Após a sua filha ser assassina por membros dum culto satânico e a sua neta ser raptada, Milton decide fugir do inferno para procurar o culto e vingar a sua filha, recuperando a neta bebé. Contando com a ajuda de Piper, Milton exerce a sua vingança sem limtes enquanto é perseguido pelo Contabilista, um homem imparável que tem como missão levar Milton de volta para o inferno.
Drive Angry tem todos os ingredientes para ser um filme de culto: é um filme série B, com violência, sexo e nudez gratuitos, nunca se leva a sério e sabe que é um filme mau mas que pretende usar tal facto a seu favor, tentando criar um produto divertido. O seu único defeito é pensar à partida que pode entrar facilmente dento desse clube restrito que é o dos filmes de culto. No entanto, todas as hipóteses de o conseguir, já que de resto tem todos os ingredientes para tal.
Como disse, Drive Angry sabe que é um mau filme, daí conseguir ser divertido: encontramos cenas de acção que levam o espectador a rir com o que vê, especialmente quando temos a personagem do Contabilista em cena. As interpretações são, na sua maioria, más, à excepção dos actores principais: Cage está competente como Milton (mas esperava-se mais loucura na sua personagem, imagem de marca do actor), Amber Heard também está competente o suficiente, Billy Burke larga a imagem de pai de Bella na saga Twilight e é o vilão líder do culto e o melhor de todos é William Fichtner como o Contabilista, uma personagem serve de comic reliefe(?) no filme e consegue-o muito bem.
De destacar o uso do 3D que não está mau de todo, apesar de desnecessário, conseguindo criar alguns efeitos bem interessantes (bom exemplo disso é uma sequência perto do final onde temos bom uso da tecnologia).
Drive Angry é uma obra digna de acompanhar os filmes Grindhouse de Tarantino e Rodriguez que, apesar de estar vários furos abaixo, tem o mesmo espírito e encaixa-se perfeitamente no género.
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