quinta-feira, 19 de março de 2009

Realizador do Mês #1

Clint Eastwood


31 de Maio de 1930. São Francisco. Nasce Clint Eastwood, um actor/realizador que se tornaria uma lenda viva do cinema.
A sua carreira cinematográfica teve início em Revenge of the Creature, o terceiro filme de The Monster From the Black Lagoon (do lendário Jack Arnold), com um papel de figurante, como cientista. Seguiram-se papéis pequinissimos em Allen in Movieland, Francis in the Navy e Lady Godiva of Coventry, tudo em 1955. No mesmo ano, Jack Arnold usa-o de novo como figurante em Tarantula (o clássico série B). No ano seguinte, Clint dividiu-se entre o cinema e a televisão, com Never Say Goodbye, Star in the Dust, Away All Boats, The First Travelling Saleslady e um episódio da série Highway Patrol.


1957. Eastwood continua na televisão, participando em séries como Death Valley Days, West Point e Navy Log (1958). No cinema, continua com pequenas participações em filmes como Escapade in Japan e Lafayette Esquadrille. Em 1958 consegue o seu primeiro papel importante em Ambush at Cimarron Pass, que deu-lhe a oportunidade de entrar num episódio da série televisiva Maverick (esse episódio pode ser encontrado na edição de dois discos de Imperdoável), ao lado da estrela do programa, James Garner. Após essa participação, dedicou-se somente à televisão com a série Rawhide, onde interpretava a personagem Rowdy Yates, descrito como o "Idiota das Planícies" por Eastwood, dando inicio à sua popularidade enquanto actor. A série foi produzida entre 1959 e 1965, com mais de 200 episódios e onde uma das principais atracções era Eastwood. No entanto, foi em 1964 que a sua vida mudou para sempre. E a História do Cinema também.

Rawhide estava a um ano de terminar. Como seria a carreia do jovem actor Clint Eastwood depois do seu maior projecto até à altura? Um jovem realizador italiano de nome Sergio Leone estava à procura dum jovem actor para interpretar uma misteriosa personagem. Após considerar Henry Fonda para o papel, oferece-o a James Coburn (que era demasiado caro na altura). Então Charles Bronson foi contactado mas recusou, dizendo que era o pior argumento que já tinha lido (mas mais tarde trabalhou com Leone no seu épico Once Upon a Time in the West). A terceira escolha foi Richard Harrison que recusou o papel mas deu indicações a Leone para olhar para o elenco da série Rawhide. Leone assim o fez e ofereceu o papel a Eric Fleming, colega de Eastwood na série, mas este recusou, sugerindo Eastwood de seguida. Clint aceitou participar e, em 1964, vai para Itália para a produção. O filme chama-se Per un pugno di dollari e é um remake da obra de Akira Kurosawa, Yojimbo (os direitos do filme foram levados a tribunal por tal, atrasando a estreia do filme). As filmagens foram complicadas, com membros americanos (Eastwood), alemães, italianos e espanhóis. O duplo Benito Stefanelli traduzia os diálogos entre Eastwood e Leone. O filme fica pronto em 1965 mas devido a problemas de direitos de autor (por causa da obra de Kurosawa) a sua esytreia é adiada. Quando chega aos cinemas, o sucesso é enorme e a personagem de Clint começa a fazer história. Em 1965, o filme consegue ser o primeiro Western Spaghetti (apesar de ser considerado o primeiro do género, já 25 filmes italianos tinham sido produzidos anteriormente) a estrar nos E.U.A. e conhece um grande êxito consideravél. A sua personagem, o Homem Sem Nome (que aqui tinha o nome de Joe) era misteriosa, enigmática e fantástica. Em 1965, Leone e Clint juntam-se para trabalhar na sequela, Per qualche dollaro in più. Eastwood iria trabalhar também com o mitíco Lee Van Cleef, que seria a sua inspiração para a forma calma e sombria de falar, algo que acabaria de marcar a carreira do actor. O filme é melhor que o seu antecessor e é um verdadeiro exemplo de épico, tornando-se num êxito estrondoso. Mas Leone queria fazer uma trilogia e prepara, em 1966, Il Buono, il brutto, il cattivo. O filme é um dos grandes épicos de sempre e ajuda a transformar Eastwood numa estrela internacional ainda maior.
No ano seguinte, Eastwood permanece em Itália para fazer um pequeno papel na comédia dramática Le Streghe.

1968. Clint Eastwood regressa aos Estados Unidos, pronto para tentar ter sucesso no seu país de origem. Para conseguir isso, faz três filmes distintos: Hang'Em High, um western de Ted Post; Where Eagles Dare, um filme de guerra; Coogan's Bluff, a sua primeira colaboração com Don Siegel. Coogan's Bluff revela-se um êxito e é o filme mais importante desse ano para Eastwood. No ano seguinte, decide fazer algo mais ligeiro: a comédia Paint Your Wagon, onde Clint trabalha com James Coburn e mostra uma imagem sua, desconhecida do grande público: a música. Clint tem um papel divertido e canta, surpreendo o público.
1970. Don Siegel recruta Eastwood para o seu próximo projecto: Two Mules For Sister Sara, um western de comédia, com Shirley MacLaine. Ainda nesse ano, temos Kelly's Heroes, um filme de guerra divertido com um elenco de luxo.

1971: o ano em que a carreira de Clint Eastwood muda por completo. Siegel e o actor colaboram pela terceira vez em The Beguiled, um drama situado na guerra civil americana. O filme é tocante e perturbador e o público americano fica pouco impressionado com o filme. Ainda no mesmo ano, estreia Play Misty For Me. Este thriller dramático (e grande inspiração para Atracção Fatal) é o primeiro trabalho de Eastwood como realizador, apadrinhado por Don Siegel (que tem uma pequena participação no filme). A história sobre uma amante com uma obsessão mortal é algo inédito até à altura e o público não aceitou o conceito. Mas Eastwood estava contente por realizar o seu primeiro projecto. No entanto, Eastwood iria de novo fazer história em 1971, juntamente com o seu mestre Don Siegel.

Estreia o terceiro filme do actor no ano de 1971: Dirty Harry. O filme é um policial, inspirado no assassino do Zodíaco que atormentava a cidade de São Francisco nessa altura. 'Dirty' Harry Callahan era um destemido tenente da polícia, sem papas na língua e de congelar o sangue ao pior dos criminosos. E logo na primeira cena de acção, Dirty harry e Clint Eastwood marcam o cinema com o seu diálogo com o criminoso: Do I feel lucky? Well... Do ya... punk? Trata-se dum excepcional thriller policial, dedicado aos agentes da cidade. O filme tem ainda um curioso momento, no tiroteio incial, onde no cinema atrás de Eastwood, está anunciado Play Misty For me como estando em exibição. O êxito foi estrondoso e várias sequelas estariam para vir.

Em 1972 e 1973, Eastwood volta ao Western, com Joe Kidd, de John Sturges (1971) e escrito por Elmore Leonard e High Plains Drifter, o seu segundo filme como realizador/protagonista, onde o actor consegue fazer um misto entre western tradicional e o paranormal.
Nesse mesmo ano, Eastwood estreia o seu terceiro filme como realizador e o primeiro em que não entra como actor (tem um cameo apenas), dirigindo o actor veterano William Holden. O filme é Breezy e é uma raridade. No entanto, Dirty Harry estava prestes a regressar em Magnum Force, desta feita com o tema da corrupção policial. O filme é realizado por Ted Post (Hang'Em High) e escrito por John Millius (Conan, The Barbarian) e Michael Cimino, que viria a realizar Clint no ano seguinte, em Thunderbolt and Lightfoot, ao lado do jovem Jeff Bridges.

A partir de 1975, Eastwood começa a dedicar-se mais à realização. Estreia The Eighter Sanction, um thriller de ação onde é o protagonista e tem George Kennedy ao seu lado e, em 1976, regressa ao Western com The Outlaw Josey Wales (após substituir Philip Kaufman), onde contracena pela primeira vez com Sondra Locke, que acabaria por tornar-se sua esposa e co-protagonista em vários dos seus filmes.
Dirty Harry regressa em 1976, com The Enforcer e o êxito é grande, uma vez mais. Em 1977 Eastwood e Sondra Locke voltam a trabalhar juntos sob a direcção do actor em The Gauntlet, um thriller de acção. No entanto, o maior êxito comercial do actor ainda estava para vir.
Every Which Way But Loose, de James Fargo, é uma comédia de acção, onde Clint volta a contracenar com Locke e com o seu velho amigo Geoffrey Lewis (pai de Julliete Lewis) e com um... orangutango! O filme é aquilo que muitos chamam de 'filme de labregos' e, apesar de receber as piores critícas da carreira do actor, torna-se no seu maior êxito comercial até à altura, dando origem a uma sequela, datada de 1980: Any Which Way You Can, realizado pelo seu amigo Buddy Van Horn (duplo de cinema) e com Locke, Lewis e o orangutango a regressarem.

1979: Clint regressa ao papel de durão, a sua imagem de marca. E volta a trabalhar com Don Siegel. O filme é Escape From Alcatraz, baseado numa história verídica e é a última colaboração entre Clint e Siegel. No ano seguinte, o actor volta à realização com a comédia dramática Bronco Billy e Sondra Locke e Geoffrey Lewis estão também de regresso.


1982. O actor volta a assumir a dupla função de protagonista/realizador com Firefox, um thriller de espionagem de cortar a respiração. No mesmo ano, Clint assume novamente os dois cargos com Honkytonk Man, onde contracena com Locke e com o filho Kyle Eastwood. O filme é um drama sobre um cantor country que descobre estar nos últimos dias de vida. Um papel surpreendentemente dramático e tocante, vindo do maior durão de sempre.
1983. Pela primeira vez Eastwood realiza um capítulo da saga de Dirty Harry: Sudden Impact. E a vilã de serviço é a sua mulher da vida real Sondra Locke. É neste quarto filme que o inspector diz a famosa frase: Go Ahead punk... Make my day. Tornou-se no filme mais rentável da série.

Em 1984, o actor surpreende de novo, com o thriller noir/erótico Tightrope, onde é também produtor. Eastwood tem aqui um dos seus papéis mais sombrios e complexos, interpretando um polícia que está a investigar crimes sexuais brutais. O problema é que o investigador é um conhecedor desse submundo do sexo, já que este é o seu maior vício. No mesmo ano, Richard Benjamin decide juntar Clint com Burt Reynolds na comédia de acção dos anos 30, City Heat, escrito por Blake Edwards. O resultado é um dos filmes mais mal falados da carreira de Eastwood mas um filme divertido.


1985. O regresso ao Western era inevitável. Pale Rider marca o regresso à realização e a uma personagem parecida com a de The Man With No Name, da trilogis dos dólares, de Sergio Leone. O filme é um western muito bem conseguido e um excelente regresso ao/do género, que já estava algo desaparecido do cinema. O então jovem Chris Penn (irmão falecido de Sean Penn) era um dos actores.
Neste mesmo ano, Clint realiza um episódio para a série criada por Steven Spielberg, Amazing Stories. O episódio, com o título Vannesa in the Garden, é escrito por Spielberg e tem Harvey Keitel, Beau Bridges e Sondra Locke no elenco. Esta seria a última colaboração entre Eastwood e Locke.
1986. Clint realiza e protagoniza Heartbreak Ridge, uma comédia de acção passada no exército. Aqui volta ao papel de durão, mas com um aspecto cómico.

1988. Clint Eastwwod realiza Bird, um filme sobra a vida do cantor de Jazz Charlie Parker. O papel é entregue ao novato Forest Whitaker e muda a sau carreira por completo. O filme, esse, é uma grandiosa obra dramática, sobre um dos artistas mais adorados pelo realizaodr (grande fã de Jazz e compositor e cantor)
Nesse mesmo ano, Dirty Harry regressa pela quinta e última vez com The Dead Pool, o pior filme da série. No elenco temos Patricia Clarkson, Liam Neeson e Jim Carrey (aqui creditado como James Carrey) em início de carreia. Em 1989, o filme mais mal falado de toda a sua carreira estreia. Trata-se de Pink Cadillac, uma comédia de acção de Buddy Van Horn (que também realizou The Dead Pool). Jim Carrey volta a ter uma pequena participação.

Entramos na década de 90, a década que muda a carreira de Clint Eastwood. O primeiro filme, estreado em 1990, é White Hunter Black Heart, onde interpreta John Wilson, uma personagem ficticia baseada em John Huston. O filme teve estreia muito limitada nos Estados Unidos e é, até hoje, um dos filmes menos vistos do realizador/actor. No entanto, é uma das suas melhores e mais surpreendentes obras. No mesmo ano, Clint decide regressar à acção pura e dura com The Rookie, onde interpreta o durão e veterano polícia que acaba com um novato como colega. O seu co-protagonista é Charlie Sheen e ainda encontramos no elenco Sonia Braga, Raul Julia e Tom Skerritt. Um grande regresso ao género policial.

1992. O ano da glória. David Webb Peoples, um dos argumentistas de Blade Runner, escreve Unforgiven. O seu argumento já circulava por Hollywood por mais de 20 anos. Gene Hackman era para realizar o filme anteriormente. O argumento demorou todos estes anos a ir parar às mãos de Eastwood pois o seu agente disse que o argumento não era muito bom. No entanto, após o actor lêr, ficou interessado em realizá-lo e protagonizá-lo. Na altura, chegou a dizer que seria o último filme que realizaria e protagonizava. Convenceu Hackman a ser o mau da fita (papel que deu o Óscar de Melhor Actor Secundário), criou uma parceria com Morgan Freeman, telefonou a Richard Harris para lhe oferecer o papel enquanto este via, por acaso, High Plains Drifter (o segundo filme realizado por Eastwood) e trouxe glória ao Western. O filme, onde Eastwood usou as mesmas botas que utilizara na série Rawhide, foi o maior êxito de bilheteira da sua carreira e ganhou 4 Óscares, incluindo Melhor Realizador e Melhor Filme, tornando-se no terceiro western a ganhar tal prémio, depois de Cimarron (1931) e Dances With Wolves (1991). O filme é considerado um dos melhores westerns de sempre e um dos melhores filmes da História do Cinema. Eastwood começa a retratar temas como a tristeza e a velhice de forma brilhante. Clint Eastwood assinou aqui a sua despedida a um género que ama e dedicou o filme aos seus mestres: Sergio Leone e Don Siegel.



1993. No ano depois da glória, Eastwood regressa com dois filmes: A Perfect World, onde junta-se a Kevin Costner (o realizador/actor do outro grande Western da década de 90: Danças Com Lobos) e cria um thriller dramático e comovente. O filme não resultou muito bem nas bilheteiras mas revelou ser uma grandiosa obra.
Depois, surgiu com o thriller In The Line Of Fire, do realizador alemão Wolfgang Petersen. O filme é um dos melhores thrillers da década, com uma grande e aclamada interpretação por parte de Eastwood (o durão envelhecido e enfraquecido) e tem ao seu lado o não menos brilhante John Malkovich. Foi a primeira vez desde 1989 que Eastwood foi dirigido por outra pessoa e foi a última vez na sua carreira.

1995. O velho durão do cinema volta a mostrar o seu lado sensível. Com uma mãozinha de Steven Spielberg (através da sua produtora Amblin) Eastwood realiza e protagoniza As Pontes de Madison County, um drama romântico sobre um amor sem idades. Ao seu lado, uma actriz de peso: Meryl Streep. O filme mostra um outro lado do actor e toca o mundo inteiro. É um êxito de bilheteira e, até hoje, considerado um dos grandes filmes da década de 90.


Nos anos seguintes, Eastwood dedica-se aos thrillers: Em 1997, reúne um elenco de peso (ele próprio, Gene Hackman, Ed Harris, Laura Linney, Scott Glenn, Judy Davis, Dennis Haysbert) e realiza Absolute Power. Ainda em 1997, traz ainda o drama/thriller Midnight in the Garden of Good and Evil, com John Cusack e Kevin Spacey. A sua filha Alyson Eastwood faz parte do elenco. Em 1999, traz ao público True Crime, um filme acerca de pena de morte.
2000. Clint Eastwood entra na nova década e no novo milénio com uma aventura de comédia, com ficção à mistura: Space Cowboys. Ao seu lado, um trio de veteranos: Tommy Lee Jones, Donald Sutherland e James Garner (com quem tinha trabalhado nos anos 50 num episódio de Maverick, como foi referido acima). O filme foi um novo êxito de critíca e de público.

2002. Blood Work. Clint interpreta um agente do FBI reformado após sofrer um ataque cardíaco enquanto estava de serviço. Num ambiente de thriller, o realizador/actor dá-nos mais uma reflexão sobre a velhice e a fraqueza humanas.

2003. O ano da surpresa. Baseado na obra de Dennis Lehane, Clint Eastwood reúne um elenco de renome e dirige Mystic River, um drama poderoso sobre a amizade perdida de três rapazes que, em adultos, encontram-se em lados opostos (da lei e não só). Por aqui encontramos Sean Penn, Tim Robbins, Kevin Bacon, Laura Linney, Marcia Gay Harden, Laurence Fishburne e um cameo de Eli Wallach, seu co-protagonista em O Bom, O Mau E O Vilão. Penn e Robbins levaram Óscars para casa.
Antes do seu próximo projecto cinematográfico, realiza um episódio para uma série documental The Blues. E em 2004, a glória bate de novo à porta de Eastwood.

Quando todos já consideravam The Aviador, de Martin Scorcese, o grande vencedor dos Óscares, surge nas salas americanas, a 29 de Dezembro (a tempo de poder entrar na corrida aos prémios), Million Dollar Baby. Feito de forma bastante rápida e ganhando o público e a critíca aos poucos, o filme revela-se um drama poderoso, surpreendente e comovente sobre uma relação pai/filha entre um treinador velho e reszingão e uma boxeur amadora e sonhadora. O filme conquistou tudo e todos e ganhou 4 òscares (Melhor Actor Secundário para Morgan Freeman, Melhor Actriz para Hilary Swank, Melhor Realizador e Melhor Filme). Million Dollar Baby voltou a provar que Eastwood é um realizador de actores.

Em 2006, junta-se a Steven Spielberg e realiza duas obras em simultâneo: Flags From Our Fathers (o lado americana da invasão da Praia de Iwo Jima e um estudo o verdadeiro cnceito de amizade e heroísmo) e Letters From Iwo Jima (o lado japônes da mesma invasão, num filme comovente, lindo e poético, que acabaria por ser nomeado para Melhor Filme).



2008. Changeling estreia no Festival de Cannes e depois em Outubro nos Estados Unidos. O papel principal desta história verídica é entregue a Angelina Jolie, numa interpretação poderosa e comovente, nomeada para Óscar. A sua realização é novamente aclamada, dando mais um exemplo do cinema clássico americano, e a reconstrução da época é muito bem conseguida. John Malkovich volta a trabalhar com Eastwood.


Em poucos meses, surge Gran Torino, com Eastwood a voltar a exercer dupla função de realizador/protagonista. Torna-se na maior estreia de sempre para o actor e um dos maiores êxitos comerciais da carreira. Clint Eastwood afirma ser o seu último filme como actor e traz-nos uma personagem dura e velha (muitos dizem ser o equivalente a um Dirty Harry reformado).


Neste momento, está a filmar o seu próximo projecto, The Human Factor, com Morgan Freeman e Matt Damon, com estreia agendada para Dezembro de 2009. Para além disso, vai compondo a música dos seus filmes com temas pessoais, calmos e intimistas. Para além de compôr a música dos seus filmes mais recentes, ainda escrveu a música de Grace Is Gone, um drama, aclamado pela critíca, com John Cusack (ainda inédito em Portgal).
Aos 78 anos, Clint Eastwood continua em forma e a apresentar uma maturidade e escola cada vez maior.
Considerado por muito o último realizador clássico do cinema americano e com um currículum invejável e obras indispensáveis, este trata-se dum dos melhores realizadores de sempre.

Clint Eastwood afirma ter muita sorte ter a idade que tem e poder continuar a filmar. Nós temos a sorte que temos, podermos ver tais obras.

4 comentários:

Filipe Machado disse...

Tenho que dar os meus parabéns por este longo e bestial artigo. Deve ter dado uma trabalheira :) Tudo sobre um dos maiores génios do cinema clássico e contemporâneo. Fantástico.

The movie_man disse...

Obrigado pelo elogio. Realmente foi um trabalho longo que aqui tivemos, eu e a Tânia. No entanto, deu-nos bastante prazer criar este artigo. Estão prometidos mais do género em cada mês. Um novo artigo idêntico ao do percuros dos super-heróis no cinema (que aqui foi colocado uns meses atrás, na etiqueta 'artigos') está também para breve.

Abraços.

Peter Gunn disse...

Não há palavras para descrever este artigo! Simplesmente devinal!!!
A história de uma vida retratada aqui de uma forma exemplar.

Os meus parabéns pelo óptimo trabalho efectuado por ambos!

Cumprimentos cinéfilos

Anónimo disse...

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