu destino e a envergar o fato (apesar de aparentes problemas de direitos que não permitiram visualizar o fato como deveria ser e dos efeitos especiais), num final que não envergonha a série, conseguindo dar uma conclusão a todas as questões que a série levantou e a dar uma última dose de aventura.
Ao longo dos 10 anos de Smallville, foram várias as referências a tudo o que pertence ao universo de Superman: vilões (Brainiac, ZOD, etc.), heróis (Green Arrow, Metallo, Aquaman, Hawkman e referências Green Lantern, Batman, etc.), outros produtos de Superman (com participações de Dean Cain, Teri Hatcher, Magot Kidder e a participação mais tocante e bem conseguida, Christopher Reeve, sempre em excelentes momentos) e até mesmo na banda-sonora (com excertos da música de John Williams, especialmente na participação de Reeve e no último plano da série) e em várias frases conhecidas dos comics (faster than a speeding bullit, This is a job por..., etc.). Para além das referências a tudo o que envolve Superman, a série ainda ganha por referenciar vários filmes e séries que fazem parte da cultura popular, especialmente através de Chloe, uma espécie de Veronica Mars de segunda categoria.
Apesar das baixas expectativas (algo que ajudou a apreciar a série), Smallville revela-se uma boa e divertida série de aventuras, aventuras essas que quando chegam ao fim, deixam algumas saudades. Uma surpresa, apesar das várias falhas e várias histórias fracas pelo meio (exemplo máximo nesse aspecto é a história de Lana na quarta temporada...). Um guilty pleasure.

Classificação:
***

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Cowboys & Aliens, de Jon Favreau (2011)

Após acordar sem memória e com um estranho aparelho no pulso, um forasteiro vai parar a uma pequena cidade. Lá é reconhecido como sendo um criminoso e é preso pelo sherife local. No entanto, um ataque realizado por naves estranhas atormenta a cidade e leva alguns dos habitantes, onde se inclui o filho do homem mais temido da região, o Coronel Dollarhyde. Este junta-se ao forasteiro e decidem descobrir quem organizou o ataque e resgatar os habitantes.
Realizado por Jon Favreau (Iron Man), produzido por Steven Spielberg e Ron Howard e com Damon Lindeloff (Lost) como co-argumentista, Cowboys & Aliens tinha tudo para ser um dos blockbusters do Verão. Juntando-se a essa equipa de peso, temos Daniel Craig, Harrison Ford, Olivia Wilde, Sam Rockwell e Paul Dano no elenco. No entanto, o juntar de dois géneros totalmente distintos já deu origem a experiências dolorosas (Wild, Wild West) e muito se receava que fosse acontecer o mesmo.
Tal não aconteceu. Temos aqui um blockbuster interessante e que acaba por entreter. No entanto, o filme acaba por perder-se um pouco e Favreau, que já provou ser um bom realizador, cria alguns momentos aborrecidos ao longo do filme.
O elenco principal está bem aproveitado: Craig é um bom herói, apesar da sua história ser algo mal aproveitada, Ford é Ford e convence sempre, Wilde é uma boa protagonista feminina mas o elenco secundário é mal utilizado: Rockwell tem uma personagem simples que serve por vezes como comic relief (quando poderia ser mais que isso) e Dano mal aparece em ecrã mas quando aparece convence. As cenas de acção são competentes, apesar dum combate final que deixa muito a desejar.
O problema acaba por estar no argumento, que poderia ter sido mais ousado, e na realização de Favreau, que acaba por falhar no ritmo que seria necessário para esta aventura.
Apesar das boas intenções (homenagear o Western era uma delas) e apesar dum trabalho competente, esperava-se mais deste Cowboys & Aliens, especialmente tendo em conta a equipa envolvida. Apesar disso, não é o desastre que poderia ter sido mas deveria ter sido melhor.

Classificação:
**/5

Friends With Benefits, de Will Gluck (2011)

Dylan e Jamie tornam-se bons amigos devido à sua relação profissional: ela é uma caçadora de talentos e ele um jovem e promissor talento do mundo da publicidade. Desgostos com a vida amorosa de cada um, devido a relações falhadas, os dois decidem tornar-se amigos amigos coloridos, evitando uma relação séria e sem compromissos, apenas sexo.
Realizado por Will Gluck (realizador do bem recebido Easy A), Friends With Benefits utiliza uma fórmula mais que gasta, fórmula essa já usada ainda este ano no fraco filme de Ivan Reitman, No Strings Attached, com Ashton Kutcher e Natalie Portman (a título de curiosidade, este último teve de mudar de título devido a direitos de autor). No entanto, Gluck consegue criar uma comédia romântica que sabe que caminhos percorrer e que sabe satirizar outros filmes dentro do género. Eventualmente, o filme acaba por cair nos clichés do costume mas acaba por ser propositado, tal como o desenlace final, sempre a conseguir ironizar o género e os seus clichés. E aqui está um dos seus pontos fortes que acaba por ter uma fraqueza: enquanto satiriza os seus pares, Friends torna-se também numa comédia romântica, utilizando alguns dos seus clichés. Talvez houvesse espaço para inovar nesse aspecto.
Apesar da sátira às comédias românticas estar bem conseguido na maior parte, o ponto forte do filme é o par de protagonistas: Justin Timberlake e Mila Kunis. Timberlake prova cada vez mais que poderá ter realmente futuro no cinema e Kunis prova que é uma das melhores actrizes comerciais do momento e que também tem um futuro risonho. Os dois têm carisma e química e trabalham com alguns diálogos bem conseguidos e bem entregues pelos actores. Para além de Timberlake e Kunis, o elenco secundário também é de destacar: Patricia Clarkson (sempre excelente), Woody Harrelson (divertido), Richard Jenkins e uma pequena participação daquela que poderá ser a actriz do momento, Emma Stone (Zombieland, Easy A), num pequeno mas engraçado papel.
Friends With Benefits não é uma das melhores comédias românticas dos últimos tempos mas, surpreendentemente, é uma boa adição ao género e consegue utilizar ao máximo o elenco que tem e a ideia de satirizar o género.

Classificação:
***

sábado, 20 de agosto de 2011

Sessão da Meia-Noite #35

The Dark Half, de George A. Romero

Thad Beaumont é um escritor que começa a ver a sua vida atormentada quando George Stark, um pseudónimo que Thad utiliza para as suas obras 'menos sérias', surge. Após enterrar Stark, Thad é chantageado e começa a ver conhecidos seus serem mortos.
Baseado na novela de Stephen King, The Dark Half foi uma das poucas incursões de George A. Romero pelo cinema mais comercial. No entanto, conflitos criativos fizeram com que o filme fosse algo mexido, não sendo totalmente a visão que Romero tinha.
Apesar de tais problemas, The Dark Half é um thriller curioso, bem realizado e interpretado e um filme que merece ser (re)descoberto.

Classificação:
***/5

Novos trailers #12

Hoje apresentamos mais um grupo de trailers recentes.

Começamos com o primeiro trailer de Ghost Rider: Spirit of Vengeance, a sequela/reebot de Ghost Rider. Nicolas Cage volta como o protagonista num filme que tem muito melhor aspecto que o seu antecessor. Estreia em Fevereiro de 2012:


Machine Gun Preacher é o novo filme de Marc Forster (Monster's Ball; Quantum of Solace) e é protagonizado por Gerard Butler, actor que parece querer sair das comédias que tem feito ultimamente:


Coriolanus trata-se duma adaptação duma obra de William Shakespeare, adaptação essa trazida para os dias de hoje. Coriolanus é a estreia de Ralph Fiennes na realização, onde também serve de protagonista, ao lado de Gerard Butler, Vanessa Redgrave, Brian Cox e Jessica Chastain. Aqui fica o trailer internacional:


A Good Old Fashion Orgy trata-se duma comédia independente que reúne um elenco de caras relativamente conhecidas:


Puncture é um thriller dramático protagonizado por Chris Evans:


The Woman in Black é um thriller de Terror vindo da Hammer Studios, estúdios britânicos dedicados aos filmes de terror que, depois de anos sem actividade, regressaram agora. Daniel Radcliffe (Harry Potter) é o protagonista:


Underworld: Awakening é o regresso da saga de vampiros e lobisomens. Kate Beckinsale regressa à saga. O filme estreia em 2012, em 3D:


Immortals é o novo filme do realizador Tarsem (The Cell; The Fall). No elenco temos Henry Cavill (o novo Superman), Freida Pinto, Stephen DorffIsabel Lukas, Luke Evans e Mickey Rourke. Estreia em Dezembro, em 3D:


Finalmente, o trailer de Tink, Tailor, Soldier, Spy, um thriller com um elenco de luxo: Gary Oldman, Colin Firth, Tom Hardy, Ciarin Hinds, Jared Harris e Mark Strong. O filme promete ser uma forte presença na próxima temporada de prémios:

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Sessão de Culto #35

Plan 9 From Outer Space, de Ed Wood (1959)

Depois de 8 planos frustados, um grupo de extra-terrestres coloca em acção o 9º plano para conquistar o planeta Terra. Este plano consiste em trazer os mortos de volta à vida.
Estreado em 1959, no auge do cinema de F.C., Edward D. Wood Jr. escreveu e realizou esta obra que ficou conhecida como o pior filme de sempre, vindo do pior realizador de sempre.
Com uma realização medíocre, Plan 9 consegue torna-se num divertimento absoluto, cujo visionamento é ditado de regras específicas: levar tudo para o gozo, rir às gargalhadas com as interpretações, diálogos, erros de racord, cenários mal feitos, a escuridão da noite feita com panos pretos onde se vêm os vincos, os efeitos especiais fracos... enfim, tudo é motivo para ver-se este filme como uma comédia.
O filme de ED Wood tornou-se num dos maiores filmes de culto de sempre, onde podemos mesmo encontrar vários realizadores, como Sam Raimi, que assumem-se fãs da obra.
Um filme extremamente fraco mas bastante divertido de se ver. Nesse aspecto merece 3 estrelas mas fora esse aspecto, não.

Classificação:
*

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Captain America - The First Avenger, de Joe Johnston (2011)

Steve Rogers é um aspirante a soldado americano em plena Segunda Guerra Mundial. Rogers é um tipo pequeno e fraco mas, após conseguir entrar para o exército, torna-se no teste humano para um novo programa que pretende criar um super soldado. Após o êxito do programa, Rogers fica mais forte e torna-se num símbolo de esperança e de luta para os soldados americanos. Torna-se no Capitão América.
Este Captain America é o último filme que leva a The Avengers, com estreia marcada para Maio de 2012. O mais americano dos heróis da Marvel tinha, portanto, a difícil tarefa de contar a origem da personagem e de preparar o caminho para o filme que reúne o Capitão, Thor, Hulk e Homem de Ferro.
Graças a uma realização bastante competente por parte de Joe Johnston, que já está em território familiar após realizar Rocketeer, e com um elenco competente muito bem liderado por Chris Evans, Captain America é uma missão bem sucedida: é um filme de aventuras à antiga, apesar das novas tecnologias e da temática F.C., um bom blockbuster e um filme divertido.
Chris Evans é o Capitão América perfeito, Hugo Weaving é, mais uma vez, um vilão à altura, as cenas de acção estão bem executadas e o ambiente muito anos 40 está bem conseguido. Johnston já tinha recriado tal ambiente na perfeição em Rocketeer.
Um bom blockbuster e o caminho está aberto para The Avengers, cujo primeiro teaser pode ser visto no final dos créditos de Captain America.

Classificação:
****

Horrible Bosses, de Seth Gordon (2011)

Três amigos partilham as suas duras experiências profissionais, duras devido ao facto de cada um ter um chefe do inferno. Após mais alguns encontros com os respectivos chefes, o trio decide formular um plano e matar os seus superiores.
Do realizador Seth Gordon (o seu trabalho mais conhecido é o documentário sobre video jogos The King of Kong), chega-nos este Horrible Bosses, uma comédia 'Rated R', mais uma na grande fornada que tem surgido neste Verão depois de Tha Hangover - Part II; Bridesmaids; Bad Teacher, entre outras.
Pode não ser uma comédia hilariante mas acaba por ser uma das melhores comédias americanas deste Verão, com momentos divertidos e um bom trabalho por parte do seu elenco bem conhecido: Jason Bateman continua a mostrar que é um bom actor de comédia, Jason Sudeikis sai cada vez mais do seu estatuto de comediante do Saturday Night Live, Charlie Day é bem divertido, Jennifer Aniston faz (finalmente!) um papel diferente do de Rachel de Friends, Colin Farrell está calvo e é um palhaço incompetente bem cómico e Kevin Spacey mostra como um chefe do inferno realmente pode ser. Para além disso, temos Jamie Foxx com uma personagem cujo nome é Motherfucker Jones...
Uma comédia divertida, ideal para ver no Verão.

Classificação:
***

sábado, 13 de agosto de 2011

Sessão da Meia-Noite #34

Bloodsport, de Newt Arnold (1988)

Baseado numa história verídica, Bloodsport acompanha o percurso de Frank Dux no derradeiro torneio de artes marciais, o Kumite, onde os lutadores saem gravemente feridos, ou mesmo mortos. Entretanto, Frank é perseguido por dois oficiais do exercito, depois de ele ter saído sem licença para participar no torneio.
Bloodsport tornou-se num dos grandes clássicos dos filmes de acção e artes marciais da década de 80, dando origem a várias sequelas 'bastardas', todas sem a presença de Van Damme.
O filme foi ainda a rampa de lançamento de Jean-Claude Van Damme, o músculos de Bruxelas, e tem uma pequena legião de fãs.
Com um argumento simples, diálogos maus e interpretações medianas (onde, verdade seja dita, Van Damme até não está tão mau assim), o filme assume-se como um filme de pobre qualidade mas que acaba por entreter quanto baste, especialmente os fãs do género. Destaque para um Forest Whitaker em início de carreira.

Classificação:
**

Novos trailers #11

Devido à pouca actividade do nosso espaço nos últimos dias, hoje vamos dar-vos uma pequena avalanche de trailers novos.

Começamos com o segundo trailer de 50/50, uma comédia dramática com Joseph Gordon-Levitt e Seth Rogen:


De seguida, temos o segundo trailer de Abduction, um thriller de acção com Taylor Lautner, Alfred Molina, Jason Isaacs, Maria Bello e Sigourney Weaver. O filme é realizado por John Singleton:


A Very Harold & Kumar Christmas é a terceira aventura das duas personagens de culto. O filme será apresentado em 3D:


The Odd Life of Timothy Green é o novo filme de Peter Hedges (Dan in Real Life; What's Eating Gilpert Grape?) e é um drama acerca dum casal que encontra um pequeno rapaz de origem desconhecida. O filme é protagonizado por Jennifer Garner e Joel Edgerton (Animal Kingdom; The Thing 2011):


The Sitter é uma comédia protagonizada por Jonah Hill (Get Him to the Greek; Superbad) e Sam Rockwell (Moon; Iron Man 2). O filme estreia nos Estados Unidos no Natal:


The Darkest Hour é um thriller de Ficção Científica que conta a história dum jovem grupo de sobreviventes presos em Moscovo, após um ataque extra-terrestre. O filme é protagonizado por Emile Hirsch:


In Time é o novo filme de Ficção Cinetífica de Andrew Nicoll. Justin Timberlake, Amanda Seyfried, Vincent Kertheiser, Cillian Murphy e Olivia Wilde compõem o elenco:


Margin Call é um thriller dramático que aborda o início da crise económica que o mundo enfrenta. O filme foi elogiado no último festival de Sundance e reúne um elenco de luxo: Kevin Spacey; Paul Bettany; Zachary Quinto; Jeremy Irons; Suimon Baker; Mary McDonnell; Demi Moore e Stanley Tucci:


Red Tails é o novo filme de aventuras produzido por George Lucas. O filme retrata as aventuras do primeiro esquadrão afro-americano a combater na Segunda Guerra Mundial. No elenco encontramos Terrence Howard; Cuba Gooding Jr.; Bryan Cranston e Daniela Ruah:


O realizador Brett Ratner (Rush Hour 1, 2 e 3) reúne um elenco bastante conhecido para uma comédia de acção: Ben Stiller; Eddie Murphy; Matthew Broderick; Casey Affleck; Tea Leoni; Allan Alda e Michael Pena. O filme estreia em Novembro:


Red State é o novo filme de Kevin Smith e a sua estreia no género de Terror. Smith anunciou que iria distribuir o filme pelos Estados Unidos e, surpreendentemente, Red State bateu recordes em estimativas de média de box-office nas poucas salas em que tem estado em exibição. Ainda não há data de estreia para Portugal. No elenco temos John Goodman, Melissa Leo e Michael Parks:


Para finalizar, apresentamos o trailer de The Ides of March, o novo filme realizado por George Clooney. Clooney é o protagonista, juntamente com Ryan Gosling. Phillip Seymour Hoffman, Jeffrey Wright, Evan Rachel Wood e Paul Giamatti completam o elenco de luxo. Estreia entre nós ainda este ano:

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sessão de Culto #34

Clerks, de Kevin Smith (1994)

Clerks retrata um dia da vida de dois empregados duma loja de conveniência de New Jersey. Neste dia, os dois colegas enfrentam clientes que criam diversas conversas e discussões, para al´me de outros problemas.
Clerks é a obra de estreia de Kevin Smith, obra que foi produzida com um orçamento extremamente reduzido, que contou no elenco com alguns amigos do realizador. Clerks esteve presente no Festival de Sundance de 1994 e foi um dos grandes filmes sensação desse ano.
Estreado numa altura de mudança para o cinema independente americano (um pouco depois de outro êxito estrondoso que dá pelo nome de Reservoir Dogs), o primeiro filme de Kevin Smith abriu as portas ao realizador, deu a conhecer ao mundo duas personagens com uma enorme legião de fãs (Jay and Silent Bob) e tornou-se numa das obras de culto mais populares dos últimos 20 anos, dando origem a uma sequela, estreada em 2006.
Com um argumento irreverente e cheio de referências à cultura popular e com diálogos divertidos e bem criados, Clerks apresenta-nos a visão única dum realizador geek e que viria a trazer-nos algumas obras interessantes. No entanto, esta é ainda a sua melhor façanha.

Classificação:
*****

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Game of Thrones -série 1 (2011)

Baseado na saga criada por George R.R. Martin, Game of Thrones é a mais recente aposta da HBO, uma série dramática, cuja acção decorre durante a Idade Média. Tratando este mundo fictício como sendo real, a série recorre ainda a elementos de fantasia.
Ao longo da série, acompanhamos sete famílias nobres que lutam pelo domínio das terras de Westeros. Após um acontecimento trágico que envolve o filho mais novo da família Stark, família liderada por Eddard Stark, mão do Rei Robert Baratheon e casado com Cersei Lannister, cria-se um caminho que poderá levar a uma guerra entre a família Stark e a família Lannister. Entretanto, as restantes famílias querem governar as terras e uma guerra entre todas pode estar eminente.
Produzida com um elevado orçamento, Game of Thrones é uma excelente série dramática e mais uma grande aposta da HBO. Com um elenco formidável, liderado pelo sempre cool Sean Bean, a série tem ainda um argumento e diálogos muito bem conseguidos, personagens cativantes, momentos fantásticos e uma reconstituição da época fantástica. Nesta primeira temporada, não temos muito do elemento fantástico da série mas quando está presente, está muito bem conseguido.
A nível de realização e de interpretações, a série é mais uma da HBO que cumpre nesses departamentos: Sean Bean brilha como Eddard Stark (um papel fantástico para um actor algo sobrevalorizado, infelizmente), o jovem Jack Gleeson revela-se um excelente actor na pele de Joffrey Baratheon, conseguindo criar um ódio de estimação por parte dos espectadores, a revelação Emilia Clarke revela um bom futuro, a jovem Maisie Williams tem uma das melhores personagens da série e o americano Peter Dinklage mostra que o grande talento não se mede aos palmos, com uma soberba interpretação numa personagem fantástica.
Game of Thrones revela ser uma das melhores séries da actualidade, cheia de reviravoltas (especialmente no final de cada episódio) e onde, ao decorrer da série, o clima de tensão e as surpresas vão crescendo, terminando de forma totalmente inesperada e arriscada para uma série de televisão. Fantástico!

Classificação:
*****

domingo, 7 de agosto de 2011

Sessão da Meia-Noite #33

Cobra, de George P. Cosmatos (1986)

O tenente Marion 'Cobra' Cobretti é um dos polícias mais duros da cidade, sem mostrar grande piedade pelos criminosos. Quando um perigoso grupo assassina pessoas inocentes e deixam para trás uma testemunha, 'Cobra' terá de a proteger.
Depois do mega-êxito de Rambo II, Sylvester Stallone escreveu este filme acção (baseado na novela de Paula Gosling) e foi dirigido por George P. Cosmatos, o realizador da segunda aventura de Rambo.
Com um argumento extremamente básico, diálogos péssimos e foleiros e uma realização mediana, Cobra tornou-se num dos filmes de acção mais populares da década de 80, já que é um dos filmes que melhor representa o estilo dos filmes do género criados nessa época: acção pura e dura, violência por todo o lado, um protagonista badass e cheio de one-liners, um romance forçado e, como é óbvio, um protagonista cheio de músculos e com a pinta dos heróis de acção oitentistas.
Apesar de ser um filme fraco, acaba por entreter, desde que o cérebro seja colocado num recipiente durante os seus 90 minutos de duração. Stallone está um canastrão de todo o tamanho mas é um Cobra perfeito.
Cobra é um mau filme mas acaba por entreter de tão mau que é.

Classificação:
**

Sessão de Culto #33


O aventureiro/cirurgião/rocker Buckaroo Banzai decide juntar os seus homens, os Hong Kong Cavaliers, para enfrentarem uma invasão extra-terrestre. Tal invasão é organizada por seres vindos da oitava dimensão.
Realizado por W.D. Richter, argumentista de Big Trouble in Little China (de John Carpenter), esta aventura de Ficção Científica reúne um fantástico elenco, liderado por Peter Weller (antes de Robocop),John Lithgow, Ellen Barkin, Jeff Goldblum (antes de The Fly), Christopher Lloyd (antes de Back to the Future), Clancy Brown, entre outros. O resultado foi um filme invulgar mas de grande entretenimento e um fracasso nas bilheteiras.
Buckaroo Banzai foi mais um dos filmes que ganhou bastante com o boom do VHS na década de 80: o filme falhou nas bilheteiras mas foi redescoberto em VHS e em exibições televisivas, acabando por tornar-se num dos maiores objectos de culto dos anos 80.
Desconhecido pela maioria mas muito apreciado pelos seus fãs, Buckaroo Banzai é um filme que merece ser (re)descoberto e é merecedor do seu estatuto de culto. Divertimento à grande!

Classificação: 
****

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ciclo Cinema Português #7

Alice, de Marco Martins (2005)

Escrito e realizado por Marco Martins, Alice conta-nos a história dum pai que faz tudo para encontrar a sua filha desaparecida.
Com uma interpretação notável de Nuno Melo e uma realização contida e exemplar, Alice é um drama de grande qualidade e uma mais valia para o cinema português.
Tendo sido um êxito considerável nas nossas bilheteiras e tendo sido reconhecido internacionalmente, Alice é mais um exemplo de que o cinema português pode ser um cinema de qualidade e que é, em muitos casos, mais reconhecido no estrangeiro do que em Portugal.

Classificação:
*****

Acabámos assim o nosso mini-ciclo de cinema português, onde apresentámos sete filmes exemplares do nosso cinema, sete filmes que provam que o cinema português recomenda-se e pode ser um cinema de grande qualidade.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ciclo Cinema Português #6

Os Mutantes, de Teresa Villaverde (1998)

 Em 1998, a realizadora portuguesa estreia o seu terceiro filme, Os Mutantes, um drama que acompanha três jovens que não conseguem encaixar-se numa sociedade que também não os compreende.
Esta obra de Villaverde é um excelente exemplo do bom cinema português, cinema esse que é, na maior parte das vezes, feito com pouco dinheiro mas com grandes valores artísticos. Os mutantes foi uma obra reconhecida internacionalmente, estando presente no Festival de Cannes de 1998.
Uma obra de grande qualidade e um dos filmes mais importantes do nosso cinema recente.

Classificação:
*****

sábado, 30 de julho de 2011

Sessão da Meia-Noite #32

The Running Man, de Paul Michael Glaser (1987)

 Após ser condenado por um crime que não cometeu, Ben Richards é colocado no mais popular programa de televisão do mundo: um concurso onde todos os concorrentes são criminosos e onde devem lutar pela sobrevivência, sendo perseguidos por alguns dos mais perigosos caçadores do mundo. Richards tem assim de lutar pela sua sobrevivência e tentar limpar o seu nome.
Realizado em 1987, The Running Man é um dos filmes mais populares de Arnold Schwarzenegger durante a década de 80. O filme é baseado numa novela de Stephen King e decide agarrar no género de acção e usá-lo como género principal do filme. E nesse aspecto, The Running Man resulta perfeitamente: um objecto do cinema de acção tipíco dos anos 80, com um herói extra-musculado, violência, one-liners hilariantes e momentos cheesy até dizer chega.
The Running Man está longe de ser uma obra-prima e um dos melhores filmes de acção de sempre... mas é divertimento garantido e um bom guilty-pleasure.

Classificação:
***

Super 8, de J.J. Abrams (2011)

Verão de 1979. Um grupo de rapazes está a filmar um filme de zombies na sua pacata cidade no interior dos Estados Unidos. Quando estão a filmar uma cena numa estação de comboios, assistem a um acidente enorme: o comboio que passava por eles descarrila e algo sai dentro de um dos vagões. Depois do acidente, acontecimentos estranhos começam a ocorrer na cidade e os militares surgem em peso, com uma agenda própria. O grupo de rapazes, tentando acabar o seu filme, vêem-se metidos no meio do mistério.
J.J. Abrams vê no cinema de Steven Spielberg (produtor executivo do filme) uma grande influência no seu trabalho. Como tal, Abrams decide criar uma aventura que traga de volta o espírito dos filmes de Spielberg dos anos 70 e 80. Dado a qualidade da filmografia de Spielberg, tal tarefa não seria fácil. No entanto Abrams (já apelidado o novo Spielberg) consegue recriar tal espírito e cria uma verdadeira homenagem à sua maior fonte influente enquanto traz ao público um filme de F.C. e Aventura como já não se fazem hoje em dia!
O argumento não tem nada de original mas é bem construído e com bons diálogos. Abrams cria ainda cenas de humor muito bem conseguidas e sequências de acção explosivas e muito bem filmadas (o desastre do comboio e o ataque à camioneta militar são duas das melhores cenas de acção de 2011). Mas o ponto forte do filme está no seu jovem elenco e na alma e coração que Abrams aplicou ao filme: Super 8 é, no meio de toda a sua aventura e acção, uma obra emotiva e tocante, liderada por um elenco de crianças (destaque para Elle Fanning, irmã de Dakota Fanning e protagonista de Somewhere, de Sofia Coppola, e do próximo filme de Francis Ford Coppola) que são muito bem dirigidos por Abrams.
Super 8 é um filme inspirado nas primeiras obras de Spielberg e tem ainda um pouco do estilo de aventura de The Goonies, fazendo com  que este seja o melhor filme de J.J. Abrams até agora, um dos melhores blockbusters de 2011 e um dos melhores filmes deste ano, recriando o estilo de filmes para a família (e não só) que uma geração inteira viu durante a sua infância e que traz boas memórias de tais tempos.

Destaque para os créditos finais, onde somos presenteados com o filme completo que os protagonistas estão a fazer.

Classificação:
*****