quarta-feira, 4 de abril de 2012

Artigo: O Caso John Carter

A 9 de Março deste ano, estreou nos cinemas americanos John Carter, uma mega-produção da Disney com um orçamento de 250 milhões e um marketing com um custo de cerca de 100 milhões de dólares. O filme é uma adaptação da obra de Ficção Científica de Edgar Rice Burrows, uma obra de grande influência dentro do género, tendo servido como uma das principais fontes de inspiração a filmes de enorme sucesso como Star Wars e Avatar. Hollywood tentava fazer esta adaptação à décadas e foi a Disney que conseguiu tal façanha.
No entanto, apesar de haver grandes expectativas à volta do filme, haviam peritos da indústria que previam que John Carter iria ser um flop de dimensões épicas.
No dia de estreia, a Disney teve a pior das notícias: John Carter estreou em primeiro lugar com apenas 9 milhões de dólares, valor esse muito baixo considerando o custo do filme. No seu segundo dia de exibição, desceu para segundo lugar com 12 milhões e assim acabou o seu fim-de-semana de estreia: em segundo lugar com 30 milhões no box-office, atrás de The Lorax, uma animação da Universal que havia estreado no fim-de-semana anterior.
 John Carter, um dos mais fracassos de sempre
Tal estreia teria sido boa para um filme deste género e com um orçamento mais modesto. Mas não para John Carter e para a Disney. Os fãs de F.C. ficaram satisfeitos com o filme e esperavam que o mesmo tivesse boas pernas no box-office. A nível de crítica, a opinião ficou dividida. O público considerou o filme como sendo mediano e a sua elevada dose de fantasia e F.C. não é exactamente aquilo que vai ao encontro dos gostos mais generalistas, para não falar do 3D, que afasta cada vez mais o público devido aos custos elevados dos bilhetes.
 No segundo fim-de-semana, as dúvidas dissiparam-se: o filme teve uma descida de 55%, provando que o público em geral não estava entusiasmado com a oferta da Disney. John Carter havia acumulado apenas 53 milhões. No entanto, havia esperança, devido ao seu rendimento global: no fim-de-semana de estreia, Carter foi o filme mais visto no mundo inteiro, com cerca de 70 milhões, uma estreia mais simpática. Mas as descidas surgiram também no mercado internacional. Após o seu segundo fim-de-semana, a Disney anunciou que iria ter uma perda de cerca de 200 milhões com John Carter, descartando imediatamente uma possível franchise à volta do filme.
Chegado ao seu quarto fim-de-semana, John Carter acumulou apenas 66 milhões no box-office americano e cerca de 254 milhões a nível global, tendo poucas hipóteses de atingir a meta dos 300 milhões, valores desastrosos para a Disney. O filme tem tido sempre descidas de mais de 60%, o que indica que o seu público alvo foi ver o filme no fim-de-semana de estreia e que o público em geral não tem interesse no épico da Disney. E a questão surge: de quem é a culpa?
O 5º maior flop de sempre
Muitos apontam as culpas para o próprio estúdio, o que poderá não estar muito longe da verdade: após o mega flop que a Disney teve o ano passado com Mars Needs Moms (estreado exactamente no mesmo fim-de-semana de John Carter, com um orçamento de 150 milhões e tendo rendido cerca de 23 milhões) e com o azar que teve, no mesmo fim-de-semana no ano 2000, com Mission to Mars (mais um filme acerca de Marte, produzido pela Disney e que fracassou), o estúdio decidiu mudar o título de John Carter of Mars para apenas John Carter.
Com o passar dos meses, pouco se ouviu acerca de John Carter. Sabia-se apenas de novidades de elenco, que o filme estava em produção e que a Disney tinha dado um orçamento gigantesco ao filme. Até que, mais para o final de 2011, surgiu o primeiro teaser e o primeiro poster. O poster teaser anunciava apenas que John Carter chegava em 2012, assumindo assim a Disney que havia uma base de fãs enorme e o teaser trailer pouco revelava do filme.
Nos últimos meses, o marketing dedicado ao filme surgiu em toda a sua força e foi muito criticado, devido a posters poucos apelativos, trailers que dão a entender tratar-se duma aventura com contornos fantásticos e sem dar muito a entender a sua forte vertente dentro do género da Ficção Científica. Um spot televisivo lançado na televisão americana e na internet na semana antes da estreia provou o desespero da Disney para que o filme fosse um êxito com o slogan "Antes de Star Wars, antes de Avatar, havia John Carter". A Disney falhou ainda em tentar chamar o público feminino, não dando destaque algum ao triângulo amoroso que faz parte da história, conseguindo assim apenas apelar aos poucos fãs da obra de Burrows e a um público masculino que era, de alguma forma, mais limitado.

 Um claro exemplo do mau marketing de John Carter.
Com uma aparente vergonha por parte da Disney em querer vender ao público um filme de Ficção Científica e Aventura, para não falar na ideia errada que a Disney tinha de que a obra de Edgar Rice Burrows era duma popularidade enorme, a Disney acaba assim por ter um dos maiores fracassos comerciais da história do Cinema.
John Carter é um caso evidente que, por vezes, os estúdios têm visões demasiado ambiciosas, dando orçamentos demasiado elevados a filmes que nunca têm hipóteses de recuperar tal investimento. Em 2010, a Universal cometeu esse mesmo erro com The Wolfman e Robin Hood, de Ridley Scott, duas obras que não tinham demasiado apelo comercial para justificarem os orçamentos de 150 e 200 milhões, respectivamente. The Wolfman rendeu cerca de 65 milhões no box-office americano, valor muito razoável para um filme do género mas que foi considerado um flop devido ao seu excessivo orçamento. Já Robin Hood rendeu 105 milhões nos Estados Unidos, novamente um valor muito razoável (é o segundo filme de Robin Hood mais rentável de sempre) mas também considerado um flop devido ao seu orçamento elevado. Ambos estes filmes têm um público limitado e o mesmo acontece com John Carter. Junta-se ainda o facto de Carter ter um elenco com nomes pouco apelativos ou conhecidos do grande público e um género (F.C.) que, por si só já é limitado e o fracasso era certo.
Star Wars triunfou devido ao seu universo vasto e ao facto de ser algo inédito no Cinema até à altura, conseguindo a rara proeza de ser uma fantasia de F.C. que conseguiu agradar o público em geral; Avatar apresentou um mundo novo, através duma nova tecnologia (3D) que conseguiu encantar o público, apesar da sua história simples mas mais cativante para as grandes massas; John Carter é um filme que veio tarde demais: o mundo novo que nos apresenta não é muito apelativo (é um deserto gigantesco), tudo o que os trailers e posters mostravam pareciam cópias de Star Wars e Avatar e não é algo muito conhecido do grande público.
Taylor Kitsch é John Carter. Mas... quem é ele?
Rapidamente, Carter foi comparado a outro mega flop da Disney, Prince of Persia, um nome mais conhecido do público em geral e que se encaixa dentro dum género mais apelativo: aventura. No entanto, Persia tinha nomes mais conhecidos, rendeu 90 milhões nos Estados Unidos (com um orçamento de 200) e foi um êxito considerável a nível global. Por sua vez, Carter terá dificuldades a chegar aos 75 milhões, isto com um orçamento mais elevado.
John Carter é um projecto ambicioso, gerido de forma errada pelo estúdio que o financiou, estúdio esse que não encontrou a forma certa de publicitar a sua enorme aposta e que poderá ter uma visão errada do mercado generalista, para não falar do orçamento desnecessariamente elevado que deu ao filme. Para além disso, a qualidade do filme também está em causa: com um orçamento tão alto, esperava-se que John Carter fosse um filme de entretenimento de grande qualidade, capaz de agradar ao público em geral e com uma forte aposta no elenco e no argumento. O resultado final acaba por ser uma obra mediana, com um aspecto visual muito bom mas que fica muito limitado devido a um protagonista pouco carismático e a um argumento cheio de lugares comuns e com várias falhas, sendo assim um bom entretenimento para um Domingo à tarde e não a obra marcante que precisava de ser.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Jonah Hex, de Jimmy Hayward (2010)

Depois da sua família ser morta por Quentin Bull (John Malkovich) e pelos seus capangas, e após ser abandonado para morrer, Jonah Hex (Josh Brolin) é salvo por uma tribo de índios. Após recuperar, Jonah descobre que possuí a gora poderes sobrenaturais que pode usar para seu benefício. Desfigurado e com uma sede de vingança enorme, Jonah é recrutado pelos militares americanos quando estes descobrem que Quentin Bull pretende arrasar com o país.
Baseado nos comics da DC e realizado por Jimmy Hayward (Dr. Seuss' Horton Hears a Who), Jonah Hex é um Western sobrenatural com um elenco de luxo: Brolin, Malkovich, Michael Fassbender, Megan Fox e Michael Shannon. No entanto, apesar duma premissa bastante interessante com um material de origem adorado pelos fãs, a estreia de Jimmy Hayward no cinema em imagem real não poderia ser pior: uma realização fraca, uma má montagem, efeitos especiais fracos, um argumento pobre e muito mal desenvolvido, personagens ocas e talento muito mal aproveitado.
Josh Brolin está bem por aqui, devido ao facto de ser um bom actor. Apesar dum argumento limitado e duma personagem sem algum tipo de desenvolvimento, Brolin faz um bom trabalho como Hex; Malkovich faz o que sabe melhor: é Malkovich e isso é sempre bom, mesmo em filmes maus; Fassbender não se aproveita por aqui, sendo o capanga principal de Bull e um vilão fraco; Megan Fox, a pior adição no elenco, prova a sua falta de talento e não convence em altura nenhuma; Michael Shannon aparece uns segundos em ecrã apenas para gritar umas palavras. A sua participação é tão pequena e despercebida que apenas os mais atentos repararão no actor de Boardwalk Empire, num papel que poderia ter sido desempenhado por um figurante qualquer. E é assim que se desperdiça um bom elenco (à excepção de Fox).
Jonah Hex tem a curta duração de 71 minutos, sem contar com os créditos finais... Embora tal duração seja boa pois queremos que tal desastre acabe rápido, é má para o próprio filme: a curta duração impede o filme de desenvolver a sua história e as suas personagens quando, se o filme durasse mais uns 20 minutos, poderíamos estar mais bem servidos nesses aspectos tão importantes para um filme.
Hex representou um enorme fracasso para a Warner: teve um orçamento de 40 milhões (menos marketing), estreou no fim-de-semana de Toy Story 3 e rendeu apenas 10 milhões durante a sua passagem pelos cinemas americanos, não tendo estreado sequer em muitos mercados internacionais, como foi o caso de Portugal. O poder apelativo do filme já era pouco e, com um filme tão fraco, tornou-se ainda menos apelativo. Poderá entrar na categoria de "Tão Mau que é Bom" mas que é um desperdício de filme, lá isso é.

Classificação:
*/5

John Carter, de Andrew Stanton (2012)

Após ser perseguido até uma gruta, John Carter, um antigo soldado da Guerra Civil Americana, acorda num deserto desconhecido e onde descobre que consegue saltar bastante alto e que tem uma força invulgar. Depois de encontrar seres estranhos de quatro braços, Carter apercebe-se que não está no Planeta Terra e que está agora no meio duma luta pela liberdade e segurança de Barsoom (Marte), o planeta onde acordou.
Baseado na história "A Princess of Mars", de Edgar Rice Burrows (criador de Tarzan), uma das mais influentes obras literárias da Ficção Científica, John Carter é uma ambiciosa aposta da Disney dentro dos géneros de Ficção Científica e Aventura.
Andrew Stanton, realizador de Finding Nemo e Wall-E, faz aqui a sua estreia no cinema em imagem real e traz-nos uma aventura competente, capaz de agradar fãs do género e acaba por ser um filme que resulta como um entretenimento eficaz. No entanto, com um protagonista pouco carismático (Taylor Kitsch) e um romance não muito convincente, para além de vários lugares comuns na história, temos a sensação que John Carter poderia ter ido mais além do que o produto final que nos é apresentado. Temos aqui um filme extremamente caro, bastante ambicioso, a tentar ser um épico dentro do género mas que acaba por ser apenas um entretenimento eficaz, quando deveria (e prometia) ser mais que isso.
A obra de Burrows foi forte influência em Star Wars e Avatar mas aqui temos a sensação que John Carter é um filho de ambas essas obras, onde encontramos vários pontos similares, especialmente em relação a Star Wars.
Com cenários grandiosos, cenas de acção bem conseguidas e de grande escala e bons efeitos especiais (embora pudessem, por vezes, ser melhores, devido ao orçamento de 250 milhões), John Carter resulta bastante bem a nível visual.
Taylor Kitsch (X-Men Origins: Wolverine) é John Carter e ficamos a pensar que decerto poderia haver um actor melhor para o papel, apesar de estar competente mas sem muito carisma, Lynn Collins (X-Men Origins: Wolverine) está também competente e ambos protagonizam o pouco convincente par romântico do filme, Mark Strong (Kick Ass; Sherlock Holmes) está bem como sempre, Dominic West (The Wire) é um dos vilões de serviço e não convence muito e Willem Dafoe dá voz a uma das personagens secundárias do filme de forma eficaz.
Resumindo: John Carter foi uma mega-aposta da Disney, a nível monetário (falaremos disso mais tarde) e de entretenimento, querendo levar ao ecrã uma personagem que tem um seguimento de culto e uma história de grande influência dentro do género, ao mesmo tempo que queria criar um novo clássico dentro da Ficção Científica e Aventura. Stanton não consegue criar tal clássico, trazendo-nos apenas um entretenimento eficaz e que, em termos de filme, não traz nada de novo ao género. E com uma aposta tão grande por parte do estúdio e com um universo tão vasto como o de John Carter pode ser, pedia-se mais que isso.

Classificação:
***

sexta-feira, 23 de março de 2012

Está quase!

Mad Men regressa a 25 de Março (este Domingo)


O último episódio de Mad Men foi transmitido em 2010. Após complicações nas negociações entre a AMC e o criador Matthew Weiner, a quinta temporada foi adiada um ano. Terminada agora a segunda temporada de The Walking Dead, aAMC estreia a quinta temporada de Mad Men, com um especial de dois episódios que, diz quem já viu, ser um regresso em forma da série dramática. Muita expectativa!

Game of Thrones regressa a 1 de Abril (próximo Domingo)


Cerca de um ano após a sua estreia na HBO, Game of Thrones regressa para o seu segundo e muito aguardado ano. Sem alguns dos actores da primeira temporada (não vamos dar spoilers aqui), a segunda temporada promete ser um regresso em grande desta épica produção do canal.

The Walking Dead - Season 2

Depois da destruição do centro da CDC no final da primeira temporada, Rick e o seu grupo de sobreviventes continuam a tentar um lugar onde possam descansar.
Após um acidente trágico, o grupo fica alojado numa quinta no meio do nada, um local que parece ser seguro. Recebidos pelos habitantes da quinta, cedo percebe-se que cada grupo tem formas diferentes de ver o apocalipse de zombies.
A segunda temporada de The Walking Dead é constituída por 13 episódios, o que obrigaria os argumentistas a desenvolveram melhor as suas personagens e a própria história, ao contrário do que, de certa forma, aconteceu nos 6 episódios da temporada de estreia. Com isso em mente, a série prossegue com o seu ritmo lento em contar a história e passamos alguns episódios sem ver grandes avanços na mesma. No entanto, ao contrário do que inicialmente parecia uma temporada mais fraca, tal jogada revelou-se um enorme trunfo: a série mostra que pode dar-se ao luxo de ter tempo para contar as suas histórias, sendo que depois compensa os espectadores com episódios extremamente marcantes como foi o caso do sexto episódio da temporada e os três últimos. A série prepara o terreno de forma lenta e quando decide avançar na história, fá-lo de forma bombástica e chocante, provando que o ritmo lento e tudo o que presenciámos até ao momento serviu para criar maior impacto na história e no espectador.
Apesar dessa excelente jogada, The Walking Dead tem, por vezes, diálogos básicos e personagens algo mal aproveitadas. No entanto, o desenvolvimento de Shane e de Rick tem sido algo interessante de acompanhar e é um dos pontos fortes da temporada.
Apesar dos seus defeitos, The Walking Dead prova no seu segundo ano a capacidade de desenvolver as personagens e a sua história, ao mesmo tempo que cria alguns dos melhores momentos televisivos dos últimos anos, chocantes e extremamente surpreendentes. E é no seu segundo ano que a série de zombies prova que tem muito para contar e que é, realmente, uma das melhores séries da actualidade.

Classificação da segunda temporada:
****/5

Prometheus

De repente, com o surgimento deste brilhante trailer no passado fim-de-semana, Prometheus tornou-se no filme mais aguardado de 2012 por estas bandas!
Prometheus tem tudo para ser um grande filme: marca o regresso de Ridley Scott ao género de Ficção Científica após estar afastado do género durante 30 anos (Alien em 1979 e Blade Runner em 1982), marca também o regresso de Scott ao universo Alien, é uma prequela/spinoff de Alien e joga com alguns elementos do filme original apesar de, aparentemente, ser uma história pouco ligada ao clássico de 79, tem Damon Lindeloff (Lost) no argumento e tem um elenco fantástico: Noomi Rapace (trilogia sueca Millennium); Michael Fassbender (Hunger; Shame; X-Men: First Class); Guy Pearce (Memento; L.A. Confidential); Idris Elba (The Wire; American Gangster); Charlize Theron (Monster; Young Adult) e Patrick Wilson (Watchmen).
Este segundo trailer é um trailer perfeito: não revela quase nada da história, não há algo que possa servir de spoiler, começa com um tom calmo e acaba num tremendo tom de paranóia e suspense, criando enormes expectativas à volta do filme.

Prometheus estreia em Junho a nível mundial.

Tim Burton em dose dupla em 2012

Os trailers já circulam pela internet há alguns dias. No entanto, decidimos dar o devido destaque. Tim Burton tem duas novas obras a estrear em 2012. Primeiro, Dark Shadows, uma adaptação ao cinema duma popular série britânica dos anos 60 e 70. Dark Shadows parecia ser um regresso ao mundo sombrio de Burton mas, com a apresentação do primeiro trailer, descobre-se que, apesar de tais elementos estarem presentes, temos aqui uma comédia. Poderá ser um regresso de Burton a um tipo de filme como Edward Scissorhands. Johnny Depp volta a colaborar com Burton, tal como Michelle Pfeiffer. Chloe Moretz, Eva Green , Helena Bonham Carter e Jonny Lee Miller completam o elenco. Danny Elfman volta a ser o compositor de serviço.



Mais para o final do ano, temos Frankenweenie, um remake da curta-metragem realizada por Tim Burton em 1984. Esta nova versão será em animação stop-motion e apresentada nos cinemas em 3D, algo habitual nos dias de hoje. Winona Ryder (Edward Scisssorhands; Bettlejuice) volta a colaborar com Burton e a dar mais uma cartada naquele que tem sido o seu regresso ao cinema, depois duma curta participação em Star Trek e Black Swan. Frankenweenie estreia a 5 de Outubro nos Estados Unidos.

Será que irá estrear por cá?

Infelizmente, duvido. Realizado pela dupla Duplass Brothers, cujo filme anterior foi o aclamado Cyrus, com John C. Reilly, Jonah Hill e Marisa Tomei (e que não estreou cá), Jeff, Who Lives at Home tem recebido optimas críticas, apesar duns resultados de bilheteira algo decepcionantes, dentro do mundo das estreias limitadas nos Estados Unidos. Com Jason Segel (The Muppets) e Ed Helms (The Hangover). Aqui fica o trailer:

Cosmopolis, de Cronenberg

O novo filme de David Cronenberg ganhou um poster e um primeiro teaser e promete mudar a opinião que muita gente tem acerca de Robert Pattinson. Secundado por um elenco de luxo onde encontramos Julliete Binoche, Paul Giamatti e Samantha Morton, é de aguardar com ansiedade por esta obra. E é produzida pelo nosso Paulo Branco e pela sua Alfama Filmes.



terça-feira, 20 de março de 2012

Tinker, Tailor, Soldier, Spy, de Tomas Alfredson (2011)

E que tal marcarmos o regresso do Movie Wagon com um dos melhores filmes de 2011, apesar de ter estreado dia 29 de Dezembro?
George Smiley (Gary Oldman), um veterano da espionagem, fica encarregue de descobrir um agente soviético dentro do MI6, durante os tempos da Guerra Fria.
Baseado na novela de John Le Carré e realizado por Tomas Alfredson (Let The Right One In), Tinker, Tailor, Soldier, Spy reúne um elenco de luxo liderado por Gary Oldman, nomeado ao Óscar de Melhor Actor. Encontramos aqui John Hurt, Colin Firth, Ciarán Hinds, Mark Strong, Tom Hardy, Toby Jones e Benedict Cumberbatch (Sherlock Holmes).
Com um argumento bem estruturado, uma excelente realização e uma interpretação hiper-contida e brilhante por parte de Oldman, o filme de Alfredson é um conto de espionagem soberbo e, sem dúvida, uma das melhores obras cinematográficas do ano passado. Um thriller exemplar e obrigatório!

Classificação:
*****